Caminho até a porta para verificar quem nos interrompeu, e me deparo com Francesco. Esse idiota tinha que atrapalhar logo agora, dou um olhar fuzilante nele e ele apenas dá um sorriso sarcástico e sai. Volto a fechar a porta novamente e me viro para encarar a mulher que está se recompondo no sofá, acho que não tinha reparado o quão atraente ela é. Além da bela aparência, os seus olhos são verdes iguais os rubis, cabelos longos batendo na cintura no tom escuro, eu acho que é um castanho escuro. Ela é incrivelmente linda.
- Quem era? – Pergunta com o ritmo da respiração voltando ao normal.
- Meu irmão. Quando estiver melhor, saímos. – Digo acendendo um dos meus cigarros e abrindo uma fresta na janela.
- A quanto tempo você fuma? – Pergunta se levantando e ajeitando a saia.
- Muito tempo. – Digo com um olhar distante, viajando em pensamentos.
- Qual o motivo? – Pergunta se aproximando de mim.
- Do que? – Devolvo a pergunta.
- Para ter um vicio desses, tem que ter um motivo. – Diz retirando o cigarro da minha boca.
- Vamos, estão nos esperando. – Digo me virando para a porta e encontro os seus lindos olhos vidrados nos meus.
- Como quiser. – Diz e sai na minha frente rebolando essa bunda linda e empinada nessa saia curta de couro que só de olhar me deixar com tesão.Passamos pela sala de estar cheio de quadros de família, e uma parede cheio medalhas e fotos do Hector e seus filhos. Ela não me espera para irmos juntos para o jardim, mas isso eu já esperava.
- Aí está vocês, o almoço está esfriando. – Diz Hector.
- Estava conhecendo meu futuro esposo, papa. – Elleonor diz se sentando e sem se quer olhando para mim.
- Claro, você vai ter mais tempo em breve querida. – Diz dando uma risada que não me agradou nada.
- Em falar nisso, eu tenho uma viagem de negócios para Dubai amanhã. Seria bom que você fosse comigo, Elleonor. – Digo tomando um gole da taça de champanhe.
- Para que eu preciso ir? – Pergunta grosseira.
- Como estamos noivos, será ótimo para os meus próximos negócios eu apresenta-la aos meus novos clientes. – Digo olhando em seus olhos.
- Não vejo, motivo para querer me exibir para seus clientes. – Diz levantando um pouco o tom de voz.
- Elleonor, se acalme. – Hector a repreende.
- Não, não vou me acalmar. Eu só não quero se a mulher troféu de ninguém. E aliás, eu nem sei o por que eu aceitei. – A interrompo antes que vire uma discussão. – Quer tomar um ar, Elleonor? – Pergunto me levantando e pegando a sua mão e puxo para andarmos.
- Não, eu não quero conversar com mais ninguém. – Diz parando no caminho.
- Ótimo. Não precisamos conversar, mas vamos sair daqui e tomar um ar. – Digo olhando para a mesa e então ela entende e me segue.Caminhamos até o lago que tem no final do jardim, e ela fica andando de um lado ao outro soltando pequenos bufos de raiva e eu já fico impaciente de não escutar sua voz. Eu não deveria me importar tanto com o que passa na cabeça dela, ou o que ela deve estar sentindo. Mas ela me faz sentir coisas, que eu jamais senti antes.
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Vincenzo Ricci - A Destruição do Mafioso (Familia Ricci) - LIVRO 1
RandomVincenzo Ricci é o chefe da máfia italiana e está vivendo a vida que sempre quis. Seu foco é em seu trabalho e mais nada. Foge do amor como foge da cruz. Mas tudo vai mudar a partir do momento que ele tenta fechar um negócio importante e o Don dos E...