capítulo 08.

1.3K 137 11
                                    

Gabriela Nogueira 


Alguns meses depois

Aproveitei que meus quiseram matar as saudades das crianças depois da recente viagem deles para aproveitar um pouco, eu e a Tati viemos para um pagode curtir a noite, tem tanto tempo que eu não curto assim que eu estou até deslumbrada.

Quando eu ainda era adolecente amava curtir um pagode fundo de quintal tomando uma cerveja bem geladinha, mas depois veio do Rodrigo, do Rodrigo veio o casamento e do casamento veio as crianças e eu sempre me abdicando da minha vida e do que eu gosto de fazer. Se eu me arrependo? Não porque eu amo meus filhos e faria tudo de novo para ter eles, mas não faz mal sentir falta da vida antiga.

___ quando tempo não me divirto assim _ tati diz e dá um gole na cerveja.

___ ai nem fala, só vivo pro consultório e para as crianças _ digo olhando a bebida dourada no copo.

___ e o emocionado nunca mais te procurou? _ me olhou curiosa.

___ tem tanta coisa acontecendo na minha vida, que eu esqueci do até do Bruno_ disse rindo enchendo mais meu copo.

ela riu jogando a cabeça para trás, ela já estava começando a ficar bêbada, nós já tínhamos tomado 4 baldes de cerveja, já era 2 horas da manhã.

___ amiga, você iria se incomodar se fosse embora sozinha?  tem um preto lindo me paquerando, preciso sair da seca _ olhei para onde ela piscou.

E deus é mais, o homem era lindo, alto, cabelos raspados, ombros largos, o rosto era bem marcado, tinha as sobrancelhas bem feitas, seu nariz eram largo estilo africanos, seus lábios eram grossos.

___ magina, fica à vontade. Vou até pra casa feliz _ disse deixando uma parte de dinheiro ___ depois quero saber de tudo, tudo mesmo.

Ri pegando minha bolsinha, caminhei um pouco devagar até o ponto do táxi, minha cabeça estava rodando um pouco mas estava sã.

[•••]

Abri os olhos devagar,  escutei o celular tocar, olhei para os lados procurando o raio do celular, minha cabeça estava estourando. Só lembro de ter chego em casa tirando a roupa toda e ter me deitado no sofá e dali apaguei. 

___ alô _ deitei novamente no sofá com o celular no alto falante.

___ poderia falar com a Gabriela Nogueira _ uma voz forte do outro da linha falou.

Abri os olhos ficando mais atenta, peguei o celular e vi que era número desconhecido, senti um frio na espinha.

___ sou eu mesma, com quem eu estou falando? _ me sentei no sofá.

___ aqui é do hospital particular, seu marido Rodrigo Carter sofreu um acidente gravíssimo de carro _ levantei assustada.

___ e qual é o estado dele? _ comecei a subir as escadas pra ir pro quarto.

___ não podemos te informar pelo celular, a senhora vai ter que vir até o hospital _ agradeci e desliguei a chamada.

Meu Deus! Espero de coração que ele fique bem, tô sentindo um aperto no coração, eu sei que eu o Rodrigo a tempos não nos damos bem, mas eu nunca iria querer o mal dele.

Meu coração está tão acelerado que parecia que eu iria enfartar a qualquer momento. Tomei um banho rápido, coloquei qualquer roupa que vi pela a frente, nem me importei que fui pro hospital de chinelo.

___ eu quero informações sobre o Rodrigo Carter _ perguntei pra recepcionista do hospital.

___ a senhora é o que dele? _ ela perguntou me olhando.

Eu sabia que só davam notícias para quem era da família.

___ esposa _ falei sem olha-la.

___ Ele está na UTI, no terceiro andar. Mais informações só com o médico responsável por ele _ agradei e caminhei pro elevador.

Assim que a porta abriu, vi sua mãe sentada chorando com o terço na mão. Caminhei até ela, passei a mão na sua costa chamando sua atenção.

___ Gabriela, meu filho _ ela se jogou no meus braços chorando.

Passei a mão na sua costa tentando ampará-la, mas eu sei que não iria adiantar, porque se fosse com um dos meus filhos nada iria adiantar.

___ alguém já veio aqui te passar alguma informação? _ perguntei para ela.

___ ele está na UTI, o estado é muito grave, ele fraturou as duas pernas e o braço direito, ele teve uma lesão na coluna _ olhei preocupada.

___ o Rodrigo sempre teve responsabilidade com o carro, não tô entendendo como ele bateu com esse carro _ olhei para ela em busca de resposta.

___ é culpa minha Gabriela, se meu filho morrer a culpa será toda minha … ele saiu da minha casa transtornado, a gente brigou, ele também já tinha bebido um pouco _ ela retornou a chorar.

___ shii.. calma Elvira, nada disso é culpa sua. Isso é culpa dele por ter dirigido bêbado _ disse sentando com ela ___ mas qual foi o motivo da discussão?

___ as crianças _ olhei para ela confusa ___ ele disse que tinha se arrependido de ter assinado o contrato para a retirada do nome dele da certidão de nascimento deles, e que isso era errado por que eles eram filhos dele. Mas eu falei que isso era culpa dele, que se ele fosse mais presente você não iria tomar essa atitude. Mas ele já tinha bebido, tinha discutido com a Isabella e tudo piorou com eu disse isso _ ela mexia no terço nervosa.

Olhei para ela com pena, por mais que ele seja um escroto e ridículo ele é filho dela, se fosse um dos meus filhos eu também não sei o que eu iria fazer.

___ vai ficar tudo bem, você quer orar? _ olhei para ela que confirmou com a cabeça.

Peguei sua mão com o terço, fechamos nossos olhos.

___ meu Deus, eu te suplico ajude meu filho a ficar bem. Por favor meu Deus não tira meu filho de mim, ele é tudo o que eu tenho de mais precioso na minha, você né deu ele quando eu mais precisava então por favor não tire ele de mim, eu ainda preciso do meu filho do meu lado. Dê mais uma chance para ele, eu sei que ele fez muitas besteiras, mas por favor meu Deus _ ao fim do seu apelo rezamos uma ave Maria, um pai nosso e por fim o credo.


Nem demorei muito dessa vez, rsrsrs.... Comentem o que estão achando.

Teorias:

Será que ele vai ficar tetraplégico? Ou
Vai perder a memória?














Meu Ex Marido.Onde histórias criam vida. Descubra agora