Capítulo 1

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Eu não acredito que o meu próprio pai pode me usar como moeda de troca para fechar a merda de um negócio

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Eu não acredito que o meu próprio pai pode me usar como moeda de troca para fechar a merda de um negócio. Ele simplesmente me deu a sentença final da minha vida, eu só queria fugir da vida que levo desde criança. Eu sei muito bem que toda a fortuna do meu pai ele conseguiu com muito suor e muito trabalho, e não digo que foi cem por cento licito, pois não foi. Meu pai é um dos magnatas mais poderosos dos estados unidos e que vem construindo um império junto com os seus parceiros da indústria da máfia italiana. Mas oferecer a própria filha como moeda de troca para fechar um negócio que beneficia ele e somente a ele, já é o cumulo do ridículo.

Nunca quis saber sobre os negócios da família e muito menos me casar com alguém desse meio, por que sabemos que se você entra para a facção, você nunca sai vivo. E também nunca me vi casada e servindo as ordens do chefão, que eu nem faço ideia de quem seja e nem quero saber. Mas se meu pai acha que ele vai se safar dessa, ele está enganado. Farei um inferno na vida desse cara e meu pai que me aguarde.

- Elle, está acordada? – Ouço Emma me chamar do lado de fora do meu quarto em um sussurro.

- Entre. – Digo ainda deitada na cama.

- Irmãzinha, preciso da sua ajuda. – Diz se jogando na cama e percebo que ela está arrumada as onze horas da noite de uma sexta-feira. E concluo que ela precisa da minha ajuda para sair escondida do nosso pai e dos seguranças que ele colocou na cola da Emma, por ser a caçula.

- E o que eu ganho em troca? – Pergunto revirando os olhos.

- Todos o meu amor e meu coração, irmãzinha. – Diz ficando de joelhos e fazendo as preces e um biquinho que não dá para dizer não a ela.

- Está bem, me convenceu. Vai logo e tranque a porta do seu quarto. Se me perguntarem eu digo que está estudando para alguma prova. – Falo e dou um beijo em sua testa.

- Você é demais. Te amo, irmãzinha. – Diz saindo do meu quarto quase correndo.

- Me too, baby. – Digo no nosso idioma.

Estou com tanta raiva do meu pai por esse bendito casamento por contrato, que nem sequer quis jantar para não ter que olhar para cara dele e do meu irmão, que pelo jeito também estava sabendo dessa presepada que ele armou. Eu só queria estudar dança e ser livre, livre para sair por aí e me divertir com meus amigos. Beber sem ter que parar, para não sair nos jornais e manchar a reputação da minha família.

Por toda a minha vida eu tive que me policiar em diversas coisas, para que eu não metesse o nome da minha família no ralo. Nunca saia para festas para que eu não fosse vista com adolescentes sem noção que enchem a cara e fazem merdas, até que eu completei dezoito anos e fiz meu pai mudar de ideia e me deixar a participar de algumas festas universitárias com alguns seguranças a minha volta, só para terem certeza que eu não iria ingerir álcool ou transar com qualquer cara e eles tirarem uma foto ou gravassem um vídeo comprometedor. Era um saco ter esses seguranças ao meu redor, mas eu me divertia.

Vincenzo Ricci - A Destruição do Mafioso (Familia Ricci) - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora