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Kang Seulgi

Acordo com o meu celular tocando, abro os olhos com a maior dificuldade possível até que pego o mesmo que estava em cima do criado-mudo, vejo a ligação da Irene, arregalo os olhos quando lembro que eu iria levar Jennie e Irene na escola, atendo sua ligação, Irene nem mesmo deixar eu falar algo.

- Seulgi, sua demônia, onde você tá? - Irene grita do outro lado da chamada.

- Já estou saindo, me espera.

Desligo e vou direto para o banheiro passando no máximo cinco minutos. Assim que fiquei totalmente "arrumada" para ir, passei igual a um foguete pelo meu irmão.

- Oi Hyun, Tchau Hyun.

- Hey! Onde a senhorita pensa que vai? - Baekhyun segura o meu braço fazendo com que eu pare de "andar".

- Para a escola?

- Isso eu sei, abusada. - Diz revirando os olhos. - Mas eu não vou receber nem um beijinho? - Aponta para sua bochecha com o indicador.

- Não. - Puxo meu braço do seu aperto e saio andando.

- Seulgi-ah!

- Tá bom, tá bom. - Aproximo do meu querido irmãozinho e beijo sua bochecha só base. - Credo, Baekhyun! Você se maquiou de novo? - Pergunto enquanto tiro a palidez da minha boca causada pela base.

- Lógico. - Diz simples.

- Ah, Tchau!

Vou correndo para fora e encontro uma Irene com a cara da Fiona e Jennie com a cara do Shrek ao seu lado.

- Nem diz nada, eu já sei que estou atrasada. - Digo e jogo os capacetes para as duas.

- Mais que atrasada, a professora já deve tá na sala. - Sento em minha motona e as duas fazem o mesmo.

– Óbvio que não, no máximo ela deve tá se pegando com o diretor. - Sinto um tapa ardente em meu ombro. - Que foi? - Pergunto a olhando pelo retrovisor. Sim, Irene estava no meio.

- Respeita a professora!

- Rispiti i pifissiri. - A imito e logo ligo a moto acelerando só de uma vez fazendo eu sentir as pernas de Bae ultrapassando minhas coxas e o seu corpo ser jogado para trás, de brinde o barulho do tombo da Jennie.

- Puta que Pariu, Seulgi!! - Jennie grita fazendo com que meus tímpanos cheguem a explodir... Ok, exagerei.

[...]

Já na escola, Jennie não parava de dizer que ficou "desbundada" por culpa minha, eu já não aguentava mais ouvir, sei que fiz por querer, mas não sabia que ela estava mexendo no celular quando eu acelerei, pensei que elas já sabiam o meu jeito de andar de moto.

- Nunca mais dou de quatro! - Jennie diz fazendo eu olhar para ela em choque, Irene não estava diferente. - Q-quer dizer, nunca mais sento em uma cadeira de quatro.

– Você é péssima em desculpas. – Falo.

- Você apenas tem dezessete, Jennie, você é uma criança. - Irene diz indignada.

- Uma criança que parece uma cadela no cio. - Comento.

- Você quer levar o soco que não levou hoje mais cedo? - A cogumelo pergunta com o olhar ameaçador.

- Não tá mais aqui quem te estrepou. - Levanto os braços em rendição.

Ao chegarmos em frente a porta da nossa sala, fui empurrada por Irene e acabei entrando de uma só vez.

- Bom dêa, senhorêtas. - Olhei para a professora que tinha uma cara nada bonita. Desde quando é?

Ela era a professora mais estranhas de todas, tanto pela sua pele que parecia que era mãe do Thanos quanto pela sua linguagem, ela sempre trocava o "i" pelo "ê", sua bunda era tão grande que quando ela escrevia algo na lousa seu braço ai para a direita e a sua bunda para a esquerda, o cheiro nem se fala, o cheiro parece que ela tinha cagado nela mesmo.

Dizem que ela e o diretor se pegam, o diretor é um cara legal (um demo), a cabeça dele é pequena e pelada, eu tenho certeza que ao invés dele enfiar o pau, ele enfia a cabeça na boce...

- A senhorêta vaê fêcar aê me olhando? - Me dou conta que estava encarando a estranha.

- Podemos entrar, professora linda? – Jennie pergunta puxando o saco da professora.

- Já entraram. - Nos sentamos em nosso lugar de sempre, no fundo da sala. - Como eu êa dêzendo, vamos fazer grupos de quatro pessoas.

Olhei para as meninas, já sabia que pelo menos três já tinha em nosso grupo.

Assim que os grupos foram se desenvolvendo, restou somente a novata. Como sempre as meninas pediram para chama-la. Fui? Lógico, eu iria cobrar em lanche depois.

Chegando na baixinha, bati em sua mesa a fazendo se assustar.

- Minhas amigas e eu queremos você em nosso grupo. - Digo e logo saio. Sorri para as meninas que me olhavam com cara de tédio.

Sempre faço isso quando chamo alguém para o nosso grupo, finjo que eu sou uma moleca doida e caio fora.

Assim que a novata chegou em nossas mesas, Irene foi falando o nome de cada
uma de nós.

- Prazer, Yeri. - Estendeu a mão como forma de cumprimento. Depois desse chamego todo, prestamos atenção em cada cuspida em que a bunda de elefante dava, não tinha como prestar atenção em suas palavras, por isso as meninas e eu escolhemos o fundo para nos sentarmos.

- Alunos, vocês terão que escolher um tema para uma pequena peça, pode ser qualquer tema, a melhor apresentação ganhará sete pontos, a pêor três. - Já sabia que a Irene escolheria romance, ainda bem que eu tinha a Jennie, ela sempre fica do meu lado. - Entenderam, anjênhos? - A turma concordou com um “sim”.

- Romance. - Irene diz alegre.

- Terror. - Digo.

- Concordo com a Kang. - Mais um ponto ao meu favor, sorri vitoriosa em direção a Irene que tinha a face insatisfeita.

- Prefiro romance também. - Meu sorriso cai assim que eu ouço Yeri.

- Como? - Pergunto. Irene riu e abraça Yeri de lado.

- É, eu prefiro romance também. - Vaca.

- Vamos fazer o seguinte, vamos escrever os temas em um papel pequeno, aquele que sair vai ser o tema da nossa peça.

- E quem garante que vocês não vão  trapacear? - A novata pergunta.

- Não vamos. - Jennie diz revirando os olhos.

E assim fizemos, depois de escrever os nomes dos temas, embolamos e eu como a mais alta balancei eles em minhas mãos que estava em formato de concha.

- Prontas? - Pergunto.

- Prontas. - Responderam em sincronia. Dei para Yeri tirar o papel. Esperamos ela abrir para desvendar o resultado, quando ela começou a comemorar olhei para a Jennie que estava com a mesma cara que eu, a cara que dizia em silêncio estamos fodidas.

- E aí? - Irene pergunta. Sei que a descarada sabe o resultado.

- ROMANCE!! - A baixinha grita fazendo todos da sala olhar em nossa direção.

Bizarre Love | Seulrene G!POnde histórias criam vida. Descubra agora