No mesmo dia que Yamura foi levado por Sanzu em Shibuya, a pessoa que estava falando com ele, desligou a ligação assim que Yamura parou de responder.
— Ce qui s'est passé? Vous avez le sourire aux lèvres. . (O que aconteceu? Você está com um sorriso nos lábios.)
— Evan, je t'ai parlé de Yamura, n'est-ce pas ? Quelque chose lui est arrivé. Et je suis presque sûr de ce qui s'est passé
(Evan, eu te contei sobre Yamura, não foi? Algo aconteceu com ele. E tenho certeza do que houve.)Contou a Evan, guardando seu celular no bolso da calça.
— Je vais rendre visite à mon frère, tu veux y aller ? (Vou visitar meu irmão, você quer ir?)
O moreno contou, deixando Evan intrigado.
— Tu ne m'as jamais dit que tu avais un frère. (Você nunca me disse que tinha um irmão.)
— Et tu ne m'as jamais demandé ça. (E você nunca me perguntou isso.)
Respondeu com um tom zombeteiro antes de levantar-se. Antes que pudesse dar mais um passo, foi puxado pela mão por Evan.
— Vous êtes très arrogant envers moi. Je n'aurais pas dû être trop indulgent avec toi hier soir... (Você é muito arrogante comigo. Eu não deveria ter sido tão tolerante com você ontem à noite...)
— Je ne t'ai jamais demandé d'être gentil avec moi, Evan. Vous le vouliez ainsi. Maintenant, c'est parti, et souviens-toi, c'était la dernière fois que tu m'avais. (Eu nunca pedi para você ser gentil comigo, Evan. Você queria assim. Agora já foi, e lembre-se, aquela foi a última vez que você me teve.)
Respondeu, soltando-se de Evan e saindo da sala sem dizer mais nada a ele. O mesmo o olhou de longe e deu um sorriso de canto, sabendo dessa maneira que ele agia.
— Hier, ce n'était pas la première fois et ce ne sera pas la dernière... (Ontem não foi a primeira vez e não será a última...)
Passou a ponta do polegar suavemente nos seus lábios, como se relembrasse do que aconteceu no dia anterior.
Na Bonten
De volta a Bonten, mas especificamente no escritório de Manjiro Sano. O mesmo olhava para a cidade, através de um vidro espelhado enquanto fumava tranquilamente. Não demorou para que escutasse a voz de Sanzu na sala, virou-se e deu de cara com Yamura, que ainda estava desacordado.
— Você o matou Sanzu?
Cerrou levemente os olhos, encarando Sanzu ameaçadoramente.
— Não, meu rei.
Respondeu tentando manter a compostura diante de Manjiro, o mesmo desviou os olhos brevemente depois de responde-lo.
— Esse é Yamura Miyazaki? Parece ser mais novo que os demais.
Deu meia volta pela sua mesa até ficar ao lado de Yamura, o analisando mais de perto.
— O símbolo da tatuagem é o mesmo que Yin-yang...
Disse para si mesmo, abaixando um pouco seu tom de voz e afastando alguns fios de cabelo de Yamura para ver com mais clareza a tatuagem em seu pescoço. Quando fez esse movimento, Yamura recobrou a consciência, mas mesmo percebendo o ambiente diferente, não entrou em desespero na hora e simplesmente manteve a calma, deixando Manjiro e Sanzu intrigados com sua reação.
— Acordou mais rápido que o esperado.
Manjiro disse com um leve sorriso no rosto, voltando a sua mesa.
— Se quisessem me matar, seu subordinado já teria feito isso.
Yamura olhou de relance para Sanzu, voltando seu olhar novamente para Manjiro.
— Sanzu, já pode ir.
Manjiro mandou, gesticulando com a mão. Sanzu o obedecendo sem dizer nada e fechou a porta da sala novamente, deixando Manjiro e Yamura sozinhos.
— Eu escutei quando falou da minha tatuagem. O que isso te interessa?
— Me interessa de certa forma, mas isso você não precisa saber. O símbolo da sua tatuagem apareceu sutilmente na cena do crime que você cometeu.
Revelou, olhando brevemente para as folhas de informações deixadas ao lado da sua mesa.
— Afinal, alguém percebeu esse detalhe.
Yamura estreitou um pouco os olhos e um sorriso cruzou seus lábios. Sem muito esforço, soltou-se das amarras que Sanzu havia feito, deixando Manjiro ainda mais intrigado sobre ele.
— A intenção era alguém descobrir sobre isso? Mas, o que esse símbolo significa? E por que você e mais duas pessoas o têm tatuado no pescoço?
— As duas pessoas que se refere são Kenji e Hirashi, né?
Contou com um sorriso ainda maior. A cada palavra que se dirigia com Manjiro o deixava cada vez mais curioso sobre ele.
— Isso mesmo. O que o símbolo significa?
— É o símbolo Yin-Yang.
Falou rapidamente.
— Sim, eu sei. Mas eu duvido muito que esse símbolo só signifique isso para você.
Apoiou as mãos contra mesa, inclinando um pouco para frente e encarando Yamura. O mesmo conteu a risada, antes de responder.
— Você realmente é mais interessante do que falam.
Yamura disse, passando a ponta do dedo abaixo do olho levemente enquanto falava.
— O que acha que esse simbolo significa?
Abaixou ligeiramente a cabeça e olhou para Manjiro com um sorriso de canto.
— É o símbolo da gangue que você faz parte. Da mesma gangue que Hirashi Tanaka e Kenji fazem parte. É uma nova gangue de Tokyo.
Manjiro contou satisfeito, sentando-se na cadeira novamente.
— Parabéns pela descoberta Manjiro Sano. Você acertou.
Yamura se ajeitou na cadeira novamente, cruzando os braços sob o peito.
— Suponho que, agora que sabe disso, quer saber quem é o líder da gangue...
— De fato. Mas sei que nunca irá me falar.
— Que bom que sabe disso. Então já posso ir.
Concluiu, levantando-se para deixar a sala.
— Eu não disse que você poderia sair.
— E como se você pudesse me prender na Bonten para obter as informações que quer.
Yamura disse com um tom zombeteiro, mantendo-se confiante e sem demonstrar medo.
— Deixa eu te falar.
Fez uma pausa, aproximando-se da mesa de Manjiro novamente. Apoiando as mãos na mesa antes de continuar.
— Meu líder já sabe que estou aqui, então, em menos de um dia eu vou sair daqui. Goste ou não. Então podemos dizer que, a partir desse momento, você começou uma rivalidade entre nossas gangues.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Impostor 2
FanfictionTodos pensavam que Takemichi poderia estar morto, mas os outros acreditavam que ele estava vivo. Mas a verdade é que ninguém sabe o que aconteceu...