CAPÍTULO 2- CONSEQUÊNCIAS

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— Jina! — gritou Seojin rapidamente, ao perceber o estado deplorável da amiga que chorava continuamente sem ao menos se importar com a multidão que se formava perto de si.O coração de Jina estava em pedaços, era difícil perceber que tudo que sentia não passava de um amor que nunca seria correspondido.


— Saiam daqui, o show já acabou seus otários! — gritou Hyerin irritada, enquanto empurrava violentamente as pessoas que caçoavam e cochichavam de sua amiga pondo-se em sua frente.


Seojin, rapidamente, percebeu que as coisas poderiam sair do controle e correu em direção às amigas, uma furiosa e a outra atônica.


— Hyerin se acalma, precisamos ajudar a Jina não arrumar problemas — murmurou Seojin discretamente, observando os olhares de desprezo dos que ali estava, em especial dos alunos da classe A.


— É melhor que vocês tirem sua amiguinha da frente da nossa sala, afinal já foi humilhação suficiente ser rejeitada — disse uma voz irônica e ao mesmo tempo impiedosa.

Era Kim Sohee, a garota mais popular da escola, conhecida como uma das melhores alunas e a mais desejada pelos garotos.


— Ora sua...— dizia Hyerin indignada preparando-se para atacar a menina de sorriso debochado, até ser interrompida pela acastanhada que se levantou velozmente tocando em seu ombro apelando silenciosamente para que ficasse calada.



— Vamos embora — disse Jina desolada, ao passo que enxugava sua lágrimas e consequentemente amassava ainda mais a carta que estava sem suas mãos.



A garota não esperou resposta por parte de suas amigas, apenas se dirigiu para longe da multidão correndo desorientada em busca de um lugar que pudesse chorar sem que ninguém fizesse pouco caso da sua dor.



— Jina! Espera, por favor! — gritou Seojin aflita, vendo a amiga sumir da sua vista e naquele momento de tensão a menina percebeu que muitas coisas mudariam e provavelmente a paz seria uma delas.
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A vista estava turva pelas lágrimas que insistiam em se acumular em seus olhos, mas ainda sim, Jina foi capaz de distinguir o lugar em que estava, apesar de ter saído do pátio principal completamente desnorteada.



Era seu refúgio nos momentos mais angustiantes, um local cheio de árvores de casca grossa que ultrapassavam a altura imaginável para uma planta, além de flores que realçavam a beleza inigualável daquele jardim que por vezes serviu de fonte de inspiração para as fantasias românticas da garota. A acastanhada sorriu brevemente, à medida que se encostava na sua árvore preferida, que nos últimos anos se tornará uma confidente dos seus sentimentos.



— Tive coragem para me declarar e adivinha, Amélia? Eu fui rejeitada — murmurou Jina desolada encostando seu rosto na planta, à medida que tentava controlar as lágrimas que cada vez mais se acumulavam em seus olhos inchados.



— Você não deveria chorar por causa daquele babaca — disse uma voz firme assustando brevemente a garota que fitou confusa o rapaz de estilo despojado. Era seu melhor amigo, seu fiel companheiro e talvez um irmão que jamais pode ter.



— Hyun? Como soube que estaria aqui? — Questionou Jina surpresa, fazendo o garoto que outra hora mantinha uma postura indiferente sorrisse para a amiga transmitindo-lhe conforto.

Em nome do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora