Capítulo 17

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Continuação
Boa leitura babys!
(❁´◡'❁)



-...... Oi Nita. -

- Você está pronta para irmos? -

- ....... - olhei para os papéis que estavam em minhas mãos.

- Deixa isso aí, depois você termina. - veio até mim. - Vai ser uma horinha só, sei que você dá conta de terminar isso quando voltar. - pegou a pilha de documentos de meus braços e logo os colocou sobre minha mesa.

- Eu realmente não vou poder ir, Nita. - segurei de volta os mesmos. - Hoje não tem só isso para eu terminar, depois daqui ainda tenho muitas pendências. - a expressão em seu rosto mudou-se bruscamente, antes era calma agora já está fechada e rígida.

- Mon, deixa de ser egoísta, uma hora é muito? Então meia hora, só meia hora. - tirou novamente as folhas de mim, repetindo o mesmo ato de antes. - Por favor. - segurou ambos meus ombros fazendo carinho com os dedos.

É estranho, mas o seu toque não é a mesma coisa, antes para mim eles eram tão doces e me traziam conforto, agora tudo que sinto é vontade de me afastar, não quero contato.... Infelizmente ela não vai desistir. - Meia hora e nem um minuto a máis. -

- Ok, só meia hora. Pega suas coisas. - soltou meus ombros.

Organizei de maneira breve minha mesa para em seguida pegar minha bolsa.

- Então, vamos. - pegou em minha mão direita entrelaçando nossos dedos para logo em seguida me guiar para fora de minha sala.

Durante o percurso ambas ficamos caladas, estava um clima pesado para mim, ela nem sente o mínimo de remorso pelo que faz comigo, age como de fosse totalmente apaixonada por mim. Não sei o que dizer ou como puxar algum assunto, estou com uma sensação de estranheza, não parece a mulher que eu namorei durante dois anos e meio, parece alguém que acabei de conhecer.

- Então....... Ontem você não voltou para casa, Mon. - seus olhos continuavam focados no trânsito.

- Yuki passou mal de novo. - olhei em direção a janela. - Ela insistiu para mim ir embora, mas preferi ficar ao lado dela. -

- Entendi, você prefere ela? - parou no semáforo que estava vermelho. - O que ela tem de tão especial assim? -

-........ - continuei focada nos carros através da janela.

De maneira repentina uma de suas mãos agarrou meu meu rosto que foi forçado a se virar. - Me responda, Mon. - sua voz saiu chorosa. - Você prefere sua amiga? -

- O semáforo abriu. - disse enquanto a fitei, ela soltou meu queixo e voltou a se concentrar no trânsito a sua frente. Ela parecia frustrada, mas tentava não demonstrar.

- Mon, você está estranha por quê? -  passou sua mão esquerda sobre os cabelos enquanto ainda se manteve focada nas ruas. - Eu fiz algo que te irritou? -

- Não. - peguei meu celular dentro de minha blusa.

- Pode me contar, você sabe que se não estiver bem é só me falar. -

Meu telefone vibrou e eu torci para ser e também não ser Sam, queria que fosse pois estou com saudade, mas ao mesmo tempo eu queria que fosse outra pessoa, até porque estou com Nita ao meu lado, não quero ter que lidar com uma de suas crises de ciúmes.

Mensagem ON

Nop

- Mon, acho que estamos perto de saber qual é o problema da página, assim que eu  mando mensagem informando se conseguimos ou não. - (12:11)

- Estarei no aguardo. (12:12)

- Não irei demorar muito, só sai para almoçar, daqui a uns minutos estarei de volta na empresa, espero que possamos resolver esse problema hoje ainda. (12:13)

- Também espero, bom almoço, Mon. (12:13)

- Obrigada. (12:14)

Mensagem OFF 

- Mon, você está me ouvindo? -

Sai do meu leve devaneio. - Hã....... Desculpe, o que você disse? -

- Disse que nós chegamos. - inclinou se em minha direção, suas mãos passaram em volta do meu tronco. - Pronto. - ela tirou meu sinto de segurança.

- Obrigada. - o que deu nela? Por que ela está sendo tão gentil derrepente?

Nos entramos no restaurante que costumávamos ir Há tempos atrás, faz bastante tempo que não venho aqui. Adentramos no lugar, fui em direção a uma mesa no canto e logo me sentei, Nita se sentou na cadeira a minha frente.

- Faz tempo que não almoçamos aqui, né. -  ela me fitou.

- Faz sim. -  peguei o cardápio, olhei as opções já tão conhecidas por mim, mesmo eu não vindo aqui a tempos ainda sei de todas as comidas deste lugar, aqui me trouxe boas lembranças, lembranças essas que quero esquecer.

- Já escolhi o que quero e você, Mon? -

- Também. -

- Ótimo! Qual você vai querer? -

- O número 34.- coloquei o cardápio novamente sobre a mesa.

- Ok. - sinalizou para o garçom que logo veio nos atender.

- Pois não senhoritas? -

- Eu quero o prato de número 21 e ela vai querer o de número 34. - o
homem assentiu e então anotou os pedidos e saiu.

- Como estão as coisas na Pink Theory? -

- Bem, tudo anda bem. -

- E os projetos? - colocou suas mãos sobre as minhas que repousavam sobre a mesa.

- Em andamento. - afastei-me de maneira suave.

- O que te deu, Mon? Por que você está tão fria comigo hoje? Eu fiz alguma coisa com você? Se fiz me diga logo para que eu concerte meu erro, não suporto você distante assim. -

Sinica...... Para de fingir que se importa comigo ou como eu me comporto com você, você não da a mínima, pare de fingir..... Você está me irritando.  - Você não fez nada. -

- Como não, se eu realmente não fiz então por que você está assim comigo? -

- Não estou diferente, estou normal. Eu só estou distante, tenho muito trabalho para fazer hoje, tenta entender. -

- Eu já te disse que você é perfeitamente capaz de terminar aquilo hoje, não se preocupe. -

- Para você é fácil falar, sua empresa vai bem, é raro ela passar por algum problema. -








Não estão longo mas é isso.









Betrayal  (MonSam) Onde histórias criam vida. Descubra agora