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O projeto B-938 foi criado inteiramente para proteger a filha do lorde do norte. Toda a sua programação está focada nisso e ele não queria falhar em sua função.
Em uma tragédia em sua casa, Aurora se viu sem nada, nem ning...
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B-938 Jungkook
A criança da milady ainda dizia o quão animada estava com a sua nova égua. Eu franzi o cenho, olhando para a criança. Analisando semelhanças com família de Aurora. Análise terminada. Resultado: 78%. Incrivelmente, parecido com a mãe e mais ainda com seu avô.
— Você gostou dela, papai? — perguntou sobre a égua branca em nossa frente. Pode ser gentil com ele? Por favor? Meu sistema tocou a voz de Aurora e eu apenas acenei com a cabeça, decidindo não dizer nada. — O que há, papai?
Significado de gostar: achar agradável, sentir prazer em; amar, apreciar. Eu não devo achar nada sobre cavalos, o que eu deveria dizer para a criança? Meu sistema começou a planejar uma resposta e concordei.
— Cavalos são interessantes. Além da força, os cavalos possuem outra característica marcante: excelente capacidade para memorizar. São capazes de se lembrar de pessoas, lugares e situações com grande facilidade, armazenando na memória os momentos que presenciaram. E por isso que, se um cavalo é tratado com carinho, ele vai lembrar da pessoa como um amigo para o resto da vida e caso presencie um momento traumático também. Além disso, eles conseguem se lembrar por muito tempo das pessoas, mesmo após longo período de ausência. — Atticus me encarou. Expressão carregada. Sentimento: confusão. — Meu sistema me alerta que você está confuso. Qual o motivo da sua confusão?
— Não é nada. Vou falar com a mamãe — disse, então saiu andando.
Alguns dias passaram e tivemos que refazer as análises do meu sistema para ter certeza de que nada estava fora dos eixos e todas as minhas lembranças foram repassadas.
— Não... não pode ter sido acidental. É impossível — comentou, a lady, irritada e cruzou os braços. — Está faltando muitas memórias.
— Com licença. — Nos viramos para ouvir a voz de um senhor de idade com roupas gastas e Aurora deu a voz para que ele falasse. — No meu tempo servindo Sophie, ouvi muitas coisas ao respeito dela. Implacável e uma mente muito brilhante, mas muito maligna. Ela mandou que seus soldados, apagassem algumas coisas do cartão de memória dele, o que o causaria uma amnésia. Ela sabia que você poderia trazê-lo de volta e resolveu machucá-la, mesmo depois da morte. — Aurora se virou para mim e se aproximou, segurando minha mão.
Minhas engrenagens pararam de funcionar por alguns segundos e eu a encarei, analisando seu rosto. Expressão carregada. Sentimento: preocupação.
— Não fique assim, milady. Minhas memórias não estão completas, mas meu sistema funciona perfeitamente. — Ela me encarou. Expressão carregada. Sentimento: incômodo. — O que te incomoda?
— Você não se lembrar de nada. Tudo o que lembra é de quando era robô.
— É só o que eu sou, milady.
— Essa era uma fase que já tínhamos superado.
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Aurora Manson
— Mamãe... Por que o papai está tão estranho? — perguntou, enquanto eu o arrumava na cama e eu terminei de o cobrir, antes de responder a sua pergunta.
— Ele está com... um certo problema no cartão de memória. Ele não se lembra de muita coisa.
— Isso me assusta.
— Me assusta também — falei e suspirei, preocupada, me levantando para deixar um beijo na sua testa. — Vou ir dormir agora, boa noite, meu bebê.
— Boa noite, mamãe.
Quando eu saí do quarto, Jungkook me esperava e me seguiu até o meu quarto. Ele veio atrás de mim e puxou o zíper do meu vestido, o tirando do meu corpo, logo em seguida, tirando a minha calça.
— O que achou do meu cabelo? — perguntei, já que ele não se lembrava do corte e ele me analisou dos pés a cabeça.
— Eu não devo achar nada.
— O que achou do meu cabelo? — perguntei, rodeando minha mão em seu pescoço e ele suspirou, mesmo que não tivesse pulmões, abaixando o olhar para o meu corpo nu, me fazendo arrepiar.
— Eu gostei muito. — Ele próprio pareceu se surpreender com a resposta que deu. — Milady, eu...
— Tudo bem, eu gosto quando faz isso. Senti tanto a sua falta. Volta pra mim... — Eu o abracei com força e ele retribuiu e acabei sorrindo ao ouvir estalinhos dentro de seu corpo.
Eu me afastei e ele dava alguns tremeliques e eu dei risada, quando suas orelhas começaram a fumaçar. Isso demonstrava que ele sentia algo e isso me deixava muito animada.
— Eu detecto um problema no meu sistema. Eu devo ver um mecânico — avisou, se afastando e eu segurei em sua mão, o impedindo de se afastar.
— Você deve ficar aqui e comigo — falei, o apertando em um abraço que ele não pareceu entender novamente, mas apesar de seu cartão de memória não parecer se lembrar de mim... Seu sistema parecia lembrar e isso me deixava contente.
— Eu prometi consertar... Consertar o brinquedo de Atticus, não prometi? — Eu me surpreendi com ele ter lembrado de algo que não estava com ele e sorri de orelha a orelha.
— É verdade, você prometeu. Lembra quando foi isso?
— Foi... Foi antes de irmos recuperar o norte... — murmurou e me encarou, preocupado. Imagino que ele esteja se lembrando de algo que não queria. — Milady... Seu cabelo... — Pelo tom de sua voz, ele não estava surpreso pelo tamanho.
Ele havia se lembrado do motivo de eu tê-los cortado.
— Eu sinto muito. — Ele franziu a testa por ter dito aquilo. Estranhou ter dito algo que envolvia seus próprios sentimentos. — Meu sistema me alertou. Eu estou triste. Não sabia que era capaz de sentir. Eu não gosto de estar triste, milady.
— Acho que ninguém gosta de ficar triste.
— Não gosto disso. Eu não fui projetado pra isso! Não fui projetado pra sentir — falou, assustado e eu coloquei a mão na sua bochecha, então ele se aproximou e me roubou um selinho. — Me desculpe, milady. Eu não sei porquê eu fiz isso...
Eu interrompi sua fala, agarrando seu corpo e juntando nossos lábios. Ele não entendeu de início, mas algo pareceu fazê-lo lembrar do que fazer e ele agarrou a minha cintura, me deitando na cama e ficando por cima do meu corpo.
— Eu não sei o motivo de querer fazer isso com você. Eu não sei se eu devo...