➳ 𝘤𝘩𝘢𝘱𝘵𝘦𝘳 𝘦𝘭𝘦𝘷𝘦𝘯

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[✓] CAPÍTULO REVISADO: 21-12-23.

Um dia, quando ainda era uma criança, Florence ouviu de sua mãe que o primeiro amor era como o nascer do sol em um dia de primavera; uma sensação avassaladora de calor e beleza que preenche o coração.

A princípio, a garotinha não fazia a menor ideia de como esse sentimento poderia ser. Entretanto, anos depois, lá estava ela. Seu coração batia acelerado, como se estivesse prestes a explodir. A sensação de borboletas em seu estômago era notória, assim como suas bochechas avermelhadas.

— Nossa... — Carlos sussurrou. Assim como ela, estava envergonhado. — Eu...

— Carlos... — Florence chamou no mesmo tom. — O que isso significou para você...?

— Eu... Eu não sei... — O rapaz gaguejou. — Foi tão de repente,foi um impulso que... Um impulso que eu repetiria... — Ele olhou-a nos olhos, buscando confiança. — Flor, eu acho que o que estou tentando dizer é que... Eu te amo...

Florence sorriu docemente.

— E o que eu estou tentando te dizer há um tempinho é que eu também te amo. — A mesma disse. — Eu devia ter te contado antes, mas eu estava com medo... Você me entende...?

Carlos acariciou o rosto delicado da jovem com a palma de sua mão.

— Eu te perdoo se me der mais um beijo. — Ele disse de forma divertida, o que fez Florence rir e, consequentemente, lhe beijar mais uma vez.

[...]

A notícia de que Florence e Carlos estavam juntos se espalhou rapidamente pela escola. Quando ambos retornaram para a escola, um dia antes do Dia da Família, foram recebidos com olhares surpresos e chocantes.

Carlos era bom em fingir não ouvir o que os outros diziam por suas costas. Conseguiu ignorar facilmente, milhares de comentários que fizeram sobre si e sua origem.

Porém não conseguiu evitar seus amigos, especialmente Mal, que estava furiosa com o rapaz.

— Isso é sério?! — A garota de cabelos roxos exclamou. — Carlos, eu não sei se você se lembra, mas estamos no meio de uma missão. Pegar a varinha, libertar nossos pais e acabar com tudo isso. Como diabos você fará isso estando junto da "miss perfeitinha"?!

Carlos bufou. Mesmo odiando a situação, tinha que continuar mentindo. Sua maior vontade era de gritar, dizer que amava Florence e que desistiria daquele plano estúpido.

— Dá um tempo, Mal. — O mesmo revirou os olhos. — Não é bem assim.

— Ah, é mesmo? Então como é? — Mal cruzou os braços. — Porque, pelo o que eu soube, vocês estão muito apaixonados.

Ela está muito apaixonada. — O garoto corrigiu. O mesmo sentiu um grande aperto no coração. — Lembra-se da poção de amor que fez para o Ben? O biscoito? Eu refiz a receita e dei para Florence.

— Por quê? — Jay perguntou, confuso. — Já temos a Mal para arrancar informações.

— Informações nunca são demais. Especialmente neste caso. — Carlos rebateu. — É sério que vão ficar me olhando de cara feia?

— Bem, não estamos perdendo nada... — Evie deu de ombros. Seu tom era um tanto cabisbaixo. — O dia da família é amanhã e a coroação, uma semana depois. Quanto mais peças tivermos, melhor.

Porém, mal Carlos sabia que seus amigos, lá no fundo, se sentiam iguais a ele.

[...] Dia seguinte

O jardim principal havia sido enfeitado de maneira encantadora. Um buffet de comida estava em exibição ao lado da mesa para bebidas. Uma grande faixa havia sido pendurada entre duas pilastras, desejando boas vindas aos familiares.

Florence ajeitou a tiara em sua cabeça pela que parecia ser a terceira ou quarta vez. Assim como todos os anos, ela e mais alguns alunos cantariam "Be Your Guest" para a abertura do evento.

— Florence! — A garota ouviu a voz de sua melhor amiga, Audrey, vinda de algum lugar próximo. Ao virar-se, notou a mesma vindo em sua direção. — Eu demorei um dia inteiro para processar o que eu havia ouvido e rezei para que não fosse verdade.

— Audrey, o que houve? — A filha da Rapunzel perguntou, confusa.

— É verdade?! Verdade que está junto do filho da Cruella?!

— O nome dele é Carlos. — Florence respondeu seriamente. — E sim, estamos juntos. Algum problema?

— Não acredito que está me perguntando isso. — Audrey respirou fundo. — Você enlouqueceu? O que acha que seus pais irão dizer quando contar a eles que está namorando um vilão?

— Eles já sabem. — Ela rebateu. — E aceitarem, sabia? Não entendo por que você não consegue.

Audrey olhou-a nos olhos.

— Flor, você é minha amiga mais querida. Eu estou dizendo isso porque eu sei que é uma verdade. — A mesma disse. — Esse garoto vai quebrar seu coração. É o que vilões fazem, afinal de...

— Audrey, pelo amor de Deus! — Florence exclamou, irritadiça. — Você não o conhece para dizer qualquer coisa! Se baseia da droga de um título e apenas isso. Sabe, se muitos heróis não tivessem recebido ajuda, teriam ido parar na Ilha dos Perdidos. Meu pai, por exemplo. Ele roubava antes de conhecer minha mãe, sabe o que isso significa? Que eu, caso eles nunca tivessem se conhecido, teria nascido do outro lado. Você me odiaria por ter vindo da Ilha?

— Eu... — Audrey gaguejou.

— Exatamente. — Florence suspirou pesadamente. — Agora, vamos colocar um sorriso em nossos rostos e cantar aquela música. Não quero que esse dia seja arruinado por conta dessa merda de discussão.

E dito isso, Florence deixou o banheiro para trás, rumo ao jardim.

Seu mau humor logo foi substituído por um sorriso no rosto ao seus pais.

— Vocês chegaram! — A garota exclamou, abraçando sua mãe e, em seguida, seu pai. — Fizeram boa viajem, eu espero?

— Claro que sim, querida. — Rapunzel sorriu docemente. — Cadê seu namorado? Eu adoraria conversar com ele; é muito simpático.

— Ele... Deve chegar em um minuto. — Florence murmurou, estudando com o olhar cada canto do jardim a procura do rapaz. — Eu...

— Flor, temos que ir! — Lonnie, filha da Mulan, chegou de repente. — A música já vai começar!

— Ahn... Certo! — A garota assentiu rapidamente. — Mãe, pai, vejo vocês depois. Certo?

Eugene assentiu.

— Estaremos torcendo por você. — Ele disse com seu típico tom humorado.

𝐈 𝐒𝐄𝐄 𝐓𝐇𝐄 𝐋𝐈𝐆𝐇𝐓 • carlos de vilOnde histórias criam vida. Descubra agora