Infernais

Eu morreria por você... -Chapter 9

"Even though we're going through it
And it makes you feel alone
Just know that I would die for you"

-The Weeknd

CH

Quinta-Feira / 02 de março

8:00AM

Já se passaram alguns dias, e nada da Beatriz acordar.
Eu estive refletindo bastante, tenho que admitir, a aflição se implantou no meu peito, o medo do que pode acontecer a partir de agora. Soube que uma de suas parentes bem distantes está na cidade, e em breve virá vê-la, talvez ela saiba de algo.

Desde o que aconteceu com Beatriz, desde o momento em que aquele homem de terno esteve aqui, eu dobrei minha atenção.
Eles querem mata-la a todo custo.

Não consegui dormir nada essa noite, e sinceramente, não estou nem um pouco cansando.

{...}

15:00PM

Dei uma saída, pra comprar alguns alimentos novamente, também passei pra conversar com Nalla. Eu não tenho frequentando a escola, e já ligaram pra minha mãe, e pra mim, o motivo já foi explicado, e mesmo assim, insistem.
Claro que não dizemos o real motivo, isso seria motivo pra muitas coisas.

Eu vou me manter aqui no hospital, até que Beatriz acorde. Não posso cometer o erro de deixa-la sozinha.

23:00PM

-Olá- Escuto um alto de tom de voz feminino e me assusto e me levanto rapidamente.

-Quem é você, porra?- Digo num tom autoritário, exigindo uma resposta.

-Se acalma, grandão- Ela diz jogando sua mochila em algum canto e me encara. -Sou parente da beatriz.- Ela diz após alguns segundos de silêncio.

-Porra, não me assusta assim, caralho.- Digo enquanto respiro fundo e me dirijo até a geladeira pra pegar água.

-Tá devendo por acaso?- Ela diz e eu bufo uma risada.

-Eu não, já a Beatriz...- Digo e ela faz uma cara de dúvida.

-Como assim?- Ela pergunta meio séria. Eu permaneço em silêncio e ela não obtém respostas. -O que você quis dizer com isso?- Ela insiste e eu a encaro enquanto passo meus dedos pelo meus cabelos pretos e lisos.

-A alguns dias atrás, dia 27 de fevereiro, pra ser mais exato, um cara esteve aqui a noite, e eu estava chegando.- Digo e dou um gole na água e ela continua com seus olhos fixados ao meu.- Ele estava saindo, era a única pessoa no hospital, e assim que cheguei aqui no quarto, Beatriz estava convulsionando e a máquina estava desligada.- Termino e me sento na poltrona, e ela segue seu olhar fixado ao meu.

-Mas que merda.- Ela diz e abre a geladeira, pegando uma lata de cerveja.

-Minha cerveja? Jura?- Digo e bufo uma risada.

-Preciso beber inferno.- Ela dá um gole e me encara. -Alias, não nos apresentamos.

-E devemos?- Digo e finto meu olhar ao seu.