Capítulo 6: Infiltrados no Manicômio

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Capítulo 6: Infiltrados no Manicômio

Jack e Adriam chegaram ao Echo House em um carro alugado. Pararam numa rua próxima e observaram o imponente edifício cinza e sombrio.

Jack vestia um terno preto, com uma gravata vermelha impecável, segurando uma pasta com documentos falsos. Um ponto eletrônico estava discretamente alojado em seu ouvido, permitindo a comunicação com Adriam.

Dentro do carro, Adriam monitorava a situação pelo celular, visualizando imagens transmitidas por uma câmera escondida no botão da camisa de Jack. Ele também tinha em mãos um mapa do manicômio, adquirido através de seu informante antes de perder contato.

― Pronto? ― perguntou Adriam através do ponto.

― Estou pronto, ― respondeu Jack.

― Então, vamos lá. Boa sorte.

Jack se encaminhou para a entrada do Echo House. A recepcionista, uma mulher loira usando óculos, o cumprimentou com um sorriso falso.

― Boa tarde, senhor. Como posso ajudá-lo? ― perguntou ela.

― Boa tarde. Meu nome é Lucas Mendes, e eu sou assistente social. Estou aqui para visitar os pacientes deste estabelecimento, ― mentiu Jack.

― Ahh, entendo. O senhor tem um agendamento? ― indagou a recepcionista.

― Claro, tenho, ― disse Jack, abrindo a pasta e mostrando um documento com o logotipo do governo. ― Aqui está a minha autorização.

A recepcionista examinou o papel com atenção, sem suspeitar de sua autenticidade.

― Está tudo em ordem, senhor Mendes. Pode entrar, ― disse ela, devolvendo o papel.

― Obrigado, ― agradeceu Jack, guardando o papel na pasta e prosseguindo em direção ao corredor principal do manicômio.

O corredor estava ladeado por portas trancadas com grades e cadeados, onde os pacientes eram mantidos isolados. De dentro das celas, ouvia-se gritos, gemidos e risadas, criando um arrepio na espinha de Jack.

― Você está bem? ― perguntou Adriam através do ponto.

― Estou bem, ― respondeu Jack.

― Ótimo. Preste atenção. Na última vez que estive aqui, um enfermeiro mencionou um novo paciente no quarto 13. Acredito que seja o meu informante. O quarto 13 fica no segundo andar. Suba as escadas e siga à direita.

― Certo, ― concordou Jack.

Ele seguiu as instruções de Adriam, subindo as escadas e chegando ao segundo andar. Ao virar à direita, deparou-se com mais portas trancadas, além de algumas abertas com pacientes vagando pelos corredores. Alguns pareciam confusos, outros agressivos e outros apáticos.

Jack tentou passar despercebido pelos pacientes, mas um deles se aproximou com olhos maliciosos.

― Quem é você? ― o paciente perguntou.

― Sou um assistente social, ― disse Jack.

― Assistente social? Que mentira! Você é um espião, um espião enviado por eles! ― o paciente gritou.

― Por eles? Quem são eles? ― questionou Jack.

― Eles são os donos deste lugar! Eles são os responsáveis por tudo! Eles fazem experiências terríveis conosco, nos torturam, nos matam! ― o paciente gritou.

― Calma, não precisa gritar. Não sou um espião. Estou aqui para ajudar vocês, ― Jack tentou acalmá-lo.

― Não minta para mim! Sei que você é um espião. Você tem um ponto no ouvido, está se comunicando com eles! ― o paciente apontou para o ponto no ouvido de Jack.

A GAROTA DA CASA AO LADOOnde histórias criam vida. Descubra agora