◈ É hora de uma decisão.

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Enquanto isso na casa dos pais de Josh as coisas pareciam um pouco mais complicadas.

O rapaz chegou abatido sendo recebido pela mãe, o pai dele havia conseguido um trabalho em um dos escritórios da família real e agradeceu por ter apenas a ômega com ele naquele momento.  Foi direto para o antigo quarto que agora era do irmão mais novo, os antigos cartazes de futebol deram lugar a pôsteres de bandas de rock e de jogos eletrônicos. A casa nem de longe lembrava a casa humilde em que cresceu, agora estava mais bonita, uma pequena reforma havia sido feita, móveis novos foram comprados e com certeza era tudo o que ele desejou para a família. Uma vida confortável e sem dívidas.

   Ele estava no quarto deitado olhando fixamente para o celular que acabara de desligar evitando as chamadas de Noah. A mãe do rapaz entra no quarto com uma bandeja nas mãos tentando fazê-lo comer pela milésima vez desde que havia voltado.

      — Posso entrar? – a voz doce da ômega sempre lhe trazia algum conforte.

        — Claro mãe.  – ele se ajeitou na cama se sentando.

     — Você não comeu quase nada depois que chegou, eu trouxe algumas frutas cortadas para você, foi seu marido quem as enviou.

     — Estou sem fome mãe. 

     — Deve se alimentar direito, ainda está fraco e pálido.  Se não comer nunca vai se levantar dessa cama.

Se dando por vencido, o rapaz coloca a bandeja sob seu colo e começa a mordiscar alguns pedaços de frutas. Mesmo sem vontade e se sentindo fraco ele engoliu algumas frutas apenas para satisfazer a mãe. Depois de um tempo observando o filho se obrigar a comer a Sra. Beauchamp se deu por satisfeita.

     —  Acho que agora já podemos conversar. -  a mulher senta-se ao lado do filho pegando uma das mãos e unindo as suas. Assim que ele termina de comer coloca a bandeja na lateral da cama.

     — Mãe...

    —  Não me venha com essa de “Mãe”. Eu sei que tem alguma coisa te incomodando, então pare de enrolar e diga de uma vez.

   Josh sempre contou com os conselhos da mãe,  sabe que ela sempre esteve ao seu lado, mas não sabia como contaria para ele sobre o que aconteceu. Ele ainda se sentia envergonhado por tudo.

      — Eu só estou confuso. – disse encarando as próprias mãos.

      — Confuso com o quê? Você sempre foi alguém que tinha muita certeza sobre tudo. O que está te preocupando?

      —  Meus sentimentos em relação à Noah. – ele respira fundo, sabia que a família acreditava que não existia nada entre os dois além de um falso casamento.

       — Você gosta dele?– ele hesita por alguns segundos em responder aquela pergunta.

       — Eu não tenho certeza. Quer dizer, eu até tenho, mas é como se não fosse real. Entende?

       — Filho, é natural que se sinta assim. Você foram colocados numa situação onde nenhum dos dois teve muita escolha. Eu sei que você se sacrificou dessa maneira por nossa família.

      — Eu não tenho arrependimentos sobre isso, é só eu acho que... o amo. – diz com os olhos marejados. – Mas não sei se ele me ama.

Ele se deixa abraçar pela mãe banhando seu rosto em lágrimas.

       — Ele seria um tolo se não amasse você. Meu filho é o ômega mais incrível do mundo.

       — Você não entende. Ele já tinha alguém que ele gostava antes, ele me disse muitas vezes e mesmo assim eu não pude evitar me apaixonar por ele. – as lágrimas e os soluços saiam naturalmente.

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