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Correr em um cavalo ao por do sol  me faz sentir livre, os cabelos voando pelo vento forte, e os sons dos cascos do cavalo. Ao longe o casarão e ao meu lado meu marido, majestosamente gostoso em seu corcel escuro, porque ele tem que ser tão gato?

- Olha pra frente Alissa.- Fala pra mim quando percebe meu olhar sobre ele.
Dou risada e faço o meu cavalo correr mais.- Cuidado!- Me alerta ficando para trás.

- EU SOU EXPERIENTE.- Grito para ele que vem logo atrás de mim.- QUERO VER ME PEGAR.- Dou uma gargalhada o desafiando para uma corrida.

- QUERO VER CONSEGUIR FUGIR.- da risada também aumentando a velocidade.- ALISSA!- Demorou para eu perceber que estava indo em direção ao chão, tudo aconteceu tao de presa mas ao mesmo tempo em câmera lenta, a sela do cavalo se soltando o chão ficando próximo e então tudo escuro.

Gustavo

Em menos de segundo eu vi minha mulher caindo do cavalo que continuo correndo, pulo do meu e corro até ela que não está longe, vejo sangue na perna dela o maldito cavalo pisou antes de fugir.
- ALISSA, amor fala comigo, Alissa.- Chamo tentando a acordar.

Sinto meu peito arder e medo me consumir, meu desespero aumenta ao ver que na nuca dela também tem sangue, e a perna provavelmente está quebrada, com cuidado a pego no colo e vou para o casarão que já não estava mais tão longe.
- UM MÉDICO - Grito para os empregados que estão assustados, a coloco em nossa cama e tiro os sapatos com cuidado, acaricio o rosto dela e choro em desespero.

Eu não posso perder a minha mulher eu não posso.
- Senhor... - Fala o médico mas eu não o deixe terminar.

- Dispenso apresentações faça logo o seu trabalho.

- Sim senhor.- O homem vai para perto de minha mulher e eu vejo vermelho quando ele toca nela, mas preciso me controlar, é pelo bem dela Gustavo depois você mata ele.- Senhor Morales, sua esposa teve um ferimento superficial na região da nuca, a perna e uma das costelas estão quebradas, eu apliquei analgésicos para a dor, mas você vai precisar levar ela ao hospital para engessar a perna.

- Obrigado doutor.- Passo a mão pelos cabelos da minha mulher.

- Senhor Morales, também já lhe adianto que ela pode ter algumas sequelas, pessoa que a monitore e se apresentar sintomas de dor de cabeça tonturas ou enjôo leve ao médico.- O homem sai me deixando sozinho com ela.

Não demoro para pegar Alissa no meu colo e a levar para o hospital, no caminho eu ligo para os meus sogros e aviso sobre o acidente, os mesmos se ofereceram para cuidar dela mas eu recusei.

Observo uma mulher ruiva enfaixar a perna de minha mulher que ainda está desacordada.
- Senhora Morales.- Fala a mulher e então vejo os olhos de Minha mulher abertos, e uma expressão de dor.- Não se mexa por favor ainda estamos cuidando de suas fraturas.

- Gustavo.- Me chama e eu vou até ela segurando a mão de minha esposa.

- Oi amor.- Beijo a testa dela.- O que foi? Está sentindo dor?

- Não, onde eu estou?

- Estamos no hospital meu anjo, você caiu do cavalo mais cedo.- Ela parece se lembrar do que aconteceu.

- Foi tão feio assim?- Pergunta ainda confusa.

- Você quebrou uma perna, e uma das costelas quase me matou do coração.- Falo lembrando do desespero que senti quando vi ela desacordada.- Não faça isso comigo amor.- Sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto e a seco imediatamente.

- Pode ficar calmo, eu me recupero rápido...

- Então senhor e senhora Morales...- Começa a ruiva nos interrompendo.- Sem esforço por três semanas sem esforço algum, você vai levar de seis a doze semanas para estar boa novamente, tome os remédios certinho e as vitaminas tu também.

Agradeço a doutora e ajudo minha mulher a sair daquele local, aproveito e alugo uma cadeira de rodas a qual ela vai precisar.
- Está confortável?- Pergunto quando a coloco sentada em nossa cama.

- Sim...

- ALISSAAA.- Entra a louca da Ananda em nosso quarto chorando e para na beirada da cama.- Meu Deus você tá horrível.

- Veio até aqui pra me chamar de feia?- Pergunta Alissa rindo da situação. Vejo Sanches parado no corredor e resolvo deixar elas sozinhas.

- Ananda acha que foi você que bateu nela.- Fala Viktor quando entramos no meu escritório e ele se espalha no sofá.

- Sua mulher é paranóica.- Sento na minha cadeira respirando fundo.

- Eu olhei a cela do cavalo.- Fala Sanches.- Ela foi cortada por alguém.- E assim ele ganha minha atenção.

- Quer dizer que alguém sabotou a sela do cavalo da minha mulher.

- Sim, sugiro que olhe as câmeras, o culpado deve ser alguém que cuida dos cavalos.- Ódio ardia dentro de mim enquanto procurava as imagens das câmeras.

Pude ver perfeitamente quando um dos peões começa a cortar a sela com um canivete deixando apenas um fio, ele arruma o cavalo e logo após Alissa e eu chegamos.
-Desgraçado!- Falo com raiva dando zoom na câmera, o peão é um novato que entro a pouco tempo Esse animal deve ter sido enviado por algum dos meus inimigos.

- O que vai fazer?- Pergunta Sanches do sofá.

- Vou torturar o filho da puta descobrir pra quem ele trabalha e depois vou matar ele.- Sinto contentamento ao imaginar minhas mãos torturando o filho da puta que ousou machucar a minha mulher

Ninguém toca no que é meu e sai vivo pra contar história, muito menos em Alissa!

Eu AlissaOnde histórias criam vida. Descubra agora