◈ Descobertas

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Beauchamp nunca imaginou como seu dia iria transcorrer quando acordou naquele dia. Ele e Noah estavam vivendo seu casamento da melhor maneira possível. Já não havia mais quartos separados e desde que voltaram de viagem dormiam juntos todas as noites, uma felicidade que Josh nunca imaginou sentir. Esse também foi o ponto de partida para que o Lúpus se interesse mais pelos problemas do Reino e que de certa forma acabou o aproximando do pai.

Naquele dia em particular, Noah havia acordado mais cedo e vestiu-se com a roupa militar da família real, Josh observava o alfa se arrumar ainda deitado na cama com apenas um lençol cobrindo suas partes. O cabelos desgrenhados e olhos sonolentos era a nova paixão de Noah ao acordar todos os dias e ter a visão do ômega deitado ao seu lado.

— Que horas você volta? – perguntou sentando-se sem deixar de encarar o amado.

— Ainda não sei dizer, mas prometo te buscar na Universidade assim que eu puder.

— Eu posso voltar com o Bradley, não precisa sair apressado e me espera em casa para almoçarmos juntos. – o alfa vai até ele e lhe beija.

— Volte com cuidado. – o Lúpus não teve uma boa noite sono e uma sensação estranha assolava seu peito, mas quis ignorar já que sua vida estava finalmente nos eixos.

— Eu irei.

A verdade era que Josh já havia combinado com Diaz sobre fazer um jantar especial naquela noite para o casal, e se preparou muito para aquela noite. Porém seus planos para o dia perfeito foi tragicamente interrompidos.

Beauchamp estava confuso sobre o que estava acontecendo, sua cabeça estava pesada e ele lutava para mantê-la erguida, mas parecia não ter forças para isso. Ele sentia sua garganta seca como se não tomasse um gole de água por dias e se perguntou porque estava tão escuro. Depois de alguns minutos ele finalmente conseguiu despertar.

— On-onde es-tou? – sua voz rouca arranhava sua garganta. Ele tentou mexer os braços e percebeu que estavam amarrados em suas costas e que aquela escuridão na verdade era um tecido negro cobrindo sua cabeça, um frio percorreu toda sua espinha. Por reflexo, ele tenta se soltar se sacudindo como pode e acaba caindo da cadeira, alguém o levanta e o senta novamente.

— Quem é você e o que quer? – ele pergunta com a voz trêmula.

— Por enquanto, não queremos nada. Mas, se você não colaborar as coisas podem ficar bem ruins para seu lado. – um homem com uma voz desconhecida alertou. Só pelo cheiro Josh conseguiu saber que ele era um alfa.

— Olha, eu não sei quem é você. Mas se precisar de dinheiro eu marido pode arranjar...

— Cala a boca.– o ômega recebe um tapa forte no rosto. – Você e essa sua família podem até fingir que se importam com o povo, enquanto metade da população ainda vive com dificuldade, dê poder ao povo e eles farão história.

— Isso é por causa de política? – pensou Josh. Logo a história do atentado ao avô do marido veio em sua mente.

— Eu não sei qual é sua história ou o que você defende, mas eu realmente não sou ninguém. Você pegou a pessoa errada.

— Não se preocupe alteza. Eu sei exatamente quem eu peguei. E antes que eu me esqueça, pode gritar a vontade, ninguém vai ouvir mesmo. – depois disso um som de porta batendo ecoou pelo local, e o rapaz achou que o homem havia lhe deixado sozinho. Ele sacudia a cabeça freneticamente tentando tirar o tecido que cobria seu rosto até que conseguiu. Josh olhava ao redor tentando identificar onde estava, ao que parecia ele estava numa fábrica abandonada, a umidade e cheiro de ferrugem eram fortes, havia muitas janelas que davam vista para o que seria um campo, sua cabeça doía e tentava se concentrar em como poderia sair dali. Tentou se recordar do que exatamente o que havia acontecido antes, ele lembrou que quando entrou no banheiro da Universidade, enquanto estava distraído lavando as mãos alguém usando o uniforme da Universidade passou por ele e de repente sentiu um pano pressionando seu nariz e boca, e depois tudo foi escuridão.

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