Capitulo três: We drink the wall

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¨I can see you're lonely down there, Don't you know that I am right here?¨



Henry trouxe os pratos até a pequena mesa redonda entre a cozinha e a sala e Alex as taças de vinho, Henry insistiu em dizer que não costumava beber, além de fazê-lo mal pela falta de hábito, ele não queria pensar numa possibilidade de ficar bêbado com Alex.

Muito tempo depois, a Quiche tinha apenas alguns farelos na forma, e Henry bebera mais do que prometeu a Diaz. Pela insistência do mesmo, ambos estavam altos... Henry sentia sua cabeça um pouco mais pesada, mas se sentia bem. Foi seu melhor jantar desde seu aniversário de doze anos, não houve cobranças como Philip fazia, sem críticas como sua avó fazia, sentiu falta de Bea ao seu lado... ela teria adorado conhecer Alex e suas piadas sujas. Diaz balançou a garrafa: estava completamente vazia.

-Henry, você bebeu todo o vinho, seu danadinho. - Alex caçoou.

-Eu fiquei apenas com uma taça, Diaz. - Levantou sua taça para o alto, ainda corria um pouco do líquido no fundo.

Alex desviou seu olhar alterado para o lado na mesma direção em que Henry balançava a taça, seus lábios vermelhos e volumosos. Alex estava completamente embriagado e parecia não entender ou não se dar conta do olhar atrevido direcionado aos lábios de Fox, entretanto, Henry percebeu e enrubescendo completamente, escondeu sua mão debaixo da mesa, pois Diaz o encarava dessa forma. Talvez só estivesse interpretando algo de maneira equivocada. Henry desviou sua atenção para o celular vibrando em seu bolso, finalmente Bea havia respondido sua mensagem, o que definitivamente lhe arrancou um suspiro de alívio. Era o momento perfeito para esconder seu olhar doce.

-Desculpe é minha irmã, ela finalmente me respondeu.

Desta vez, Alex utilizou um guardanapo para limpar a boca. Sua mente permanecia inebriada, como de costume. Apesar de ter tido um dia cansativo, Alex se sentia bem agora. O jantar estava delicioso, uma refeição agradável que ele não experimentava desde que sua mãe se mudou para o Texas. Com a barriga cheia e a doce companhia de Fox, seu dia terrível se transformou em uma noite encantadora.

- Vou tirar a mesa -, Alex ofereceu, embutindo todos os pratos, facas e taças nas mãos e levando-os para a cozinha.

Bea: Henry querido, não direi que estou sentindo sua falta porque torço para que pelo menos esteja se divertindo.

Assim posso ficar ao menos conformada.

Ps: Quente quanto? Me deixe avaliar, Henry meu amor use a câmera do celular mais vezes, obrigada.

Bea é sua melhor amiga, a vida toda sempre soube dos seus segredos, seus pecados, seus erros e ainda conhecendo todos os seus defeitos como ela conhece, ainda o amava e mais: apoiava aplaudindo sua felicidade como se a sua fosse unida à dele. Henry pensou em tê-la consigo nesse jantar, teria amado as piadas sujas de Claremont, e se o visse agora mesmo aparentemente abatido de cansado ainda concordaria: ele é de fato gostoso pra caralho.

Ele balançou a cabeça negativamente, dissipando quaisquer pensamentos falsos que o braço determinado de Alex estava lhe causando... Alex não tinha culpa, sua beleza era inegável e seu charme era sempre seguido de uma pegadinha, fazendo todo o corpo de Henry querer fugir para não cometer um crime.

H: Acredite quando eu digo que ele é incessante

mas tem belos cílios

agora esqueça meu colega de quarto

como estão todos?

- Deixe-me lavar, por que não descansa? Você parece ...

Henry pausou sua mensagem ao ver Alex esfregando sua nuca de frente para a pia, chegou a abrir a torneira, mas seus olhos pareciam desligar de pouco em pouco.

-Você fez o jantar, então eu posso lavar a louça, são só alguns pratos... - interrompeu antes que Henry pudesse concluir.

O sofá de três lugares parecia pequeno demais para as pernas de Alex que estavam sobre uma mesa de centro coberta de revistas e livros. Alex ficava frustrado, mudando de canal quando não conseguia encontrar nada para assistir. Henry finalmente voltou do quarto se sentindo confortável em seu moletom cinza, ele ajeitou as mangas, empurrando-as até os pulsos. Sentou-se ao lado de Diaz enquanto o moreno finalmente encontrava algo que gostava na TV, o filme estava quase acabando mas Alex manteve o entusiasmo, aprimorando sua pose para a cena da TV .

-Harry Potter? - Henry perguntou puxando uma conversa - Se bem que você tem mesmo uma cara de corvino.

Alex mirou seus olhos sobre o britânico, levando sua mão ao peito fingindo estar ofendido.

-Sério? Você não percebeu a bandeira de grifinória no meu quarto?- Henry sorriu timidamente para ele, como um animal treinado. Fox não teria como saber, só fazia as coisas necessárias na casa de Alex.

-Grifinória, sério? Quer saber, é bem a sua cara. Tão previsível...

-Falando assim, deixe-me adivinhar... Lufa-Lufa?

- Você não poderia estar mais errado, meu querido. - disse Henry, franzindo o nariz.

-Ah, é? E qual casa você seria?

-Óbvio que a do primeiro bruxo famoso do mundo, a casa do próprio Merlin e outros bruxos relevantes. Sonserina. - ele respondeu confiante.

Alex riu tão alto que jogou a cabeça para trás. Ele não estava acreditando.

-Qual a graça, Alexander? - Henry perguntou sério.

-O que faria o chapéu seletor te colocar na sonserina? Seu malão verde-musgo? - respondeu rindo.

-Você não sabe nada sobre mim. Acho que seria capaz de te surpreender.

Henry esticou as pernas abertas, se esparramando no sofá, absorto em deixar Alex tão mal humorado que poderia ser considerado seu segundo esporte. Era impossível descrever o que mal compreendia, mas Fox adorava tê-lo por perto. Aquelas manhãs em casa lutando para pensar algo minimamente aventureiro e inspirador para escrever, enquanto Claremont tem potencial para causar uma grande explosão de ideias, em pouco tempo lhe surpreendia deverasmente. Henry poderia escrever sobre ele por horas... Não é difícil imaginá-lo noutra época, num mundo de fantasia, um camponês leal, forte e corajoso. Alex era encantador, ainda havia tanto a descobrir sobre seu anfitrião! Teve seus devaneios interrompidos pela voz do moreno.

- Uh? Mas você não sabe o que penso de você, talvez seja eu quem te surpreenda.

Quando Henry ouviu isso, sua visão escureceu, lembranças de seus últimos dias em Londres invadiram sua mente como um soco no estômago. Ele poderia contar a Alex, talvez ele entendesse, mas algo em sua alma o estava prendendo e punindo repetidamente como se fosse veneno. Henry nunca diria isso em voz alta, ele nunca diria isso para Alex.

Carousel = Alex & HenryOnde histórias criam vida. Descubra agora