Impostor 2

Tokyo, Japão

Depois de tudo, a Toman continuou a mesma, mas Mikey ainda buscava por repostas e tentava de tudo para conseguir encontrar Takemichi, algo lhe dizia que ele estava vivo em algum lugar, só precisava saber onde. Essa obsessão de Mikey já estava deixando Draken cada vez mais irritado, já estava farto de ver Mikey ainda tão convicto de que Takemichi estaria vivo. Mesmo sabendo daquela história maluca de que Takemichi desapareceu quando Mikey atirou nele, ainda não entrava na sua cabeça e cismou firmemente que, Hanagaki Takemichi morreu naquele dia.

Doze longos anos se passaram.

O ano era 2017, a Tokyo Manji já não existia mais. Agora era a Bonten, a nova gangue de Manjiro Sano. Seu jeito e personalidade não eram mais os mesmos, os seus cabelos eram médios e loiros, mas agora tem os cabelos curtos e brancos, lembrando vagamente seu irmão adotivo, Izana Kurowaka. A Bonten era famosa por estar no mundo do crime, envolvidos com tudo que é tipo de coisa ruim, mas principalmente com prostituição, assassinatos, fraudes e apostas. Manjiro ainda assim, tinha o pensamento de encontrar Takemichi, apesar de começar a ficar desconfiado de que o mesmo realmente estaria morto, ele continuou com as buscas por ele. Sanzu, sempre o apoiava, mesmo que no fundo ele achava isso uma besteira.
Ninguém ousava contrariar o líder, Manjiro Sano. Todos o temiam, e com pura razão, Manjiro se tornou mais cruel e não hesitava de forma alguma em tirar a vida de alguém. Se tornou o mais temido de Tokyo, o que era o oposto do que ele inicialmente queria.

Os dias passavam tediosamente para Manjiro. Eram sempre as mesmas coisas além das suas buscas por Takemichi. Quase todos os dias em sua gangue, ele executava membros considerados traidores, era tantos, mas tão insignificantes para ele. Sanzu tinha o maior prazer de torturar aquelas pessoas até que confessassem a verdade, ele se tornou ainda mais cruel ao longo de cada ano e seguia fielmente Manjiro, mesmo depois do que houve na infância com ele. Os gritos de agonia e pedidos de misericórdia incomodavam Manjiro, enquanto apenas assistia a morte de cada um, o sangue escorrendo pelo chão e vários corpo sem vida. Virou algo comum para ele, mas não era para ser assim.

Durante o dia, manhã e tarde, Manjiro lidava com os problemas diários da Bonten, fazia reuniões com os membros excutivos e planejava o que fariam em cada dia, literalmente criando uma rotina "bagunça", mas normal para todos. Irmãos Haitanis lidavam e gerenciavam cassinos de apostas. Sanzu ficava encarregado da parte de prostituição, além da tortura dos membros traidores da Bonten. Kokonoi era o que menos fazia o "trabalho sujo", suas roupas raramente eram sujas de sangue, tinha alta influência e contratos que livravam Manjiro e os outros membros da investigações da polícia ou de outras gangues, o mais útil, eu diria. Kakucho era o mais "certinho", nunca se metia em encrencas, apenas quando necessário e quando recebia ordens do seu superior.
Os mais improváveis de ficarem perto de Manjiro, no fim, ficaram ao seu lado e o seguiam tão fielmente. Tanto anos se passaram, as coisas mudaram, mas não sei se as coisas mudaram pra melhor nesse futuro.

Tokyo continuou sob a influência das grandes gangues e ainda assim, nem mesmo a polícia tinha capacidade de lidar com isso. Estava totalmente fora do alcance deles, era inútil o que faziam contra as gangues, principalmente com a Bonten. As informações sobre as gangues mais influentes de Tokyo eram muito vagas, não sabiam muito sobre os culpados, os membros, e nem mesmo onde a base deles ficavam, era tudo um completo mistério sem solução.
Todas as notícias que passavam na televisão eram sobre crimes, era o que mais havia por lá, crimes que não tinham uma solução ou eram impossíveis de pegarem o culpado. Tokyo se tornou um lugar perigoso para a população, as guerras entre as gangues pioravam a situação, feriam inocentes e destruiam as coisas e nem mesmo eram responsáveis por todo caos causado.

Durante a parte da noite, Manjiro passava seu tempo tentando ligar pontos que pudessem levar a pelo menos alguma coisa sobre Takemichi, por menor que pudesse ser. Guardava cada coisa sobre ele em pastas e deixava-as em lugares considerados seguros por ele. Não havia muitas informações úteis, nada muito relevante, a cada coisa que dava errado nessa busca por Takemichi, deixava Manjiro furioso demais, quase ao ponto de perder seu controle e "jogar tudo pra cima". Essa irritação de nada adiantava, o que era óbvio. Mas nada dura para sempre, e um dia, enquanto analisava um pouco mais sobre o que conseguiu ver em notícias, percebeu algo que podia ser útil para ele.