E que o Tempo faça.

Capítulo 5

Algumas semanas após o incidente na mansão, Izabella estava passeando pelo parque local para se distrair. Ela estava admirando as cores vibrantes das flores quando, de repente, esbarrou em alguém.

"Desculpe, eu..." Ela começou, mas parou quando viu quem era. Era Paulo, o filho de Rodrigo que ela havia manchado de tinta.

Paulo parecia surpreso, mas logo um sorriso amigável apareceu em seu rosto. "Izabella, certo? Que surpresa te encontrar aqui."

Izabella corou, lembrando-se do incidente embaraçoso. "Sim, eu... Sinto muito novamente pelo que aconteceu naquele dia."

Paulo acenou com a mão, dispensando o pedido de desculpas. "Não se preocupe com isso. Na verdade, eu queria te agradecer."

Izabella franziu a testa, confusa. "Agradecer? Por quê?"

Paulo riu. "Porque você me fez ver o quanto meu pai pode ser insensível às vezes. E também... eu acho que foi um bom gelo quebrado entre nós, não acha?"

Izabella riu, sentindo-se aliviada. "Sim, eu acho que foi."

Os dois passaram o resto da tarde juntos no parque, conversando e rindo. Eles descobriram que tinham muito em comum e a tensão do passado pareceu desaparecer. No final do dia, eles prometeram se encontrar novamente, marcando o início de uma nova amizade.

Eram 18:00 em ponto quando o telefone de Izadora começou a tocar. Ela olhou para o visor e viu que era Alice, sua amiga e gerente da confeitaria que ela possuía.

"Izadora, temos um problema," Alice disse assim que Izadora atendeu. Sua voz estava tensa, o que imediatamente fez Izadora sentir um nó no estômago. "Os acionistas da empresa convocaram uma reunião. Parece que alguém comprou parte das ações de sua tia Mirian."

Izadora sentiu como se o chão tivesse sido arrancado de debaixo de seus pés. As ações de sua tia Mirian eram uma parte significativa da confeitaria. Se alguém as tivesse comprado...

"Eu... eu entendi, Alice," Izadora conseguiu dizer, sua voz tremendo. "Eu estarei aí o mais rápido possível."

Ela desligou o telefone e olhou para seu tio Valter e sua irmã Izabella, que estavam sentados na sala de estar. Ela explicou a situação para eles, tentando manter a calma.

"Eu preciso voltar para a confeitaria," ela disse, tentando parecer confiante. "Mas eu prometo que voltarei logo."

Seu tio Valter a abraçou, dando-lhe palavras de encorajamento, e Izabella prometeu cuidar de tudo enquanto ela estivesse fora. Com um último adeus, Izadora saiu, pronta para enfrentar o que quer que estivesse esperando por ela na confeitaria.

Depois de explicar tudo para seu tio Valter e sua irmã Izabella, Izadora pegou o telefone e discou o número de sua tia Mirian. Ela estava furiosa e precisava de respostas.

"Mirian, o que você pensa que está fazendo?" Izadora perguntou assim que sua tia atendeu. "Eu acabei de descobrir que você vendeu suas ações da confeitaria!"

Sua tia deu uma risada seca. "Eu precisava do dinheiro, Izadora. E você está se saindo bem sem mim, não está?"

Izadora ficou atordoada. "Mas você é rica, Mirian! Você não precisava do dinheiro. Por que você faria isso?"

A tia não deu uma resposta satisfatória e Izadora desligou, mais furiosa do que nunca.

No dia seguinte, Izadora estava em um voo para o Rio de Janeiro. Seu voo atrasou e ela chegou ao Rio faltando apenas alguns minutos para a reunião na confeitaria. Ela pegou um táxi do aeroporto e foi direto para a confeitaria "IZZAS", o lugar que ela havia nomeado e amado.

Ela chegou E estava determinada a resolver as coisas, não importava o que custasse.