LUIZA P.V
Eu estava tão feliz. Com minha namorada e minha filha comigo. Tudo estava no seu lugar, em um encaixe perfeito. Mas nem tudo pode ser só flores em nossas vidas. Pois sempre haverá espinhos para nos ferir.
- Não acredito que finalmente nos encontramos de novo.
De repente tudo a minha volta parou. Eu congelei no instante em que sua voz me atingiu como uma bala, por um momento minha vista escureceu e minhas pernas amoleceram. Senti as mãos firmes de Valentina me apoiarem e seu olhar preocupado sob mim.
Fechei meus olhos respirando fundo tentando encontrar coragem ou força para olhar o dono daquela voz, que pensei que nunca mais ouviria.
- Lucio! - Assim que disse seu nome um amargo se fez como fel em minha boca e senti Valentina apertar ainda mais seus dedos em mimn. Ela ficou tensa, assim como eu. - O que faz aqui?
-Eu vim visitar um amigo que está internados aqui.
Mas veja que coincidência, eu iria aproveitar para saber de você. Sua mãe ainda trabalha aqui não é?- Ele dizia tudo sorrindo, como se fôssemos melhores amigos que não se veem a um tempo. E não como se ele tivesse me abandonado grávida e ainda ordenado que eu tirasse minha filha.
- Saber de mim porque? - Ignorei sua pergunta. Eu não tinha contado a ele que minha mãe era dona do hospital, apenas que trabalhava ali.
- Porque senti saudades, Luh. - Disse se aproximando o que me fez recuar um passo e encostar em Valentina que estava atrás de mim.
- Engraçado. Foi você mesmo que disse pra eu sumir da sua vida e esquecer que você existe. - Não consegui esconder a mágoa em minha voz. Eu não o amava, ou sentia saudades. Longe disso. Mas ele realmente tinha me machucado naquela época.
- Eu sei, Luiza. Será que podemos conversar a sós? - Disse ele desviando o olhar de mime direcionando a Valentina que continuava parada me segurando como se eu fosse fugir.
- Ela não pode conversar a sós com você. - Finalmente ela se pronunciou e se posicionou ao meu lado apoiando uma mão em minhas costas.
- Desculpe, mas esse assunto só diz respeito a mim e a Luiza. Então nos de licença um minuto.
Ela me olhou com uma pergunta silenciosa se eu queria que ela nos deixasse a sós.
- Não temos nada para conversar, Lucio. Tudo já foi dito no dia em que me abandonou então se nos der Licença. - Iria me virando para o carro quando ele se pronuncia.
-Qual é, Lucio. Eu sei que errei, e eu me arrependo. Vamos conversar?!
- Ela disse que não quer conversar com você. - Valentina tinha o olhar sérioea voz baixa, mas firme. Nunca tinha a visto assim. Imponente, segura. E isso me deixou orgulhosa dela. Finalmente ela percebeu que não precisa abaixar a cabeça para ninguém. Ela estava com uma ar protetor e pude sentir isso no
modo que ela me segurava e se impunha diante de Lucio. A olhando assim, eu com certeza me apaixonei
mais uma vez por minha linda morena de olhos azuis.- Escuta aqui, garota. Não se meta em assuntos particulares. - Disse com a arrogância e superioridade de sempre. - luiza, podemos jantar essa noite?
Assim poderemOs conversar melhor e quem sabe nos acer....
- Não. -Disse firme. - Eu não quero conversar com você. Muito menos jantar, Lucio. Agora sou eu que
digo. Me deixe em paz e esqueça que eu existo.- Você não tirou. - Ele disse antes que eu me virasse novamente.
-O quê?
- Sua barriga. Você não o tirou. - Disse apontando para minha barriga e instantaneamente levei minhas mãos
a ela como se pudesse protegê-la dele. - Então suponho qe temos sim o que conversar. E muito, afinal, eu sou o pai.
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Se Eu Não Tivesse Você (Valu)
Roman d'amourAs vezes nos percalços da vida tudo que precisamos é de alguém para nos apoiar. luiza se vê grávida aos 18 anos e abandonada pelo pai da criança contando como apoio de sua familia ela tenta aprender a cuidar de si mesma e de uma nova vida que esta p...