NÃO ESTÁ NO MEU PROTOCOLO || JJK

🎥 | Do que você está falando?

Sejam muito bem-vindos a segunda fase da nossa fanfic! O que aconteceu com Jungkook, depois que ele foi religado? Basicamente, esses próximos capítulos será sobre a readaptação dele. Sem mais delongas...

Aurora Manson

Minha lady... Eu precisei de cinco segundos para ter certeza de que era real. Jungkook havia voltado para mim. Ele estava na minha frente. Ele estava comigo. Ele estava acordado. O meu namorado imperfeito.

Jungkook estava comigo de novo. E eu não o deixaria fugir. Não deixaria ele ser destruído. Não de novo.

— Você está segura?

— Sim. Sim, eu... eu estou bem.

— Por que não estamos na cabana da Sophie? Não tenho certeza se esse é o melhor lugar pra você, milady — disse e o meu sorriso desapareceu do rosto. De que porra ele estava falando?

— Cabana... Cabana da Sophie? Está brincando comigo? — Assim que ele foi desplugado de todos os cabos, se aproximou e segurou em minhas bochechas, parecendo me analisar.

— Por que está irritada?

— Porque... Você não se lembra? — Suas sobrancelhas franziram e eu suspirei. — Do que você se lembra?

— Que decidimos ir pro Sul. Pra ter um lugar quente e agradável pra você. — Eu neguei com a cabeça. A última coisa que ele se lembra faz tanto tempo e muito aconteceu desde então.

Ele não se lembra da traição da Sophie, não se lembra do que me obrigaram a fazer. Não se lembra do meu desespero, dos meus traumas, não se lembra da traição de Yoongi, não se lembra da guerra para recuperar o norte. Não se lembra do nosso filho... Ah, Deuses...

— Não... Isso já faz... Tanto tempo... Faz quase dez anos, Jungkook... — Ele pareceu analisar tudo que eu disse a ele, meticulosamente e me soltou.

— Isso é impossível. Não posso ter te deixado tanto tempo sem uma proteção adequada. Me diga que isso é uma brincadeira! — Sua raiva me assustou e eu segurei em seu rosto, preocupada com o que ele faria a seguir. — Eu te deixei dez anos sem proteção?

— Eu não estava desprotegida. Venha. Vou te atualizar sobre os acontecimentos. Venha — chamei, quando percebi que ele ainda parecia se martirizar pela notícia dada.

Então, eu o expliquei tudo.

Expliquei, desde o dia que fomos para o sul, até o dia de hoje. Não deixei nada escapar. Ele pareceu se culpar pelos acontecimentos e, principalmente, pela minha gravidez, mas tentei não o deixar que se sentisse assim. Eu amava a minha criança. Eu aprendi a amá-lo, graças a ele. Então, o proibi de se sentir daquela maneira.

E ele, assim como anos atrás, se odiou por estar sentindo.

Já havíamos quebrado essa barreira. Já havíamos passado por isso. Ele já havia aprendido como sentir. Como poderia passar por tudo de novo?

— Então... Ele vai ficar muito animado quando te ver. Pode ser gentil com ele? Por favor? — Seus olhos gelados continuaram me encarando até acenar com a cabeça como se tivesse acabado de receber uma ordem. — Você o deu o nome de Atticus. Foi um dos motivos por eu ter conseguido começar a amá-lo. Ele vai te chamar de pai, então não estranhe.

— Entendido. — Eu suspirei pelas palavras sem emoção e abri a porta do quarto do meu menino. Ele não estava ali, mas eu queria mostrá-lo algumas coisas, antes de fazê-lo conversar com ele.

— Esse é o quarto dele. Ele ainda guarda algumas fotos que os dois tiraram juntos tempos atrás. — Jeon se aproximou da cama de casal que a criança tinha e pegou um porta-retrato que havia ali. Uma foto minha, dele e de nosso filho, ainda bebê. Só naquele momento, ele pareceu perceber algo.

— Você... cortou o cabelo. Eu gostava do seu cabelo longo, milady.

— Eu sei — respondi, encostando nos fios curtos e suspirei. — Faz muito tempo. — Ele se virou e sua expressão mudou. Ele pareceu triste, mas logo balançou a cabeça para dispensar o pensamento que teve, seja ele, qual fosse.

— E o garoto? Se parece com... — Ele se interrompeu e mordeu a língua, a pressionando na bochecha, como se quisesse matar aquele que me atormentou. Ele ainda me protegeria de qualquer coisa, afinal.

— Não. Ele se parece com meu pai. Nada além. É uma criança tão incrível. Vem. Vamos falar com ele, vai entender sobre o que estou falando. — Eu o puxei pelo braço, até o estábulo. Atticus era apaixonado por cavalos, então eu sabia que o encontraria por ali. — Filho! Tenho uma surpresa pra você. — A criança se virou, curiosa e abriu um sorriso maior que o rosto, correndo até o androide que entrou em alerta e se assustou ao sentir o garotinho abraçar suas pernas.

— Papai! Por que demorou tanto no conserto? — perguntou, curioso e se afastou para olhar o Jungkook que me encarou, esperando por algo e eu o olhei, irritada, então ele pareceu entender o seu papel ali.

— Tive muitas complicações — respondeu, simples.

— Viu como eu cresci? — Atticus deu uma voltinha para mostrar suas mudanças corporais e Jeon pareceu analisar o corpo do menino, obviamente, ele não tinha dados sobre o corpo dele antes, mas havia visto uma foto em seu quarto e tinha uma noção de como ele era.

— Você cresceu, aproximadamente, trinta centímetros — respondeu e Atticus o encarou, confuso, enquanto eu batia a mão em minha testa. 

— Por que não mostra ao Jungkook a sua égua? Tenho certeza que ele vai adorar conhecê-la, vá buscá-la. — Ele se animou e correu para o final do estábulo. — Se esforce, por favor. Atticus espera que você aja como um humano. Como antes.

— Eu agia como um humano? Eu sou um robô.

— Mas sente exatamente como nós. Se esforce pelo meu menininho. Por favor...