Nath
como pode? eu só consigo pensar nisso. como pode uma pessoa ser tão bondosa assim?
na noite de sexta eu pensei muito, mas muito mesmo sobre se eu devia ou não aceitar a trabalhar com a prima da sara, porem a única coisa que me restava era minha era minha honra e isso eu jamais negociaria, então, aceitei meu destino e decidi deixar o pequeno apartamento. sara disse que eu posso passar uma noite com ela, mas apenas isso pq seu marido não gosta que ninguém vá lá. Na faculdade não tenho intimidade com ninguém para pedir um favor desses e agora me encontro aqui, prestes a entregar a chave de onde por muito tempo considerei um "lar" e vejo ele, quem era para ser apenas meu professor, mas ele mais uma vez tentando me ajudar genuinamente e meu cérebro racional diz para eu deixar de ser tão orgulhosa e aceitar ajuda, porem outro lado diz para eu ser forte e aguentar mais essa, na verdade eu estou cansada de tudo isso de ser forte e aguentar sozinha. olho em seu olhos azuis como o oceano e vejo como ele apenas quer ser bom e pela primeira vez eu deixo.
-Tudo bem -ele sorri discretamente. -Mas eu te pago, com juros.
Volto até onde está seu abimael e explico a situação para ele, que mesmo com o dinheiro em mãos fica irredutível e nega.
-Como não? -fico indignada.
-cansei, foram anos e anos assim. Não dá mais!
-mas está tudo aqui. -suplico.
-não importa, não da mais.
Ele sai me deixando desamparada mais uma vez. massageio a têmpora como se isso desse clareza para minha mente pensar em algo. mas ela só dizia "oque eu faço agora?" por um segundo esqueci a presença de Marcus, que apenas tentou me ajudar.
-eu agradeço. -coloco minha mochila nas costas. -mas eu não tenho escolha.
Marcus pega meu saco preto com tudo que tinha dentro me deixando confusa.
-o que está fazendo?
-você não vai ficar sozinha. -responde me deixando só no pequeno corredor.
-não, Sr Alonzo eu não posso eu.. -joga minhas coisas no porta malas de seu carro.
-Pode sim e vai. -abre a porta pra mim. -na minha casa a gente resolve o que fazer.
não tinha escolha melhor então aceitei.
apesar dele ter dito que resolveríamos isso, não resolvemos. assim que deixou minhas coisas em sua casa saímos para faculdade, já que ele trabalhava lá e eu estudava. Logo depois fui para meu serviço e com vergonha, às 22h voltei para sua casa. Levo minutos até criar coragem e bater em sua porta.
-chegou na hora certa. -disse deixando a porta aberta para que eu entrasse. -A pizza acabou de chegar.
sem dizer nada sentei ao seu lado na mesinha de centro da sala para que comecemos. Não havia reparado, mas não comi nada o dia todo, por tanto estava faminta.
Espero que não se importe de estarmos comendo aqui, mas eu tirei algumas bagunças do quarto de hóspedes.
-sobre isso, eu só vou passar essa noite aqui e amanhã eu me viro e..
-de forma alguma -me interrompe. -você pode ficar pelo tempo que precisar, até se arrumar na vida.
-Sr alonzo não posso..
-nossas conversas vão ser apenas sobre você não poder aceitar ajuda? -morde sua pizza. -relaxa, fica tranquila que agora você não está mais sozinha. E por favor me chame de Marcus, sr alonzo me lembra meu pai.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Aulas de amor
Short StoryNatasha se vê mais uma vez perdida e ferrada na vida ate conhecer Marcus, seu professor particular. o amor pode estar onde menos se espera.