𝐎 𝐒𝐎𝐌 𝐃𝐎 𝐀𝐌𝐎𝐑 - Jax x (S/n)

Coelho de pelúcia

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Alguns meses se passaram desde da minha chegada e eu, por incrível que pareça, já estava me acostumando com toda a situação. Não é como se eu gostasse desse lugar, não me entenda a mal! Mas aprendi a suportar tudo isso. Aprendi que a música e poucos amigos me fazem me sentir humana novamente. Também aprendi que Gangle é uma ótima artista quando a mesma me entregou um papel com uma caricatura minha.

E eu chorei quando recebi.

Enfim, comecei a sair do meu quarto mais vezes (o que não era tão comum, quando o desespero batia eu acabava me trancando por dois ou três dias consecutivos) e tentar socializar com todos. Caine, por mais estranho que pareça, demonstrava um certo afeto por mim. Muitas vezes me perguntava o que eu estava sentindo e se estava aproveitando o lugar.

"Esquisitinho"

No começo eu ignorava o mesmo. Não sei se era a culpa dele eu estar num lugar como este, mas mesmo assim eu não conseguia evitar de sentir raiva. Quando parei de tentar culpar os outros, comecei a sentar com o mesmo e escrever coisas simples (como foi meu dia, se eu estava bem e etc)

"Ele não é tão malvado assim, vai"

Já Bubble era uma fofura, muitas vezes mordia minhas bochechas pintadas pois pareciam cerejas (e admito, isso gerava uma briga por minha parte)

"Eu estou abaixando a minha guarda, isso é ruim. "

"....será que é?"

Jax... bom, Jax parecia gostar de passar tempo comigo. Sempre me chamava para participar de algumas pegadinhas e dependendo da proposta eu acabava consentindo. É meio estranho, eu me estressava muito facilmente com o coelho. Já agora...

"Bom, ainda me estresso"

Mas acontece que ele é a pessoa mais próxima de mim aqui. Sempre estamos juntos e nossa intimidade está começando a ir além. Tudo começou com alguns empurranzinhos, socos de brincadeira e o mesmo largando o peso do corpo em cima do meu (e quase me esmagando) agora é ...diferente

Faz pouquíssimos dias que Jax colocou o braço ao redor dos meus ombros, admito que foi um pouco desconfortável por conta da nossa diferença de altura, mas não estou reclamando. Eu me sinto indiferente em relação a isso tudo.

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"Não sei que horas são, mas era pra eu estar dormindo"

Meu quarto estava escuro e eu sentia a energia de uma provável madrugada se aproximando. Estava deitada, mas sem um pingo de sono. Levantei e esfreguei meus olhos com uma certa delicadeza.

Um cansaço mental tomava conta de meu corpo, meus olhos se pesavam e eu sentia minhas mãos tremendo. Abri a porta devagar, não queria acordar ninguém.

"Um bichinho de pelúcia seria bem útil agora, eles me acalmam "

Caminhei pelo corredor do circo, o ambiente era muito diferente de "noite". As cores vivas e claras ficavam mais escuras, o silêncio tomava conta da tenda e a mesma ficava deserta. Andei tranquilamente, talvez uma caminhada conseguiria me deixar mais calma.