Gabi: Eu não preciso da sua ajuda.
Vidal: Tô bem vendo que não.
Gabi: Essa vai ser a última vez que você me impede de me divertir, tá entendendo? — falou encostando no balcão.
Vidal: O teu cu, Gabriela! Estuprador não entra na minha favela e tu sabe muito bem disso.
Gabi: Eu queria também! Isso não é estupro.
Vidal: Tu tá bêbada, não tá batendo bem mas amanhã tu vai agradecer, bota fé.
Tirei a camisa e pendurei na cadeira. Peguei um pedaço de bolo na geladeira que a Gabriela tinha feito essa semana e um copo de água. Coloquei os bagulho na mesa e mandei ela sentar.
Vidal: Come isso.
Ela foi igual criança birrenta, mas comeu tudo e secou o copo. Do nada começou a chorar, entendi não.
Vidal: Qual foi, morena? — falei manso chegando perto.
Gabi: Desculpa, Gui... — ela respondeu baixinho e deitando a cabeça na mesa.
Vidal: Vem cá...
Ajudei ela a se levantar e levei ela no banheiro. Comecei a ajudar ela a tirar a roupa e coloquei tudo no cesto de roupa suja.
Minha mãe era espírita e falava que roupa de festa tinha que ser lavada por causa da energia pesada e essas parada toda, nem entendia mas cresci ouvindo isso, é automático agora, fico neurótico pra caralho, papo reto mermo.
Liguei o chuveiro na água gelada e enfiei ela lá dentro, passei o shampoo devagar no cabelo dela e só ouvi as fungada enquanto ela chorava.
Coloquei o cabelo dela pro lado e comecei a passar o sabonete nas costas dela, sem maldade mesmo. Sou sujeito homem, pô!
Entreguei o sabonete pra ela pra ela lavar o resto do corpo e saí do box, indo pro quarto e pegando umas peças de roupa pra ela. Peguei uma muda de roupa minha e levei de volta pro banheiro, quando eu voltei ela tava fora do chuveiro e sentada no chão pelada.
Peguei duas toalhas no armário embaixo da pia e entreguei pra ela. Ajudei ela a fazer as parada e levei ela pro quarto do João, dei um remédio pra ela e deixei um copo de água na mesa do lado da cama.
Cobri a mina com um cobertor fino por causa do calor que tava fazendo. Tava saindo do quarto e do nada ouvi a voz rouca dela.
Gabi: Gui, dorme aqui... — falou meio grogue e eu me aproximei, deitando do lado dela.
Eu não sou muito de grude não, mas ela logo se agarrou no meu braço. Fiquei olhando pro teto por um tempo mas logo caí no sono.
Gabriela 🍒
Acordei toda suada, sentindo muito calor. O quarto estava escuro, então deduzi que ainda estava de madrugada. Peguei meu celular pra ver o horário e na verdade era dez e meia da manhã.
Minha cabeça doía muito, mas junto com meu celular estava um comprimido, um copo e um pão.
Me esforcei pra acender a luz e tomei o remédio junto com o suco que estava lá, que era de maracujá. Comi o pão e me levantei, andando devagar até o corredor.
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Libertinagem (Morro)
Romansa"Ela é da favela e eu moro lá no morro Ela usa prata e eu uso ouro Que coincidência, né? Pois é..."