Um dia, eu ainda assistirei sua queda -Chapter 4

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Hear you, falling and lonely, cry out
Will you fix me up? Will you show me hope?

-Vancouver Sleep Clinic

Ana Beatriz

Quinta-feira / 16 de fevereiro
6:00AM

Acordo com minha mãe gritando no celular.
Achei estranho que meu despertador ainda não tocou.
Me levanto e pego meu celular debaixo do meu travesseiro.
Droga, tá descarregado.

Olho meu relógio encima da mesa do meu quarto, 6:05 da manhã.

Vou até meu guarda, pego uma calça jeans preta, a blusa de uniforme e meu tênis.
Entro no banheiro para tomar um banho rapidamente.

Saio do banho e visto minha roupa.
"Tenho que ir pra porta da casa do CH esperar Júlia"

Desço as escadas, e vejo que minha mãe está na cozinha.
Tento não fazer contanto com ela, mas ela impede que isso aconteça.

-Nao vai tomar café da manhã?- Ela diz enquanto termina de fazer café.

-Nao estou com fome- Digo e passo rapidamente pela porta da sala.

Vou até do outro lado da rua esperar Júlia.

{...}

Droga, já se passaram 10 minutos e ela ainda não chegou.

-Olá, Senhora, o chefe pediu pra que entre e suba até o quarto.- Uma moça dos cabelos loiros diz aparecendo logo atrás de mim, abrindo o grande portão.

Pelo que ela disse, parece ser uma das funcionárias.

Eu balanço a cabeça positivamente e a acompanho até a entrada da casa.

-Ele está lá encima, pode subir. Sobe as escadas, segue reto o corredor e vira no corredor a sua direita.- Ela explica como chegar até lá, essa casa é realmente grande.

Subo as escadas e sigo as instruções dela.

Bato na porta e espero que ele abra.

-Pode entrar- Escuto sua voz através da porta.

-Nao está pelado, está?- Pergunto em tom de deboche.
Eu adoraria que ele estivesse. Merda Beatriz, se controla, ainda são 6 horas da manhã.

-Nao Beatriz, não estou, entra logo nessa merda.- Ele diz com firmeza e com uma voz de sono.

Abro a porta e o encontro sem camisa e de short mexendo em seu guarda roupa.

Vejo ele andando em direção a porta de vidro da sua sacada.

-Vamos nos atrasar, onde está Júlia?- Pergunto enquanto ele anda.

-Nao, não vamos. Vamos de moto hoje, a Júlia não vai, recebi uma mensagem dela dizendo que não está se sentindo muito bem.- Ele diz enquanto tira um cigarro e um isqueiro do bolso.

-Não sabia que fumava.- Digo tirando minha mochila das costas e a jogando encima de sua cama. Estou me sentindo uma folgada.

-Agora você sabe.- Ele diz, soltando lentamente a fumaça e olhando para a vista que a sacada lhe proporciona.

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