Bizarre Love | Seulrene G!P

08

Kang Seulgi

- Existem aqueles dias em que eu me sinto sozinha, sinto que não pertenço a lugar algum, com a cabeça baixa, me deixo levar para a solidão. Mas sabe o que me deixa permanecer em pé? - Pergunto ao olhar para a garota em minha frente.

- O quê?

- Você. - Sorrio para Irene que me olhava igual a uma cadela na chuva pedindo Socorro.

- E-eu? Não pode ser, você nem ao mesmo olhava em meus olhos. Como você pode brincar desse jeito comigo?

- Não estou brincando, eu sei que fui uma idiota com você, mas eu realmente tenho sentimentos por você.

- Não faça isso, como se você não tivesse me tratado mal o ensino médio todo. - Ela aponta o dedo em minha cara. – Eu sempre gostei de você, você sempre soube. Mas não venha com idiotices de dizer que tem sentimentos por mim, não nesse momento. - Ela abraca o próprio corpo e abaixa o olhar.

- Você ao menos pode me ouvir? - Chego perto dela, mas ela se afasta.

- Eu sempre esperei que você mudasse, mas não queria que fosse dessa forma. - Diz sem me olhar.

- Eu mudei, será que você não percebe que eu sempre te amei, caramba? - Puxo ela em meus braços fazendo nossos peitos se chocarem. - Eu sempre te amei. - Repito. - Mas eu nunca tive coragem de dizer à você. Eu me sentia um lixo por não saber demonstrar esse sentimento. - Olhei em seus olhos. - Eu realmente preciso que você me dê uma única chance, eu prometo que não irei fazer você sofrer. – Aproximei de seu rosto. - Me desculpa, eu só quero demonstrar o que eu nunca fui tive coragem de mostrar à você. - Colo nossas testas e olho para os lábios dela. - Eu quero você. - Sussurro.

- Mas eu não quero você. – Ela diz e me empurra. - Eu chorei demais por suas humilhações. Você mente, você... - Ela fecha os olhos e suspira. – Você não pode chegar em minha casa e dizer que "sempre me amou❞ - Faz entre aspas. - Vai embora e finge que eu nunca existi. - Aponta o dedo para a porta do quarto.

- Mas eu...

- SAI DAQUI! - Gritou.

- Eu não vou desistir de você. - Falo em um tom alto, mas não o suficiente para que seja comparado a um grito.

- Você vai perder o seu tempo. - Seus olhos estavam marejados, os meus não estavam diferentes.

- Você mesma disse que gosta de mim. – Limpo a lágrima que desliza sobre meu rosto. - Ainda acho que vou conquistar você. - Sorrio tristemente. - Não esqueça. Eu amo você. - Dou-lhe uma última olhada antes de sair.

Passando alguns minutos em silêncio,  Irene o quebra.

- O que acharam? - Ela pergunta para as meninas que estavam na cama. Jennie e Yeri estavam de bocas abertas, já estava até imaginando jogar um sapo na boca de cada uma.

- Eu não tenho o que falar. - Yeri sorriu. - Vocês realmente foram extraordinárias. - Levantou e começo a aplaudir.

- E você? - Pergunto à Jennie. - O que achou?

- Eu realmente achei bom, mas faltou uma coisa. - Claro.

- Prossiga.

- Faltou o beijo.

- Beijo? - Irene riu sarcástica. – Por que acha que eu beijaria a boca dela? - Olha em minha direção.

- Como? - Pergunto incrédula. - O que quer dizer?

- Que eu não sei por onde a sua boca passa, então eu não vou arriscar.

- Yeri, vamos fazer lanches? - puxa Yeri pelas mãos.