O Clã Haruno - A história não contada

Os Harunos sob a luz!

Sakura:

Focamos totalmente no objetivo, chegar à torre central sem nenhum problema no caminho, e mesmo que tenhamos que desviar de alguns, chegamos inteiros e tranquilos, bom, pelo menos com a tranquilidade que dava ne, Sasuke não desgrudava de min e o naruto não tirava os olhos de min, pareciam dois carrapatos, mas eu entendia, eles tinham medo de que fosse mentira, e apesar de não passar pelo que eles me passaram os sinto.

Chegamos e entregamos os pergaminhos para os ninjas responsáveis e fomos direcionados ao centro onde já haviam 4 times parados, nos encararam, principalmente a min, é claro ainda estava com aquele quimono chamativo, mas o que me preocupava era os ambus espalhados pelo salão, todo o caminho desde que apareci junto dos garotos eu estava pensando nele, no meu pai, a ultima imagem que tenho dele é ele me agarrando e lagrimas e mais lagrimas caindo do mesmo e seu grito de dor, eu devo ter causado tanta dor e tristeza ao mesmo, não sei nem como encara-lo, mas preciso dele, preciso do seu abraço e pensando nisso viro para os meninos que me encaram suspeitos.

- Eu vou procurar um ambu – falo sem jeito com o olhar deles.

- Seu pai – fala naruto sorrindo, claro eu havia falado, e vendo que eles compreenderam eu assinto e sigo em direção ao ambu mais próximo.

Quando me dirijo a ele vejo que mesmo me percebe e antes que eu chegue perto o bastante para conversar ele some e eu paro puta, que merda, fora que eu não tenho como perguntar pelo meu pai sendo que nem eles sabem, isso é um saco, suspiro pesado e logo sinto alguém saindo de um corredor escuro e assim que a luz bate nele ele para, Kakashi sensei, eu não havia o visto antes, ele parece assustado ao me ver e em menos de 1 segundo sinto o abraço dele em volta de min e solto uma risada baixa.

- oi Kakashi-sensei – falo abafado por estar coberta por seus braços e ele me aperta mais e fica em silencio e eu aguardo ele voltar, alguns minutos depois ele se separa de min mas sem tirar a mão dos meus ombros e me olha nos olhos e eu sorrio – estou bem sensei – falo e ele só assente ainda sem conseguir falar ele me olha procurando machucados e vê aquele quimono agora sujo mas nada de sangue, nada de machucados e por fim para em meus olhos e sorri por debaixo da mascara logo em seguida suspirando.

- não sei a quem devo agradecer por você estar aqui, mas obrigado – fala ele olhando pra cima e depois voltando pra min – você não tem noção do que nos fez passar menina – suas mãos em meus ombros apertam e em seus olhos passa uma sombra de pesar que logo some – mas você está aqui – ele da uma risada baixa – viva e inteira, forte – ele solta uma das mãos do meu ombro e coloca nos olhos – meu kami, você esta bem! – ele tira as mãos do rosto e eu vejo seus olhos molhados mas nenhuma lagrima cai – nossa! – ele grita agora assustado – seu pai, você precisa falar com ele – ele parecia afobado e já ia me puxando para o caminho de onde veio e eu comecei a rir da situação.

- Bom era isso que eu estava tentando fazer, sabe onde ele está? – pergunto sendo puxada por ele e ele assente ainda andando.

- Vamos vou te levar lá – Kakashi continua a andar por corredores e mais corredores escuros até parar numa porta, sinto várias pessoas lá dentro e ele me olha – vou lá dentro chamá-lo, pode esperar aqui? Afinal você não deveria estar aqui – eu assinto e me escoro na parede ao lado da porta enquanto vejo Kakashi abrir a mesma e várias vozes conversando lá dentro, parecia que discutiam algo, ele fecha a porta e eu aguardo.

Alguns bons 5 minutos depois a porta se abre e eu me desencosto da parede ansiosa para ver os olhos verdes do meu pai, mas vejo apenas sarutobi sair de lá, ele me olha e arregala os olhos, passando por minha roupa e voltando aos meus olhos logo depois mudando de surpresa pra um grande sorriso, ele pisca e continua seu caminho para um corredor seguido de três ambus, presto atenção nos mesmos mas eles me ignoram e seguem e sem perceber sinto outra pessoa sair, vejo Kakashi saindo primeiro me olhando e assentindo e depois ele, mascarado ainda, mas eu sabia que era ele, aqueles olhos verdes e aquele chakra, eu sorrio o máximo que posso e parece que ainda falta sorriso pra mostrar minha felicidade, quando ele vira pra min ele petrifica e eu viro a cabeça de lado e pisco com um olho para que ele veja que sou eu mesma, e sou arrebatada por seus braços apertados, sua mascara se foi tão rápido quanto o abraço chegou, sinto as lagrimas dele caírem sobre meus ombros e o aperto forte, ficamos assim por um tempo ate eu sentir que ele se acalmou um pouco e sem me afastar eu falo – estou aqui pai, está tudo bem – e o aperto em meu abraço sentindo ele fungar e logo se afastar um pouco para me olhar nos olhos.