CAPÍTULO 7- CONFRONTO

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— Eu te amo, Jina. Aceita ser minha minha namorada? Yejun pronunciou com os lábios próximos do rosto de Jina que fechou os olhos, enquanto balançava a cabeça para cima e para baixo incapaz de afirmar com palavras o turbilhão de sentimentos que queimavam em seu peito. 

Ela aceitou o carinho o rosto, aguardando com ansiedade que a beijasse, mas ao invés disso outra voz invadiu sua mente e a imagem perfeitamente desenhada aos poucos não passou de um borrão.

Jina. Um chamado longínquo fez a Jina virar o seu corpo para o outro lado da cama de forma que ficasse na beira e que mais algum avanço poderia faze-la ir de encontro com o chão. A verdade é que só queria dormir mais um pouco e aproveitar o sonho maravilhoso que estava tendo com Yejun, mas parecia que a voz não desistiria facilmente dela.

Jina. Dessa vez, Jina não suprimiu o resmungo em tom rouco de quem estava sendo acordado contra vontade. Ela não queria abrir os olhos, a frustação corria suas veias, mas quando sentiu uma mão quente contra seu cabelo um alerta despertou em sua mente nublada pelo sono e fora impossível não desperta imediatamente dando um salto da cama e durante o processo caindo por estar na beira da cama.

Merda — Jina resmungou, enquanto passava a mão na cabeça e tentava se desvencilhar do lençol que estava em seu corpo. 

Jina mal sabia que estava sendo observada pela senhora Kim que estava com a mão na boca suprimindo ao mesmo a risada que queria escapar da sua garganta e o choque pela ela ter se assustado tão rápido. Estava cada vez mais certa que Jina era a garota certa para quebrar o gelo no coração do filho, quem seria capaz de resistir a tamanha fofura. Apenas esperava que Yejun não percebesse isso tarde demais e conhecendo seu filho, Yejin daria seu jeito de ajudar Jina sem se intrometer muito, pois sabia como o Yejun seria ainda mais resistente se soubesse do envolvimento deles.

— Jina, você está bem querida?. Me desculpe por ter a acordado assim, mas você não desceu para comer e fiquei preocupada que se atrasasse, afinal você não sabe o caminho da nossa casa para escola e seria bom que Yejun te acompanhasse — Yejin se aproximou de Jina ajudando-a com os lençóis, tirando eles de cima dela e em seguida segurando em seu braço para que levantasse sem muitas dificuldades.  

Jina aceitou a ajuda de Yejin sem questionar, ainda inebriada pela melatonina que corria em seu corpo. Em nenhum momento se passava em sua cabeça que havia amanhecido, que ela não estava em sua casa, que havia se declarado para Yejun depois de anos e que por ironia ou brincadeira do destino o único lugar que seu pai conseguiu para ser o abrigo provisório deles era, justamente, na casa do garoto que dizia amar e que antes de dormir ele havia a praticamente a desafiado a conquista-lo, como se os sentimentos dela para ele fossem apenas um jogo de cartas em que Yejun se considerava o rei e Jina apenas um dos seus subordinados.

As lembranças de tudo que houve no dia anterior, a atingiram forte como se estivesse tivesse um martelo em sua mente. Aquilo estava causando um dor de cabeça que a fez fechar os olhos querendo silenciar as vozes, as recordações, tudo que a fizesse pular na cama e nunca mais encarar o mundo. 

Com que cara vou chegar na escolar. Certeza que aqueles idiotas vão querer fazer piadas comigo igual a ontem, a voz interior de Jina discorreu em sua mente as palavras que ficaram presas em sua garganta, enquanto se deixava guiar pela senhora Kim até que estivessem sentadas na cama.

— Não quero incomodar o Yejun, tenho certeza que ele deve está irritado por está atrasando a rotina dele — Jina pronunciou as palavras quando o nó que estreitava sua garganta aos poucos se desfez, ela olhava para o lençol rendado que estava no chão.

— Yejun não costuma sair muito cedo de casa, digamos que você esteja somente dez minutos atrasada. Além do mais, tinha que achar algum jeito de começar a te ajudar, não acha? E nada faze-lo que te acompanhar todos os dias para que se aproximem — Yejin se aproximou e sussurrou como se estivesse contando o o segredo mais absurdo do mundo, fazendo Jin abrir um sorriso tímido no canto dos lábios — Agora, vá tomar um banho e se apresse, não sei quanto tempo poderei segurar meu filho lá em baixo antes que seu humor fique ainda mais ácido — Yejin passou a mão nos cabelos bagunçados de Jina que balançou a cabeça com lentidão, ainda perdida entre tantas informações que a senhora Kim havia despejado sobre ela.

Em nome do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora