xxii. QUARTA FEIRA

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só ia postar na quarta, mas decidi q, por ser um capítulo longo com muito para processar, lançarei hoje!



A campainha tocava freneticamente, eu olho para o lado e vejo o Otávio apagado, ele estava só de cueca, então cobri ele até a cintura e, como eu estava nua, coloquei um moletom dele e um short de pijama que estava jogado pelo chão do quarto enquanto tentava lembrar se eu tinha convidado alguém para a minha casa, minhas aulas de hoje tinham sido canceladas, será que era a Raissa querendo colo? Mas para que ela ia querer colo essa hora da manhã?

Abri a porta e senti meu corpo gelar. Fodeu.

— Você esqueceu que nós vínhamos? – Perguntou minha mãe sorrindo, enquanto estava acompanhada do meu pai.

— Vocês deviam ter me avisado que vocês estavam vindo.

— Ué, por quê? – Perguntou meu pai.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, as feições demonstradas por eles dois no segundo seguinte explicaram por mim.

— Lu, quem tá aí? – Escutei a voz do Otávio, olhei para trás lentamente e vi o menino de cueca sem a mínima vergonha em pé bocejando.

— Meus pais – Respondi quase em um sussurro, não tinha mais o que fazer.

— É, entendi agora porque eu devia ter avisado – Minha mãe murmurou – Se vistam, a gente encontra vocês na portaria.

Eu fechei a porta e olhei para o meu namorado, nós dois passamos no mínimo trinta segundos imóveis olhando um para o outro e gritando internamente, eu e ele estamos na pica.

— Não foi uma boa primeira impressão, né?

— Definitivamente não.

— Ainda tenho uma chance?

— Espero que tenha.

— Tem a chance de eu não ter mais chance?

— Sempre existe essa possibilidade.

— Vou me matar.

— Vamos ser o Sid e a Nancy então.

Decidimos parar o nosso bate e volta sobre a situação e fomos nos arrumar, demoramos no máximo dez minutos, eu usava um short-saia jeans de lavagem escura e uma regata azul céu, enquanto ele colocou uma calça jeans, também de lavagem escura, e uma blusa básica do mesmo tom de azul da minha regata. Ele tirou uma foto nossa no espelho antes de descermos porque estávamos combinando, depois disso, descemos o elevador e encontramos meus pais com uma cara péssima no local em que eles falaram que iam estar.

— Pai, Mãe, esse é o Otávio, meu namorado – Falei e ele estendeu a mão para apertar a dos meus pais, que foram educados e apertaram.

— Nós estávamos planejando tomar café da manhã, mas como vocês demoraram para acordar, acho que devíamos almoçar – Minha mãe diz.

— Como foi a viagem? – Mudei de assunto.

— Cansativa, como sempre.

— E como a Luíza tá?

— Na faculdade, alguém tem que estudar para me bancar quando eu ficar velha – Minha mãe disse com um tom distante.

— Como está a sua faculdade, filha? – Meu pai perguntou.

— Boa, tenho me saído bem, como sempre.

— Não é como se seu curso fosse tão difícil então não tá fazendo mais do que sua obrigação.

jorge maravilhaOnde histórias criam vida. Descubra agora