Relief (Yoonseok) (ABO)

CAPÍTULO 5

Hoseok estava sentado no chão do banheiro com Yoongi aninhado em seu peito, ele tentava regular a respiração enquanto raciocinava tudo que tinha acabado de acontecer, estava aliviado por ter conseguido acalmar o Omega, mas por nunca ter passado por nada parecido se perguntava se tinha agido da maneira correta, deveria levar o menor num hospital? Ele estava realmente bem enquanto dormia? Não sabia o que deveria fazer no momento e enquanto pensava, sentiu algo molhado em suas bochechas, ao passar a mão para limpar, percebeu que eram lágrimas, em que momento tinha começado a chorar? Não sabia ao certo, mas a imagem de Yoongi se machucando voltava à sua mente o tempo todo, tinha ficado desesperado. Além disso, seu lobo parecia machucado, sentia ele choramingando no seu peito, mas não podia se distrair agora, precisava cuidar do ômega em seus braços.

Ajeitou o menor em seu colo e o levou de volta para cama, sua cabeça estava um caos, queria saber o que tinha acontecido, porém teria que esperar o ômega acordar para tirar suas dúvidas.

Após limpar o banheiro, pegou seu colchão na sala e o levou para o quarto em que yoongi estava, já que o seu lobo alegava a necessidade de proximidade, porém, após deitar, não conseguia dormir, estava confuso com o que tinha acontecido e a falta de respostas tornava tudo mais difícil.

O Omega estava doente? Por que a dor de Yoongi parecia estar em si? O que aconteceria caso tivesse o deixado sozinho? Perguntas como essas eram feitas aos montes em sua cabeça, deixando-o cada vez mais perdido.

Droga! Ficar pensando não ajudaria em nada, porém não conseguia desligar.

Em meio aos seus devaneios escutou uma movimentação na cama que o alarmou, ao levantar e olhar na direção em que o barulho vinha, notou que Yoongi se mexia e chorava enquanto dormia, sentiu um aperto no peito ao presenciar essa cena, o menor parecia muito vulnerável e aquela imagem não combinava em nada com ele.

Após o choque inicial, foi rapidamente ao encontro de Yoongi, balançando-o com a intenção de despertá-lo, assim que conseguiu o ômega o olhou assustado, abraçando o seu corpo e cheirando o seu pescoço desesperadamente enquanto soluçava e segurava a sua camisa, tentando chegar cada vez mais próximo ao alfa.

- me desculpa, por favor, me desculpa. Eu não queria ser assim – a fala de Yoongi saiu embolada por conta dos soluços constantes, mas hoseok conseguia entender o que o ômega falava, mesmo não entendendo inteiramente o significado daquilo.

- Ei, calma! Não precisa se desculpar

- Eu não queria ter te decepcionado, só queria ser um bom filho, por que você não gosta de mim? Eu me sinto tão sozinho aqui – Hoseok se assustou com a fala, arregalando um pouco os olhos, yoongi achava que estava falando com um dos seus pais? Ele estava alucinando? Colocou a mão na testa do menor, percebendo que ele queimava em febre – Mãe, eu me esforcei tanto para que você gostasse de mim, por que você não gosta de mim? Eu sou uma pessoa ruim? – O alfa tentava se soltar do corpo menor, não sabia o que fazer ou falar, queria ir atrás de algo que diminuísse a febre do omega, mas o aperto que Yoongi fazia não o deixava sair do lugar – Não! Não me deixe de novo. Eu vou ser um bom menino, vou fazer as pessoas gostarem de mim, vou deixar de ser esquisito, não vá embora, por favor! Eu não gosto de ficar sozinho, não me deixe sozinho, eu estou com medo.

Cada palavra que saia da boca de Yoongi se tornava uma faca que perfurava o coração do alfa. O ômega estava totalmente encolhido em seus braços e o abraçava forte enquanto chorava desesperadamente. Parecia tudo intenso demais, doloroso demais. Lágrimas já escorriam em sua face e ele não sabia como reverter toda a situação.

- Ei, Yoon - chamou tentando soar calmo, fazendo um leve carinho em seu cabelo. O ômega levantou um pouco a cabeça, demonstrando que escutava – você pode me soltar um pouquinho? – quando falou isso viu Yoongi negar desesperadamente o apertando mais em seus braços – eu não vou embora prometo, só quero pegar um remédio para você – falava tudo baixinho, sem parar de acariciar o menor em nenhum momento'