𝐕𝐈𝐈 - 𝐅𝐫𝐚𝐠𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐝𝐢𝐝𝐨

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Indra subiu de volta em seu cavalo e partiu em direção à aldeia. Assim que chegou, alguns moradores o cumprimentaram antes de voltarem aos seus afazeres. Logo, ele se deparou com seu irmão saindo de casa.

— Que bom que voltou, nee-san! — O garoto sorriu de forma singela ao passar pelo irmão.

Embora a relação entre eles estivesse desgastada há muito tempo, Ashura ainda insistia em chamá-lo assim, mantendo o hábito de infância.

— E onde você está indo? — Indra perguntou, observando o irmão com curiosidade.

— O pai pediu para eu dar uma olhada nas fronteiras da aldeia — Ashura respondeu, pronto para sair.

— Ashura... Se cuida... — A voz de Indra soou mais séria, quase como um aviso.

— Eu não sou mais uma criança, você não precisa me lembrar disso toda vez. — Ashura respondeu com um toque de impaciência, antes de se virar e continuar caminhando.

Indra permaneceu observando o irmão se afastar, um pressentimento estranho lhe corroendo por dentro. Algo parecia errado, mas ele preferiu não comentar nada, atribuindo a sensação aos seus próprios pensamentos. Ele desmontou do cavalo e o guiou pelas rédeas até o estábulo da aldeia.

Assim que chegou, o zelador do estábulo chamou sua atenção com um aceno, como se quisesse falar algo. Indra estranhou o comportamento do homem, mas, mesmo assim, deixou seu cavalo amarrado e se aproximou do redondel onde o zelador estava apoiado na cerca.

— Isso não te lembra algo? — O homem apontou para seu pai e para a garota que rodava o redondel, galopando com sua égua.

Por um instante, Indra quase jurou ter visto sua mãe no lugar dela. Apesar de ser a primeira vez que aquilo lhe ocorria, ele sempre havia notado que a garota tinha um comportamento que o fazia lembrar de sua mãe, especialmente agora que estavam mais próximos. Era como se ele tivesse voltado ao passado por alguns milésimos de segundo...

— O que eles estão fazendo? — Indra perguntou, intrigado.

— Ele está tentando fazer a garota ter confiança para atacar enquanto ainda estiver montada, para não precisar desmontar toda vez que encontrar um inimigo — explicou o zelador.

— Mas achei que o estilo dela só permitisse atacar parada — Indra comentou, com uma sobrancelha arqueada.

— O Shoton abre um leque de possibilidades para seus usuários, e seu pai quer extrair o máximo dessa possibilidade. Ele vai recomeçar o treinamento da garota, mas dessa vez em cima de seu animal — respondeu o zelador, olhando atentamente para a dupla no redondel.

— Por mais que eu não tenha muito conhecimento do Estilo Cristal, acho que será uma boa estratégia — Indra ponderou, observando o treino com mais atenção.

— Ela lembra muito a sua mãe, não digo em características físicas, mas sim em personalidade — o zelador comentou, com um sorriso nostálgico.

— Demais... É incrível como as personalidades são idênticas — Indra concordou, sua expressão se suavizando por um momento.

— Mantenha a garota por perto. Garanto que não irá se arrepender — aconselhou o zelador, com um tom de sabedoria.

— Como se daqui a um ano ela fosse embora... O pai dela jamais vai me deixar visitá-la — Indra respondeu, um pouco cético.

— Sei que Asher deve estar com segundas intenções, e não sei se você se lembra, mas seu teste e o do seu irmão são ano que vem — o zelador alertou.

Indra continuou calado, observando Futami elogiar a garota, que claramente mostrava desconforto. Não estava acostumada a receber tais elogios, apesar de ser princesa de um reino importante. Ela saiu do redondel ainda montada em sua égua, acompanhada de Hagoromo e Futami.

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⏰ Última atualização: Nov 07 ⏰

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━━━𝐂𝐮𝐦𝐩𝐫𝐢𝐧𝐝𝐨 𝐍𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐏𝐫𝐨𝐦𝐞𝐬𝐬𝐚- 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘤𝘢𝘳𝘯𝘢𝘵𝘪𝘰𝘯𝘴Onde histórias criam vida. Descubra agora