Saturday

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Luiza P.V



A brisa alisava minha pele como seda. O som das ondas do mar soavam ao longe. Abri meus olhos devagar acostumando com a claridade que adentrava sobre as cortinas esvoaçantes na janela do nosso quarto.

Nosso.

Era tão bom confortável falar tudo como um conjunto com minha namorada. Ela está ligada a tudo em
minha vida e espero que sempre esteja.

E nesse momento ela estava em minha frente.

Deitada de bruços com os braços em baixo do seu travesseiro. Seus cabelos sobre suas costas nuas disputando com as marcas deixadas por mim noite
passada em sua pele alva.

Um sorriso se fez ao lembrar de cada momento que tivemos quando chegamos aqui. Esse agora é um dos lugares mais especiais para mim.

Passei meus dedos por sua pele nua de suas costas sentindo seu calor na ponta dos meus dedos. Afastei algumas mechas do seu cabelo admirando a beleza do seu rosto sereno.

- Você é perfeita, anmor. - Sussurrei roçando levemente meus lábios noS seus.

Me levantei com cuidado para não acordá-la e segui para o banheiro.

Resolvi fazer seu café da manhã. Valentina está sempre cuidando de mime me mimando. Eu queria fazer algo por ela também.

- Por quê não me acordou bebê. - Disse ela me abraçando por trás, deixando beijos em meu pescoço.

- Bom dia, amor.

-Bom dia,Tina. - Me virei selando rapidamente nossos lábios. - Eu só queria preparar seu café da manhä. Te
mimar um pouquinho.

-Hummm...assim eu me acostumo, - Ela disse se abaixando e levantando minha blusa para então deixar beijos molhados em minha barriga. - Bom dia,
princesa. Como você esta? Hum? -Acariciou e olhou para mim sorrindo lindamente.

- Nós temos tanta sorte de ter você. - Disse levando minha mão ao seu rosto a vendo fechar os lindos olhos azuis apreciando meus carinhos.

- Vem comer. - Disse a puxando para a mesa recheada.






***








- Eu quero dar uma a volta na praia com você. - Disse quando ela se aproximou se sentando ao meu lado no
sofá e me puxando para seus braços. e repente Valentina se levantou me olhando assustada. -0 que foi?

- Er...é que....eu prefiro ficar aqui com você, na piscina se você não ficar chateada. - A olho confusa enquanto
ela olha para duas mãos.

- Porquê, Tina?

- Eu não gosto de ir a praia. Mas se você quiser pode ir.

Eu fico te observando daqui.

- Eu queria ir com você, amor. Andar de mãos dadas, molhando nossos pés no oceano. Eu, você e nosso bebê.

- Eu também queria, amor. Mas tem algumas pessoas lá e eu não me sinto confortável.

- Por causa da sua condição? - Ela assente. - Valentina, olha para mim. - Seguro seu queixoa obrigando a me
olhar. - Eu já disse que você não tem do que se envergonhar, amor. Eu te amoe tenho muito orgulho de ter você comigo. Mas se você se sentir melhor não precisamos vestir trajes de banho. - Me a próximo de seu ouvido para sussurrar. - Apesar de achar você
incrivelmente sexy neles. - Ela se arrepia e eu volto a olhar em seus olhos bem próxima ao seu rosto e levo meus braços ao redor do seu pescoço.

Ela suspira hesitante e vejo tanto medo em seus olhos que me questionou a razão desse medo de ir a praia.

- Eu tinha 15 anos, meus pais tinham ido a praia com a Clarke. Eu queria muito ir mas, Alfonso disse que não
queria passar vergonha na praia e mandou eu ficar em casa. Mas eu nunca tinha ido antes e eles sempre iam. Então depois de um tempo que eles foram eu sai e fui os seguindo. Quando eles chegaram a paria eu fui para o outro lado, não queria que eles me vissem ali então me afastei o máximo deles.

Valentina se senta no sofá outra vez e me puxa para seu colo. Seus olhos estão marejados e isso parte meu coração.

- Amor, não precisa contar nada, ok? Eu entendo se você não quer ir. Podemos ficar na piscina mesmo e aproveitar cada segundo juntinhas aqui mesmo. - Se lei meus lábios aos seus em um beijo calmo. Suas mãos apertam minha cintura assim que nossas línguas se encontram em um frenesi de sentimentos percorrendo entre nós duas. Ela interrompe o beijo e esconde o rosto em meu pescoço. Levo minhas mãos aos seus cabelos em um carinho gostoso. E ela continua.

- Eu estava tão feliz de ver o mar, sabe? Sorri como nunca antes ao sentir a brisa. Eu morei em Miami minha vida toda, mas nunca tinha ido a praia. Além
deles me proibirem diziam que as pessoas iriam rir de mim. Eu sabia que era verdade. Mas eu queria tanto.

Fui seguindo para omar maravilhada sentindo a areia quente quente em meus pés, vendo as pesSoas curtindo, brincando, ou só se bronzeando. Quando cheguei na água eu não conseguia explicar a sensação que estava sentindo. Então entrei de roupa
mesmo, até porque eu não teria coragem de estar sem elas ali. Eu olhava tudo em volta, as pessoas na
água e era como se eu fosse...normal. Mas minha felicidade só durou até o momento em que eu sai da água. Meu short molhado grudou em meu corpo e eu estava täo feliz que não me lembrei de olhar. As pessoas começaram a me olhar estranho e apontar para mim falando alguma coisa entre elas. E Lucas era uma dessas pessoas. Ele veio em minha direção e questionou sobre o volume em minha roupa. Eu então olhei para baixo e vi que era mais do que visível que eu não era uma menina comum. Ele começou a rir de mim e outras pessoas o acompanharam, me
chamando de aberração e outras coisas. Comecei a chorar e sai correndo dali o mais rápido que consegui, mas Lucas me alcançou e me deu a primeira de muitas surras daquele dia. Foi assim que ele ficou sabendo, e assim que a escola toda ficou sabendo e as agressões
e xingamentos começaram. Meus pais ficaram sabendo quando cheguei molhada e ferida em casa e Alfonso me deu outra surra por ter saído e disse que não iria mais me mudar de escola para eu aprender a não desobedecer.

Eu ouvi aquela historia chocada.

- Meu Deus, como as pessoas podem ser cruéis. Eu sinto muito, amor. - A abracei forte tão forte querendo tirar essas lembranças horríveis dela. - Você não
merecia passar por isso, Tina. Ninguém merece sofrer bullying ou preconceito de forma alguma. Você não vai mais passar por isso, amor.

- Infelizmente vocể não pode ter certeza disso, Luh.

Em algum momento vou sim passar por algo assim, e eu só tenho medo de fazer você e nossa filha passarem também. Isso eu não quero. Nunca.

- Se isso acontecer nos duas estaremos com você. Te dando todo apoio e amor que sentimos por você.

Você não estará mais sozinha, Valentina. Nunca mais.

- Eu te amo, Luh.

- Também te amo, meu amor. - Beijei seu pescoço seguindo por sua mandíbula. - O que acha de assistimos um filminho abraçadinhas lá em cima? - Distribui beijos por todo seu pescoço e rosto ate chegar em seus lábios.

- Você queria ir a praia, amor. Eu não quero que fique trancada aqui o fim de semana todo por minha culpa. Se quiser pos..

-Eu não me importo nem um pouco de passar o fim de semana ou a vida inteira trancada aqui com você, sabia? - Suguei seu lábio inferior arrancando um pequeno gemido dela já sentindo uma semi-ereção em minha coxa. - Não por vergonha ou medo...mas porque não me importa onde eu esteja desde que você esteja comigo, amor.... Valentina!!

Valentina se levantou comigo no seu colo sorrindo e subiu as escadas assim atéo nosso quarto...me deixando na cama.

A puxei pela blusa ea fiz deitar. Sentei em seu quadril passando passando as mãos por sua barriga até chegar aos seus seios os apertando. Me incluindo e
em seus lábios.

- Não existe melhor lugar no mundo do que os braços do amor da sua vida. E eu estou exatamente onde mais desejo estar, com você.

Selei nossos lábios de forma faminta. Aquela tarde de sábado seria a primeira de muitas nos braços da
minha futura esposa.

Se Eu Não Tivesse Você (Valu)Onde histórias criam vida. Descubra agora