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(Vidal na capa)

Gabi: Gente, vocês vão ter que se virar pra arrumar carona, viu?

Isa: Ih, vai pra lá como, piranha?

Gabi: Arrumei carona com o Vidal.

Laíza: O Gui Vidal??? — perguntou e eu confirmei. — Gente, esse menino tá vivo?

Gabi: Vivíssimo. O pai dele morreu numa invasão e ele assumiu o morro novinho, logo depois a irmã morreu no parto e agora ele cuida do afilhado dele.

Laíza: Menina... Chocada! — falou colocando a mão na boca. — E vocês não ficaram mais?

Isa: Eles tem mais química do que a tabela periódica, mas não ficam nunca... — falou enquanto fazia um delineado.

Gabi: Não é pra tanto, Isabeli.. — falei e me joguei na cama, abrindo a gaveta e pegando um baseado dali. Acendi o mesmo enquanto fechava os olhos.

Laíza: Ai amiga, o que que tem? Uma sentadinha não faz mal pra ninguém. Me dá esse baseado aí. — estendi o beck pra ela.

Isa: Eu você não deixa, né?

Gabi: Crianças não fumam, sua idiota.

Laíza: Nada a ver isso, deixa a menina.

Isabeli deu língua pra mim e eu entreguei o cigarro pra ela, que nem tossiu.

Gabi: Piranha safada, tava fumando escondida, né?

Ela riu e eu revirei os olhos, pegando o beck da mão dela. Fiquei fumando e dividindo com elas até ouvir a buzina da moto do Vidal, reconhecia de longe.

Gabi: Beijo, vidas! Isabeli, chegando lá vai direto pra perto do Daniel, tá? É perigoso e você...

Isa: Tá bom Gabriela, tá bom, eu já sei! — falou impaciente e eu dei um tapinha na testa dela seguido de um beijinho.

Beijei a bochecha da Laíza e saí, encontrando com o Guilherme.

Vidal: Boa noite — desejou me olhando de cima a baixo. Dei uma voltinha e joguei o cabelo.

Gabi: Gostou?

Vidal: Dá pro gasto. — revirei os olhos e subi na moto.

Gabi: Vai devagar!

Minha mão estava nas suas pernas e ele subiu pra cintura, me fazendo abraçá-lo.

Ele acelerou a moto e quase me deixou voar. Foi tão rápido que em pouco tempo estávamos na entrada do baile. Saltei da moto e ele saltou logo em seguida, fazendo um sinal que eu não entendi pra um vapor.

Ele pegou na minha mão e me arrastou rapidamente pra um beco, me prensando contra a parede e passando a mão pelo meu ombro, logo parando a mesma pelo meu pescoço.

Gabi: Que isso? Tá maluco? — perguntei fingindo susto.

Vidal: Vai tomar no teu cu, não fode!

Ele atacou minha boca enquanto apertava a mão no meu pescoço.

Confesso que eu estava com muita saudade do beijo dele, mas tinha mudado muito... estava mais agressivo, mais intenso.

Libertinagem (Morro)Onde histórias criam vida. Descubra agora