Greenpoint, Brooklyn, Nova York:
O sol vai se calando atrás dos edifícios. Henry dentro do táxi se maravilha como um cão pela janela, com toda diferença que o Brooklyn tem de Londres. Seu rosto está enfeitiçado com um enorme sorriso desde que saíra do avião. O novo senhorio do quarto que alugou por um tempo havia pedido para que Henry avisasse quando aterrissasse, mas ansioso e com seu estômago maçante, Henry pensou que era melhor não importunar Diaz. Puxou seu malão verde-musgo para fora do carro, estava suado e com suas bochechas coradas pelo calor nova-iorquino que não estava acostumado, pensou que finalmente usaria suas regatas que ganhara ano passado de Philip, seu irmão rabugento de péssimo humor para presentes
Parado de frente para a longa porta à sua frente, verificou o endereço novamente antes de subir as escadas, Henry fez uma cara de arrependimento no instante que estava a um passo de tocar a campainha sentiu algo se mover por dentro, tão desajustado e enfraquecido pelo calor ou pela ansiedade naquele momento folgando as golas da camisa Henry não sabia. Talvez fosse melhor ligar antes, ou mandar uma mensagem para que o Diaz viesse atendê-lo. Seu rosto estava suado e todo cabelo bagunçado, sentia-se como um animal fora seu habitat, mas voltar para casa e provar para sua família que eles estavam certos do seu fracasso é bem pior. Henry estufou seu peito, criando coragem, endireitou sua camisa social, precisou se esforçar um pouco para desgrudar o tecido do seu corpo devido ao suor, definidamente Henry fará mudanças no guarda roupa, enfim tocou a campainha. Logo uma voz respondera do outro lado, ouviu seus passos se aproximarem e girar a chave. Ao abrir, uma imagem mais instigante do que os jogos de polo que frequentava.
-Olá, baby.
Henry precisou pressionar mais forte seus lábios no lugar para não gritar um enorme palavrão, Alex definitivamente é mais bonito do que Henry pensava, olhara sua foto de perfil, mas vê-lo pessoalmente usando um pequeno short rosa sem camisa e seus cachos esmurraçados, além dos seus enormes cílios.... Henry percebeu que ficou um tempo constrangedor calado, quando Alex precisou repetir suas palavras
-Ah, eu... sou Henry... Henry Fox.
Henry só podia pensar que não estava sendo nenhum pouco discreto em encarar todas as curvas do corpo do rapaz, porque o mesmo colocou uma regata logo em seguida. Ele estava sentado em um sofá perto da janela, do outro lado Alex lhe ofereceu uma limonada enquanto cortava os limões em cima do balcão da cozinha, parado como se estivesse empalhado segurava seus joelhos na ponta do sofá inchando como um morango, Alex esta animado a musica repete o refrão enquanto o rapaz moreno cantarola Henry arrisca um sorriso tímido sobre o ombro com o pequeno show de Alex na cozinha, como seus cachos se misturam um no outro com exatidão, Fox nunca conheceu alguém tão indiscreto e desprendido como Diaz não que isso fosse algum defeito e se fosse Alex quebrou essa regra
Henry viu as fotos da casa pelo site, mas agora estando nela pôde ter uma sensação diferente do que costumava ter em casa. O lugar era definitivamente menor do que pensava. Ao seu lado, próximo a janela, havia uma escrivaninha com alguns livros pesados e ele pôde se imaginar escrevendo ali. Quando as noites viessem impiedosas, como de costume, Henry agora podia sentar ali e conversar consigo mesmo arquitetando todas suas ideias com um café quente e um sol radiante, seu peito doía de saudades de sua irmã Bea que diferente de Phil sempre foi doce e gentil, a única que verdadeiramente apoia e sua melhor amiga agora do outro lado, seus olhos se entristeceram imaginando o quão difícil será ficar longe dela
As paredes terracota com quadros de fotos de viagens, um menino de cabelos cacheados segurando um peixe e, pelo sorriso pirracento Henry, só pôde imaginar que era Alex, já que o sorriso não mudou. Ele estava com um bem parecido enquanto adoçava o suco em uma jarra de vidro com gelo. Fox notou em cima do balcão branco um copo arredondado de whisky
-Quarta feira eu sei, estou comemorando.
e de novamente repetiu esse sorriso
Alex sentou ao seu lado, estendendo um copo cheio e gelado de limonada. Ele caprichou com limão fatiado decorando a borda do copo, querendo impressionar Henry que viajava seus olhos curiosos por todo canto até encontrar os olhos faiscantes de Alex. Mesmo sentando ao seu lado, ele não se convencia de ficar quieto. Contava para Henry que fazia faculdade e trabalhava em um escritório de advocacia e todo seu entusiasmo com as conclusões de casos por um tal de Dr. Raphael Luna. Henry, confuso, pensava que havia perdido a função do cérebro que trabalhava a fala, porque por mais que se esforçasse para dizer algo, sua boca não abria e sua cabeça apenas balançava conforme o que Diaz dizia. Seus cílios avantajados roubavam toda atenção de Henry, seu coração podia brandir para fora da camisa de tão envergonhado.
-Você deve estar cansado, desculpe eu falei demais- Alex pôs seu copo vazio sobre a mesa de centro e se levantou, passando por Henry que ainda permanecia congelado dobrando seus joelhos. Seus olhos permaneciam esbugalhados quando Alex ameaçou cair, tocando em sua coxa – Ok, vou levar você pro quarto.
-Oi?
-Seu quarto, onde vai dormir!
-Ah claro, OK!
Suas bochechas cerejas queimavam e mesmo a acidez do limão refrescando sua garganta do calor que fazia, Henry se sentia uma chaminé de tão envergonhado, segurando sua mala como uma criança perdida no mercado procurando sua mãe. Ele seguiu Alex em passos rápidos para não ficar para trás. O caminho até o quarto era um pequeno corredor com mais fotos espalhadas pelas paredes. Henry apressou os passos quando notou que se distraiu entre um retrato e outro. O moreno acendeu a luz, convidando Henry para entrar primeiro. A cama no meio do quarto estava com lençóis azuis e o ambiente era bem iluminado. Era um quarto pequeno, mas bem aconchegante... na verdade, tudo tem sido assim desde que Henry chegou.
-Era da minha irmã, ela voltou para o Texas logo depois dos meus pais. foi ela quem me deu a ideia de alugar- para Henry estava perfeito tinha um cheiro de rosas e da janela podia ver o céu a noite sempre que precisasse ver orion, Alex voltou com uma pilha de tecidos despejando-as na cama
-Você vai precisar de toalhas e se quiser mais lençóis. o banheiro é o do meio entre meu quarto e o seu senhor Fox.
-Por favor me chame de Henry, e obrigado- Agradeceu Henry com um sorriso
-Como quiser Henry.
Espero que seja uma leitura divertida, ate a próxima :)
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Carousel = Alex & Henry
RomanceAlex aluga seu quarto para ajudar nas despesas da faculdade de direito, e Henry um jovem britânico se muda para Nova Iorque em busca de inspiração para escrever seu livro.