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Kang Seulgi

Sinto o meu corpo sendo balançado bruscamente, abro os olhos e vejo Irene com a face emburrada.

- O que foi dessa vez, Irene? - Pergunto enquanto sento em minha cama.

- Jennie não quer levantar para irmos para a escola. - Cruza os braços acima do peito e senta ao meu lado.

- O que ela tem?

- Ela tem uma espinha enorme no nariz, ela não quer que ninguém veja. – Olho para ela com as sobrancelhas arqueadas. - Que?

- Por causa de uma simples espinha ela não que ir para a escola?

- Me acompanha, você verá como é enorme. – Diz puxando o meu braço.

- Calma, preciso tomar banho. - Informo.

- Tudo bem, não demore.

Assim que Irene sai do quarto, vou ao banheiro. Enquanto a minha mente processava debaixo daquele chuveiro, Irene batia os horrores na porta para que eu saísse.

Será que ela não entende que quando somos acordados por obrigação a alma demora horas para chegar ao corpo?

Já arrumada vou até à sala onde Irene estava igual a Yzma.

- Pronta para ver a pior cena da sua vida? - Sorriu de lado.

- Fiquei pronta desde o primeiro dia que te vi. - Irene desaba o sorriso me olha como se quisesse me matar.

- Idiota.

- Vamos logo, não deve tá tão ruim assim.

[...]

- Meu Deus, Tubuscleia! Que melancia é essa no teu nariz? – Corro para trás de Irene enquanto a pedra que ela chama de travesseiro voa em minha direção.

- Eu não vou para a escola, não desse jeito! - Aponta para o nariz. Se é que ainda pode se chamar nariz.

- Não tá tão ruim assim. - Digo.

- Não? - Ela pergunta desconfiada.

- Não. Somente parece que tem uma bola de basquete na ponta do teu nariz. – Digo rindo.

- Kang, você não tá ajudando. – Irene me empurra levemente.

- Vai com máscara. - Sugiro.

- Vou parecer doente.

- Melhor que você mostrar esse monstro. – Irene diz.

– Quero ficar em casa. – Choraminga.

- Não podemos faltar por besteiras, Unnie.

- Prometemos para nossas irmãs que daríamos tudo de si para que nossos pais não tirem a gente a força daqui. – Irene avisa calma.

- Tudo bem. Mas acho que não vai dar mais tempo. - Diz tristonha.

– É verdade, Irene. Que horas são? – Pergunto quando lembro de que nem olhei em meu celular quando Fiona me acordou.

- Cinco e meia. - Sorriu amarelo.

- Bicho do mato, como você acorda às cinco só para se arrumar para a escola, sendo que entramos às sete? - Olho com o olhar furioso em direção à Randall. – Pensei que estaríamos atrasadas.

– É, eu também pensei. – O olhar de Jennie não fica diferente quando olha para Irene.

- Tá meninas, eu queria acordar cedo hoje, mas não queria ficar sozinha. - Suspiro e volto a focar em Jennie.

- Então ainda dá tempo, você precisa se arrumar. - Digo.

- Me esperem na sala. Não demoro. -
Assentimos e logo já estávamos na sala.

Me joguei no sofá e fechei os olhos querendo tirar alguns minutos de sono, mas Irene simplesmente joga uma almofada em meu rosto.

- O que você tem? - Ela pergunta.

- Ainda pergunta? Ainda era para eu tá dormindo. - Irene não fala nada, mas sorriu fechado. Conhecendo-a bem, sei muito bem o que planeja. – Não começa, suas irmãs estão dormindo. - A lembro. Irene abriu o sorriso e se aproxima, esquecendo totalmente o que eu disse, Bae fica por cima de meus joelhos.

- Vai ser rápido, prometo não fazer você sofrer tanto.

Não demorando muito, Irene começa a fazer o trabalho com as mãos, confesso que ela tem habilidades incríveis. Olho para ela enquanto ela sorria sapeca. Sei que vou acabar não aguentando então fecho os olhos fazendo força para poder aguentar a pressão que seus toques estavam causando em meu corpo.

- Se você soltar pelo menos um suspiro, você vai pagar meu almoço por uma semana. - Ameaça.

Irene vendo que eu não estava cedendo, ela resolve descer as mãos e tirar o meu sapato do pé esquerdo. Bae tirou tão rápido e começou a fazer cócegas, que eu só me toquei depois de minutos que eu estava rindo alto demais.

- Vocês duas não mudam! - Ouvimos o voz de Joy. Irene para os ataques de cócegas e sai de cima de mim.

- Você perdeu, Kang. - Sorriu vitoriosa.

- Não vale, você fez em meu pé. – Falo emburrada.

- E?

- E, que combinamos que você faria só em meu abdômen. - Sento ao seu lado na mesa enquanto Joy faz o café. – Isso é justo, unnie? – Pergunto para Joy.

- Na verdade é. Você riu, Seul. - Joy diz risonha.

- Não acredito que você não vai ficar do meu lado. - A olho incrédula.

- Só por hoje. - Ela diz e logo em seguida
rir.

- Seulgi perdeu de novo? - Jisoo pergunta entrando na cozinha.

- Ela disse que eu trapaceei. – Irene aponta o dedo em minha direção. Sorrio de lado e mordo a ponta de seu dedo, mas logo me arrependo quando sinto um soco em meu ombro direito. Resmungo com a dor.

- Meninas, estou pronta. - Jennie entra na cozinha. A olho de boca aberta.

Jennie estava com um moletom preto, calça preta, tênis preto e para completar, a mascara também era preta.

- Você vai assim para a escola? - Irene pergunta.

- Assim como? - Seu olhar fica confuso.

- Parecendo um ninja.

- Você vai assaltar um banco? - Pergunto rindo.

- Vocês são umas idiotas. - Bufa nos acompanha na mesa.

- Meu Deus, já não bastava o mico de ontem? - Irene resmunga.

Acabamos rindo da cara das duas.

Bizarre Love | Seulrene G!POnde histórias criam vida. Descubra agora