Ameaças Veladas

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A Torre


"Papai não chegou ainda." – Disse Jacaerys.

"Ele foi alimentar Vhagar, ele logo deve voltar, não se preocupe. Além disso, alimentar um dragão daquele tamanho, você deve imaginar quantas vacas e ovelhas ela deve comer." – Comentei.

Jacaerys parecia triste por não estar com o pai, então me aproximei dele e dei um beijo na testa dele.

"Ele vai voltar logo. Por que você não me fala sobre seus irmãos, eu gosto de ouvir sobre eles." – Assegurei.

Jacaerys pareceu se animar um pouco com a menção de seus irmãos.

"De quem você quer saber?" – Ele perguntou.

"Me fale sobre sua irmã gêmea... Rhaenyra." – Falei.

"Bem... Rhaenyra é muito grudenta, e me incomoda por tudo. Mas ela é legal, quando não está sendo chata." – Ele comentou.

"Vocês brigam bastante?" – Perguntei.

"Às vezes... ela gosta de se amostrar para o papai... só porque ela já consegue ler alto valiriano melhor do que eu... se eu não tivesse todas aqueles treinamentos e lutas, eu poderia focar mais em valiriano." – Ele comentou.

"Eu tenho certeza que você pode alcança-la... me fale um pouco sobre Visenya." – Pedi.

"Visenya? A esposa do Aegon, conquistador?" – Ele perguntou confuso.

"Visenya, a sua irmã." – Falei rindo.

"Minha irmã?" – Ele perguntou.

"Sim... você disse que tinha uma irmã chamada Visenya..." – Comentei franzindo a testa.

Jacaerys parecia perdido em pensamentos.

"Uma irmã? Eu tenho uma irmã?" – Ele disse e então colocou suas pequenas mãos sobre a cabeça como se estivesse com um pouco de dor.

"Jace..." – Falei.

"E-eu não consigo lembrar...eu...eu..." – Ele ficou repetindo e então caiu inconsciente no chão.

"Jace!" – Gritei.

Jace se debatia no chão e eu segurava sua cabeça para que ele não se machucasse mais. Do seu nariz sangue começava a descer e eu me desesperava com a cena a minha frente. Do lado de fora, Arrax pareceu sentir meu desespero e deu um rugido. Jacaerys, ainda continuava se debatendo e eu não sabia como ajuda-lo.

"Jace, por favor!" – Eu disse aflito.

Eu estava desesperado, olhando com horror a cena a minha frente. Ele estava cada vez mais pálido na minha frente e eu não tinha noção do que fazer. Orava para todos os deuses, os antigos e os novos para que aquilo parasse. E do mesmo jeito que começou, aquilo parou, Jacaerys então pareceu se acalmar e aos poucos pareceu recuperar a consciência.

"Jace, meu amor..." – Falei baixinho.

"Muña..." – Ele me chamou.

"Eu estou aqui... Como está se sentindo?" – Perguntei.

"Minha cabeça... dói..." – Ele disse.

"Tudo bem... calma..." – Acho que falei mais para mim mesmo do que para ele.

"Eu estou calmo... – Ele respondeu. – O que aconteceu?"

"Você não se lembra?" – Perguntei.

"Não..." – Ele disse.

Não ReivindicadoOnde histórias criam vida. Descubra agora