Guia de como beijar garotos.

Capítulo 09; Guia de como lidar com idiotas.

De volta para os Snape.

*:..｡o○★○o｡..:*

Severus se remexeu no banco do carro com ansiedade, seria a primeira vez que ele iria ao Beco Diagonal com seu pai, outros dois carros seguiam com eles um atrás do outro, era os Evans em um carro e o carro de Klaine com os outros amigos de seu pai. Eles que haviam dado a ideia ao saberem que Severus tinha um encontro, dois atrás, Lockhart havia lhe mandado uma carta para perguntar quando os dois poderiam se encontrar.

O moreno honestamente falando, havia se esquecido completamente do loiro, ele tinha muitas outras para pensar e muitas coisas para pesquisar.

Porém, com a distração da chegada da carta de Lockhart e a da escola chegando juntas, o amigo de seu pai, Tyler, sugeriu que eles poderiam ir comprar os matérias com a lista que estava anexada e Severus mais tarde poderia se encontrar com o garoto, ele ficou claramente constrangido, pois seu primeiro encontro na vida, seria assistido por seu pai e seus amigos de longe.

Por algum motivo, seu pai não gostou de Lockhart e disse que estaria por perto caso alguma coisa desse errado.

Essas palavras acalmaram um pouco sua ansiedade, mas não o bastante para evitar o constrangimento de ter seu encontro sendo assistido por seu pai e os amigos deles. Ele sentia que isso ainda podia voltar para morde-lo na bunda.

Se sentindo nervoso com o silêncio no carro com seu pai, Severus ligou o rádio e começou a tocar Queen, Bohemia Rhapsody, uma música que foi lançada naquele ano e Severus não pode ouvir ainda apesar de adorar a banda e ouvi-los escondido desde que os descobriu.

Isso é vida real?
Isso só é fantasia?
Preso em um desmoronamento
Sem escapatória da realidade
Abra seus olhos
Olhe para o seu e veja

Severus franziu o cenho e olhou a paisagem passar do lado de fora, seu pai tinha a mesma expressão pensativa ao seu lado ouvindo a música.

Eu sou um pobre garoto
E não preciso de compaixão
Porque eu sou fácil de lidar
Alto nível
Baixo nível
Vou para onde o vento me soprar
Não importa para mim
Para mim

O som de piano encheu o carro e Severus não pode deixar se conciliar sua antiga vida com esse trecho da música com sua vida atual. Era muito parecido e ao mesmo tempo diferente.

Mamãe, acabei de matar um homem
Coloquei uma arma na cabeça dele
Puxei o gatilho, agora ele está morto
Mamãe, a vida tinha acabado de começar
Mas agora eu me perdi, joguei tudo fora

Severus sentiu um arrepio com isso, uma sensação de mal estar e amargo surgiu na boca de seu estômago, seu pai parecia estar sentindo a mesma coisa, mas nenhum dos dois tiveram coragem de mudar a música.

Mamãe! Ooh!
Não foi minha intenção fazê-la chorar
Se eu não estiver de volta a esta hora amanhã
Siga em frente, siga em frente
Como se nada realmente importasse

Com isso, Severus engoliu em seco, ele não estava entendendo quais eram aquelas sensações que estava sentindo, era confuso e ao mesmo tempo familiar.

Tarde demais, chegou minha hora
Sinto arrepios descendo em minha espinha
O corpo dói o tempo todo
Adeus a todos
Eu tenho que ir
Tenho que deixar todos vocês para trás
E encarar a verdade

Severus ofegou baixinho ao finalmente entender aquela letra, era uma carta de suicídio implícito.

Mamãe! Ooh!
(Para onde o vento soprar)
Eu não quero morrer
Às vezes eu gostaria de nem ter nascido!