Conflitos

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Lucerys Velaryon

Na manhã seguinte, eu havia acordado mais cedo que todos os presentes no castelo. Jacaerys havia dormido no meu quarto e ainda dormia. Olhei pela janela e Arrax já estava acordado, o sol ainda não havia aparecido, apenas uma leve nevoa tomava conta do local. Desci para que eu pudesse preparar o café para Jacaerys, não tinha visto Vhagar, talvez já tenha deixado o lugar com Aemond.

Assim que comecei a sair do quarto, notei uma outra voz masculina conversando com Aemond, tentei não fazer barulho para que eu pudesse ouvir o que eles conversavam.

"Quando eu recebi a sua carta, confesso que fiquei mais surpreso com você me escrevendo do que o conteúdo dela." – Disse a voz masculina.

"Eu não teria escrito se não precisasse realmente." – Aemond falou.

"Eu sei disso, mas nada me surpreendeu mais do que chegar aqui e encontrar o dragão de Lucerys. Vocês dormiram sobre o mesmo teto sem tentar matar um ao outro?" – Questionou a voz.

"Pra você ver que milagres existem." – Disse Aemond com a voz seca de sempre.

"Eu nunca fui um homem religioso, mas pode até ser alguma obra dos deuses, porque tudo isso ainda parece loucura. . ." – Disse a voz masculina.

"Talvez os deuses estejam brincando conosco. . ." – Aemond comentou.

"Ou castigando Lucerys pelo seu olho. . . casar com você e ter seus filhos. . . eu não pensaria num destino pior." – Disse a voz rindo.

"Castigo ou não, destino ou não. É o que vai acontecer. Espere para conhece-lo. Ele tem toda as minhas características, além das de Lucerys, é claro." – Disse Aemond.

"Bem, eu trouxe todo os livros com todas as informações de magias desconhecidas que temos na biblioteca da coroa. Espero conseguir encontrar algo que ajude." – Disse a voz.

"É o melhor que eu poderia esperar de você." – Disse Aemond.

"Um 'obrigado' já bastava." – A voz respondeu.

"Como está a mamãe?" – Aemond perguntou ignorando o comentário.

"Ela inacreditavelmente conseguiu dormir sem saber onde estava o filhinho favorito dela." – A voz respondeu.

"Fico feliz em ouvir isso." – Aemond respondeu sem animação.

"Engraçado eu nunca te vi sorrindo, nem quando te levei naquele bordel na baixada das pulgas." – Disse a voz rindo.

Eu escutei algo sendo jogado com força em alguém.

"Isso poderia ter me acertado!" – Disse a voz indignada.

"Eu errei." – Disse Aemond.

"Vá se fuder!" – Disse a voz masculina.

Resolvi descer para saber quem estava aqui. Quando cheguei na sala, estavam Aemond e o que parecia ser Aegon, seu irmão. Eu poderia dizer que era Aegon, mesmo não o vendo a anos pelas olheiras enormes e pelo cheiro do álcool que tomava conta do lugar.

"Tio Aegon. Quanto tempo. . ." - Falei.

"Muito tempo mesmo, soube que agora você é uma mocinha de verdade. . . como é que dizem? Ah sim. . .a sua flor desabrochou." – Ele disse com um sorriso.

Respirei fundo para não o socar.

"A que devemos a honra da sua adorável visita?" – Perguntei.

"Eu vim ajudar. . . Apesar das inúmeras vezes em que meu querido irmão me chamou de imprestável. Trouxe algumas roupas para você e o seu. . . filho. . .além de livros sobre as magias de Westeros e Essos." – Ele disse.

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