Traitor

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Agradeci quando os meninos saíram do porão e o vi descendo as escadas.
Quando escutei o outro resmungando, me virei em sua direção. Sorri minimamente.

Seus olhos se abriram e rapidamente o pavor se manifestou.

Ele tentou mexer as mãos, mas viu que estavam presas com algemas, igualzinho seus tornozelos e em seu pescoço havia uma choker apertada para que ele não conseguisse abaixar a cabeça.

Dei um jeito de tapar sua boca também.

Era icônico.

Tirei meu roupão de seda e deixei-o no chão. Desfilei até a cadeira de frente para ele e sentei no colo nu de seu amigo.

Rebolei devagar em seu manto duro feito rocha e suas mãos foram para a minha cintura. Escutei seus gritos abafados em minhas costas e sorri.

- Não é satisfatório, o karma? - Perguntei de costas para ele.

Beijei a carnuda boca do homem embaixo de mim e desci até seu pescoço. Senti um tapa em minha nádega e ri.

Segurei seu pau e encaixei na minha entrada. Rebolei devagar, quiquei, rebolei, quiquei, rebolei.

Apertei seu pau dentro de mim e chupei sua língua. Meus peitos foram chupados e fui com mais força em seu colo.
Comecei a gemer alto, gritando seu nome e sentando como nunca.

Senti que gozaria e aumentei o ritmo. Avisei que já estava quase. Arranhei seus ombros e colei minha testa na sua quando minhas paredes internas foram fechando e finalmente cheguei ao orgasmo.

Puxei seu cabelo e beijei-o loucamente enquanto seu líquido me preenchia.

Comecei a gargalhar e saí de cima do homem que ainda estava disposto a mais um round. Revirei os olhos e catei meu roupão, vestindo o mesmo em seguida.

Andei até a penteadeira disposta ao lado de uma cama king size e contornei meus lábios com o batom vermelho que estava ali. Fiz um biquinho para o meu reflexo no espelho e caminhei até o homem preso feito um animal.

- Gostou do que viu, meu amor? - Passei minhas unhas em seu abdômen nu e o senti estremecer. - O quê? Quer falar alguma coisa? - Cheguei meu ouvido perto de sua boca com uma fita. Ri com escárnio.

Enfiei a mão no bolso esquerdo e peguei uma navalha conhecida. Ele subitamente arregalou os olhos e começou a ofegar. Franzi o cenho, confusão estampada em meu rosto.

- O que foi? Por que ficou assim de repente? - Passei delicadamente o objeto por sua maçã. Desenhei seus lábios e nariz.

Seu amigo já tinha se mandado.

Homens.

Puxei com brutalidade a fita que estava em sua boca, e logo fui atacada verbalmente.

- Você é louca! - Urrou. - O que caralhos você tem na cabeça? Sua doente! - Meu peito se aqueceu.

- Louca? - Soltei um muxoxo - Você não viu nada, baby.

Peguei a navalha e a pressionei contra sua bochecha. Ele tentou me morder, mas eu desferi um tapa do outro lado de seu rosto e segurei-o com a ponta das unhas, cravando-as em sua mandíbula.

- Não era você o foda, o macho que sempre tinha o controle? - Fiz mais um rabisco em sua maçã. - Que coisa feia, sendo infiel na véspera do nosso noivado. Com a nossa madrinha! Que feio.

Passei a língua pelo líquido rubro que escorria de sua bochecha e ia espalhando pelo pescoço. Limpei tudo, ou tentei.

Apertei seu pau duro contra minha palma e me surpreendi.

- Você fica terrivelmente gostosa assim - sussurrou contra meus lábios - não imagina a vontade que eu sinto de te foder nessa parede - suspirei.

- Seu cafageste! - Sorri.

Soltei seus braços, tornozelos e pescoço.

Ele me agarrou com desespero e grudou nossos lábios com força.

Suas mãos passaram por baixo das minhas coxas e peguei impulso para que ele me levantasse e rodeasse minhas pernas ao redor de sua cintura.

Minhas costas bateram com força contra a parede fria e eu gemi baixinho.

- Olha o que você fez no meu rosto, cadela! - Me enforcou e meteu um tapa forte no meu rosto.

- Ninguém mandou comer minha prima! - Soltei de volta.

- Quer que eu me desculpe? Sentou no meu amigo de infância bem na minha frente - falou contra minha boca.

- E foi bom pra caralho - seu pau me invadiu de uma vez e eu gritei, cravando minhas unhas afiadas em suas costas.

- Ninguém nunca vai te foder como eu fodo. Ninguém nunca vai te dar tanto prazer ao ponto de desejar isso e só isso como eu - falou em alto e bom tom no meu ouvido enquanto metia sem dó.

O barulho da sua virilha batendo contra a minha, pele contra pele, gemidos baixos, respirações ofegantes e o cheiro de sexo espalhado pelo porão só deixava tudo mais quente.

- Nenhuma buceta velha e alargada vai sugar seu pau igual a minha, nenhuma vai te apertar e te mastigar como a minha, e você nunca vai provar chá melhor que o meu. - Declarei olhando em seus olhos.

Sua cabeça bateu em meu ventre e por segundos eu vi estrelas. Mordi seu ombro e grudei mais ainda nossos corpos. Senti o prazer vindo e antes de chegar ao ápice:

- Seu filho da puta, não sabe o quanto eu te odeio! - E despejei todo o meu ódio pelo seu pau, que logo correspondeu.

Deitei minha cabeça em seu peito e senti seu queixo apoiado no topo da minha cabeça.

E só por uns minutos, só por uns minutinhos posso esquecer que ele é um puto de um traidor.

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