alice

628 41 1
                                    

Eu tentava negar a mim mesma que eu não amava mais ele, mas quem eu tava tentando enganar?

Vt: filha eu sei que não posso fazer nada a respeito do que aconteceu, você é adulta e sabe o que deve fazer, saiba que estarei ao seu lado te apoiando sempre, mas o que o lc te contou é verdade, eu fiquei sabendo no tempo,  ele estava quase entrando em depressão quem o salvou foi o trabalho e a mãe dele.

Vt: você tem todo o direito de não perdoar ele, mas somos humanos e todo mundo erra, ele está se mostrando arrependido, ele invadiu um morro inimigo sem medo e com poucos homens, por causa de você minha estrelinha. Pense nos seus filhos minha filha.

Eu tava confusa de mais, então subi para meu quarto e chorei, chorei pensando no que ele me falou a seis meses atrás, o que a minha antiga sogra me falou, e o que ele me falou agora, eu queria muito ver o Biel mesmo depois de tudo que aconteceu eu nunca esqueci dele, eu amava ele como um filho meu, chorei tanto que nem vi a hora que eu dormi.

Acordei no outro dia, mas disposta, eu iria encarar esse problema de frente, não adiantava ficar esperando. Me levantei, tomei banho, fiz minhas higiene pessoal, e fui tomar café da manhã, depois de tomar meu café subi para meu quarto de novo para escovar os dentes.

Passei de frente ao espelho e imaginei meu bebês no meu braço e o Biel do meu lado.

Eu: pai, eu pensei muito e irei resolver logo isso, vou ver como ele está no hospital.

Vt: você está fazendo o certo minha estrelinha, faça o que seu coração manda, mas não se torne o que eu e nem ele quer para você. Nós te amamos muito.

não estava entendendo meu pai o porquê de ele defender tanto o lc, se eles são inimigos, mas deixa para lá.

Eu: tou indo papai, tchau.

Me despedi com um abraço e fui descendo o morro, cheguei no hospital e me deu um frio na barriga, eu queria me acovardar, mas não podia me esconder por mais tempo.

Então adentrei o hospital a procura dele.

Eu: estou a procura do paciente que deu entrada aqui ontem, desmaiado com um tiro na perna.

Xxx: só um momento... Ele está no quanto 14.

Eu: obrigada.

Subi para o quarto que ele estava, mas parei para escutar a conversa.

xxx: ele ama mesmo essa Alice, só fica a chamando e pedindo perdão...

Xxx: ela deve ser muito burra olha que homem gostoso e ainda por cima é dono do morro, se ela não quer ele, eu vou fazer de tudo para ele me querer.

xxx: para de conversa fiada Ana, e vai cuidar dos outros pacientes, você deveria ter vergonha na cara, o homem ama essa menina e você aí se oferecendo que nem uma..., não irei terminar de dizer o que pensei por respeito ao local que eu trabalho.

Bati na porta e entrei.

Eu: bom dia! Qual o estado do paciente?

Xxx: bom dia, eu sou o doutor Éder.

Se apresentou.

Eu: sou Alice.

Éder: o paciente passou por uma cirurgia para a retirada da bala, e agora ele está bem, está sob efeito da anestesia e delirando mas, isso é normal.

A mulher que estava do lado do médico, que eu acredito ser enfermeira, ficou me olhando com inveja mas nem ligo.

Éder: a senhorita irá ficar com ele?

Eu: sim, irei ficar com ele.

dono do morro Onde histórias criam vida. Descubra agora