Capítulo 29

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No provador, ela vestiu rapidamente um vestido simples. Com o tempo contado para retornar ao evento, não havia espaço para demora. Saindo do provador, o vestido simples complementava sua beleza natural.

Ele, que estava à espera, olhou para ela e perguntou de repente: "Quantos anos você tem?"

Surpresa com a pergunta direta, ela respondeu sem hesitar: "Tenho 23 anos."

Em seguida, encarou-o e retribuiu a pergunta: "E você?"

Ele foi pego de surpresa, mas manteve o contato visual. O silêncio entre eles era palpável, criando uma tensão que preenchia o ar. Ela manteve o olhar firme, aguardando a resposta.

Ele, ainda mantendo o contato visual, respondeu: "Vou fazer 46 ao final do ano." Apesar da idade, parecia bem conservado, o que era notável.

Ela, aproveitando a oportunidade, questionou: "Por que você é assim? Egoísta, grosso e prepotente?"

Ele, com um olhar desafiador, viu o insulto e retrucou de forma grosseira. A tensão entre eles aumentou, mas ela manteve a postura, pronta para enfrentar qualquer coisa que viesse a seguir.

Rodrigo, com a expressão endurecida, rebateu: "Por que você está sendo idiota me insultando?"

Ela, sem se abalar, respondeu: "Porque tem horas que você é gentil e parece ser um humano, mas tem horas que só Deus..."

O clima entre eles estava tenso, mas ela não recuou.

De forma grosseira, ele retrucou: "Você não sabe de nada."

Ela, sem perder a calma, respondeu: "Não sei e nem quero saber. O melhor seria tentarmos nos dar bem, já que agora somos sócios e vamos ter que nos aturar."

Acabando com a paz, Rodrigo falou: "O melhor seria se você aconselhasse sua irmã a se afastar de Paulo." Ele inventou uma mentira esdrúxula, alegando que seu filho só faria a irmã dela sofrer.

Grosseiramente, ela respondeu: "Isso é entre eles. Se você se meter com minha irmã, eu farei você pagar caro."

Rodrigo, em uma tentativa de provocá-la, a chamou de fraca. "Você não tem garganta para lidar com o que eu posso fazer," disse ele, com um sorriso arrogante no rosto.

Izadora soltou uma gargalhada e começou a caminhar em direção à porta. Ele, confuso com a reação, veio atrás e perguntou: "Qual a graça?", pegando-a pelo braço.

Ela, de repente, gritou em sua cara: "Me solta, seu verme!" Rodrigo, indeciso, a prendeu pela cintura e tentou beijá-la. Ela cravou as unhas nele, o empurrou e saiu correndo.

Izadora estava horrorizada, e a ideia de ter gostado do beijo era o que mais a irritava. Ela se sentia confusa e perturbada, mas sabia que tinha que manter a cabeça fria para lidar com a situação.

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