Capítulo 4

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Espero um pouco pra ter certeza que ele saiu e só então começo a abaixar o cobertor aos poucos. Quando noto que ele não está mesmo ali, pulo da cama e corro para o banheiro. Fico quase uma hora debaixo do chuveiro (umas das grandes vantagens da serra é que você não precisa se preocupar com água). Visto um short jeans e uma camiseta branca. Escovo os dentes, penteio o cabelo com todo cuidado. Percebo que nunca me preocupei tanto com minha aparência.

Tomo meu café e só então saio de casa. Estou chateada pela Carmem ter digo logo cedo, achei que ela deveria ter esperado. Parece que ela estava mais ansiosa que eu.

Ele estava sentado sozinho em um tronco que fizeram de banco. Finjo que iria passar direto na direção do mercadinho que ficava ali perto, mas ele me chama e assim que ouço, caminho em sua direção. Dessa vez acho que não estou vermelha e sim roxa rs.

_ Ia mesmo passar direto? _ ele diz decepcionado.

_ Não vi que estava aqui! _ minto!

_ É verdade o que a Carmem me disse? _ele pergunta.

_ Depende! O que ela disse? _ Pergunto com medo da resposta.

_ Não importa! Quero ouvir o que você tem pra me dizer...

_O que ela disse?_ repito a pergunta, agora com um tom mais exigente.

_Bom... meu irmão disse que você pediu pra Carmem pedir pra ele me perguntar se eu tinha coragem de te beijar._ Ele diz me olhando nos olhos.

Não acredito! Fomos enganados! O tempo todo eram os dois que queriam que nos beijassemos. E agora? Vou matar ela! Preciso fazer isso!

_ Eu não pedi pra ninguém perguntar nada! E só pra você saber, eu não queria te beijar._ Digo descontando nele a raiva que sinto dela.

_Nossa! Não precisa falar assim comigo. O que a Carmem te disse, Kath?_ Ele diz todo delicado.

_Ela me perguntou se eu teria coragem de te beijar e disse que você ficaria feliz em saber com a resposta._ Respondo.

Ele segura a minha mão com uma das mãos, enquanto leva a outra a uma mexa do meu cabelo que escorre pelo rosto e a afasta para o lado. E diz:

_ Kath, esquece o que ela disse! Sou eu quem está te perguntando agora. Você quer me beijar?_ ele pergunta sem soltar da minha mão.

_Quero!_ Respondo nervosa.

Ele sorrir com minha resposta e em seguida sem que eu espere, ele me abraça.

Ouço a minha mãe me gritar e sei que preciso ir. Mas adoraria ficar!

_ Léo, preciso ir!_ Digo triste.

_Kath, me encontra hoje 18h aqui, por favor.

_ Vou tentar!

Corro pra casa! Minha mãe não pergunta nada sobre nós. Claro, ela acha que somos amigos e que falamos de qualquer outra coisa menos de nos beijarmos.

Fico me perguntando se vou ao encontro dele. Tenho medo de ir e fizer algo errado, mas acho que vai ser pior não ir. Decido que vou! Na verdade aguardo ansiosa...

*

Já são 17:45h. Estou pronta! Nunca estive tão nervosa. Digo a todos que vou comprar um sorvete e sigo na direção que marquei de o encontrar.

Posso o ver mesmo de longe. Sinto vontade de voltar pra casa, mas já estava perto o suficiente pra ele me ver e gritar pelo meu nome. Ele está sorrindo caminhando ao meu encontro

Acabou, mas nao teve Fim.Onde histórias criam vida. Descubra agora