Capítulo 3 - Maldição.

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Aviso prévio:

a escrita em terceira pessoa fora interrompida, agora, a história se passará na visão do protagonista. Logo, sendo mudada para a primeira pessoa.

Perdoem-me alguns erros, ainda não me acostumei com o novo teclado do celular KKKKKKKKKKKK

Boa leitura!

——

| No dia seguinte |

Outrora, eu gritava e pulava como se a loteria estivesse jogando dinheiro aos ares, mas minha euforia se deu por um pedaço de papel, palavras curtas e um número de celular; o qual encaro com tanta fixação que jurei poder vê-lo sair da folha pela metade.

Mal percebi que prendia a respiração, somente um toque na porta me acordou desse transe.

O espasmo me fez pular da poltrona em que estava confortavelmente acomodado e correr para a porta do meu pequeno apartamento.

Antes, cometia a burrice de abri-la sem checar o olho mágico, não está escrito quantos constrangimentos já passei.

Fecho um dos olhos e o outro uso para averiguar quem seria, para minha humilde decepção e resquícios da raiva de dias antes, era Sanemi.

Abro, escutando a madeira soltar um ruído de socorro pela falta de um bom óleo.

Ergo as sobrancelhas, assumindo uma postura sarcástica; com mãos na cinturas e o pé destro batendo contra o chão, um pouco a frente do outro.

Nemi me encara, vejo-o contrair os lábios numa falha tentativa de segurar a risada trancafiada.

Ele respira fundo, empurrando uma pequena caixa com buracos no topo, que carregavam um copo de café expresso.

— Minha dívida está paga. - ele diz, quebrando o ar de perguntas silenciosas.

Seguro o "pagamento", inspirando o delicioso cheiro daquele líquido, parecia quentinho.

— Hm...bom, esperava ao menos uma fábrica de café inteira pela sua mancada, mas está de bom agrado.

Finjo fechar a porta em sua cara, entretanto o próprio interrompe a passagem usando o artifício de suas mãos fortes, facilmente mataria um.

— Epa' Epa', nem chama para entrar, né?! - seu tom consumando indignação. — Mesmo assim, eu me convido, quero saber mais.

Inclino a cabeça, confuso. Percebo que minha reação podera ser comparada a de um cachorrinho.

— Saber o que?

— Ué, o tal gostoso do Barman, esqueceu já?

Com isso, o espaçoso garoto adentra minha casa, sem ao menos trancar a porta atrás de si.

Reviro os olhos e faço o que deveria ter sido feito por ele.

Apoio o café numa mesa pequena e arredondada que usava na sala de estar, enquanto o platinado propõe em se jogar no sofá.

— Fala aí, mano, quem sabe eu não te ajudo?

Aquilo desperta minha curiosidade.

— Me ajudar?! Como?

— Qualé', sabe que seu amigão aqui é um "expert" em stalkear.

Acomodei a mim mesmo no pequeno espaço que ele havia deixado, cruzando as pernas uma acima da outra para forcar-me no que dizia.

— Sei disso, mas como exatamente vai fazer?

Ele cobre a própria boca com uma das mãos, ponderando o que quer que estivesse flutuando em sua cabeça.

O Barman.Onde histórias criam vida. Descubra agora