Como duas paixões escolares.
Esse sentimento queimando dentro de você como uma chama feroz, sem encontrar um lugar para ser mantido, mantido em uma pequena armadilha.
Mil vozes gritando como um delicado eco abrasador nas cavernas da sua alma.
Seus sentimentos girando pela sala, raios de luz escapando do seu coração, como uma mão incapaz de segurar areia na palma.
A penumbra das luzes abraçando seu rosto, seus olhos voltados para o teto, seu corpo girando.
A letra ressoando dentro de você, sentindo o aperto dele em suas costas, escondendo o quanto você o amava à luz do dia.
Já se passaram meses desde que vocês começaram a namorar, mas cada toque parecia a primeira vez.
Ele era definitivamente o mais tímido, ficava nervoso perto de você parecia que o tempo não havia mudado o friozinho na barriga dele quando você olhava para ele.
E na pequena festa desta noite essa afirmação permaneceu válida.
Ele olhou para você, seus olhos abraçando perfeitamente suas feições, a luz tão fraca que ele só conseguia ver seus olhos na escuridão.
Provavelmente era algo caído na escuridão, algo que magicamente mantinha um olho em vocês dois.
A lua, claro, pense nela como sua madrinha.
« Faltam-me as palavras. »
Ele disse, tentando colocar em palavras as coisas que sentia agora, quão bobo foi ele estar tão nervoso, mas como você ousa estar tão linda esta noite?
Durante aquela noite fria de outono, ele ainda se sentia tão nervoso quanto no primeiro dia.
Naquele dia em que ele finalmente decidiu deixar seus medos de lado e pediu para você sair com ele, dias em que o único pensamento dele fazia todo o seu corpo tremer, o mundo inteiro parecia um lugar melhor.
"Perdoe-me."
O que havia para perdoar exatamente?
Ele sabia que sua única existência fazia seu estômago cair no chão?
Às vezes você pensava que estava exagerando. mas tudo bem, era Natanael, como você não poderia.
As luzes, todas elas, dançavam ao redor dele.
« Atores pagos » você pensou.
Como era possível que ele fosse tão perfeito?
