Capítulo 10 - Prelúdio Para Despedida

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Aviso: a hst tem bons números de visualização, mas quase nenhum comentário. Estou querendo retornar a escrever, mas sem comentários não sinto ânimo algum de publicar por aqui. Se querem que continue incentivem uma autora, comentem. Sua interação é muito importante.

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Capítulo 10 - Prelúdio Para Despedida

POV HENRY

"Ao seu lado, de bruços,
minha pele nua resiste
ao toque.
No entanto, é você
quem se afasta.
O fato velado é:
o terrível medo da perda
não é o suficiente para fazer
um amor em fuga
permanecer."
(Prelúdio para uma despedida- Maya Angelou)


Eu vejo, seu corpo nu parcialmente coberto pelo lençol e meu peito se aperta apenas com a imagem. Eu amava outra mulher, sabia que era injusto ter entrado naquela relação.

Talvez por vingança, talvez pelo ódio cego e tentava patética de seguir em frente. E nisso, Tânia chegou em minha vida como a chave para um recomeço e no início eu acreditei nela.

Era como uma furacão ruivo, gentil e com sorriso leve. Ela me fazia sentir algo bom, depois de tanto. Nunca me perguntou sobe Emma, nunca exigiu mais do que poderia dar.

E quando vi estava sendo conduzido por aquela rotina, a facilidade. Então ela se encaixou em minha vida e ficou, eu estava cansado demais de entender, ou lutar.

E bem, quando minha chegou de surpresa em um sábado pela manhã e ambas se conheceram, quando as semanas viraram meses e ela quis seguir em frente, não existia razão para não aceitar aquela sensação morna de familiaridade.

Talvez aquilo fosse amor afinal, talvez ela com sua persistência acabasse entrando no meu coração. Mas os meses  se transformaram em anos, e foi mais fácil aceitar que talvez essa também fosse uma forma de amor.

Passo as mãos sobre o rosto aborrecido e impaciente. São 04:36 da manhã e não consigo dormir, estava mais uma vez sem dormir pensando em como caralhos a minha vida saiu tanto do controle. Penso em ir malhar, talvez gastar algumas outras fingindo que não existe nada além do que milhas a minha frente me distraia da falta que sinto dela. Em como essa maldita mulher se infiltra em todos os meus pensamentos, se instalou no meu sistema, em como eu sou louco por tudo que envolve ela.

Eu tinha uma boa esposa, era um homem responsável, bem sucedido financeiramente, respeitado pelos meus colegas de trabalho, com uma carreira sólida e de prestigio. Eu tinha tudo que planejei para mim, mas me sentia vazio desde a sua partida, sentia quase uma dor fantasma como um corte em um dos meus membros.

Não sei em que momento o amor e dor se transformaram em uma mesma coisa. Em como fosse impossível sentir ambas as coisas quando a via, ali parada, seria e impenetrável sentada em nossos encontros de domingo na casa de nossos amigos.

Era sempre como um fantasma, pairando sobre nós, o olhar distante, um sorriso falto, ela tinha se transformado em uma fudida boa atriz, era fria e intocável, e por alguns meros segundos quando seu olhar cruzada com o meu e poderia sentir a mesma garota que eu me apaixonei a anos atrás.

Mas logo aquele olhar era quebrado, ela fugia e desviava sua atenção. Era cruel, eu sentia algo distorcido e ferido vindo dela, por outro lado sentia que aquela sensação que veria o estômago, que vem como uma ânsia e sobre até a garganta tinha se transformado o que sobrou de nós, o que sobrou de amor interrompido.

Éramos magníficos juntos
Éramos distorcidos e feios por dentro
Éramos os destroços da nossa colisão

Após o seu retorno eu tinha prometido a mim mesmo que me manteria afastado, que ela nunca me quebraria da mesma forma que fez no nosso último adeus, mas porra eu sabia que ela era tão ferrada da cabeça quando eu. Eu não conhecia todos os seus pensamentos, mas eu reconhecia o seu olhar de abismo, a solidão triste que ela carrega consigo.

E eu amava, essa era a minha certeza. Eu amava e sabia que amaria até último dia da minha vida. Mas nem sempre o amor é suficiente, talvez tudo isso tenha de transformado em uma obsessão, em uma ideia fixa do que poderíamos ter sido e nunca conseguimos ser por causa dela.

Peguei o celular em cima da bancada da cozinha e dedilhei atrás do contato a muito tempo salvo. Respirei fundo e disquei o número

- Preciso falar com você. Eu sei... que faz algum tempo, mas precisamos falar sobre o que aconteceu naquele dia. Posso encontrar você naquele antigo café daqui alguns minutos?

×××××××××××××××××××

Voltei, agora depende mais de vocês do que de mim, após bater a meta de comentários solto próximo capítulo.

Até mais

Xoxo

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⏰ Última atualização: Oct 07 ⏰

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