Rodrigo, mergulhado em um banho revigorante, é abruptamente puxado de volta à realidade pelo toque insistente do seu telefone. Ele alcança o aparelho, enxugando rapidamente as gotas de água antes de atender. É Vicente, seu segurança pessoal, com notícias que fazem seu coração acelerar.
"Iza está a caminho de Porto Alegre", Vicente diz, sua voz grave ecoando na linha. "E ela não está sozinha. Trouxe uma amiga."
Um sorriso se forma nos lábios de Rodrigo. Ele estava esperando por isso. "Ótimo", ele diz, a alegria evidente em sua voz. "Estou feliz que ela esteja vindo."
Vicente, sempre o cético, não consegue evitar o sentimento de desconfiança que se instala. Ele conhece Rodrigo bem o suficiente para saber que ele tem um plano. E, geralmente, esses planos não são bons para quem está do outro lado.
"Você está tentando dificultar a vida dela, não está?", Vicente pergunta, a suspeita clara em sua voz.
Mas Rodrigo apenas ri, o som ecoando no banheiro de azulejos. "Não,..
Apesar de sua natureza vingativa, Rodrigo tinha um plano diferente para Isadora. Ele não queria machucá-la, mas sim tirá-la do sério. A ideia de provocar uma reação nela, de vê-la fora de equilíbrio, de alguma forma, o atraía. Mas havia uma linha tênue entre provocação e paixão, e Rodrigo estava dançando perigosamente perto dela.
Em um dia particularmente agitado, Rodrigo se encontrou novamente ao telefone com Vicente. "Não a chame de 'Iza', Vicente", ele repreendeu, a irritação clara em sua voz. "Seu nome é Izadora. Você não é íntimo dela para chamá-la assim."
Vicente, pego de surpresa pela repreensão, rapidamente pediu desculpas. "Perdão, senhor", ele disse, sua voz contendo um leve tremor. "Não quis ser inoportuno."
Rodrigo suspirou, passando a mão pelo cabelo. "Tudo bem, Vicente", ele disse, sua voz mais suave agora. "Só... lembre-se disso da próxima vez, ok?"
E com isso, eles encerraram a ligação, cada um com seus próprios pensamentos e sentimentos para lidar. A complexidade da situação estava apenas começando a se desdobrar.
Desculpe pela confusão anterior. Vamos corrigir isso.
Rodrigo, ainda perdido em seus pensamentos, passou mais tempo no chuveiro do que o habitual. A água quente caía sobre ele, mas sua mente estava longe, repleta de planos e possibilidades. Finalmente, ele desligou o chuveiro, se secou e se vestiu, ainda com um sorriso animado no rosto.
Ao descer as escadas, ele encontrou a mesa de jantar em silêncio. Paulo estava lá, mas ao contrário do habitual, ele estava comendo muito pouco, quase nada. A quietude era quase palpável.
Rodrigo, sentado à mesa de jantar, quebrou o silêncio com uma pergunta direta para Paulo, seu filho. "Como estão as coisas entre você e Sofia?", perguntou.
Paulo, claramente frustrado, retrucou. "Por que você sempre se mete na minha vida, pai? Eu já disse que eu e Sofia não temos mais nada."
Rodrigo ficou surpreso com a dureza da resposta de Paulo. "Por que você pega tão pesado? Eu só quero o seu bem. Além disso, Sofia é filha de um grande amigo meu e seria bom se as empresas se juntassem."
Paulo olhou para o pai, indignado. "Pai, nem tudo é a base de dinheiro. Por favor, pare de se meter na minha vida. Eu não sou mais uma criança, e nenhum dinheiro no mundo compra a minha felicidade."
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E que o Tempo faça.
Любовные романы_____E QUE O TEMPO FAÇA.______ Izadora e Izabella, gêmeas de 23 anos, são tão diferentes quanto duas pessoas podem ser. Izabella é a calma, criada por seu tio Valter, tornou-se uma pintora. Ela é humilde, gentil e tranquila. Prefere a paz à confusão...