Onde Lewis Hamilton descobre que ter filhos é mais que um presente, e sim uma dádiva fantástica na vida. E que para ver alguém sorrir todos os dias, precisa ser bem mais cuidadoso nas pistas.
Ou
Onde Lewis Hamilton paga com a língua e descobre que t...
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Madri, Espanha 2021
Lewis batia seu pé no chão rapidamente, sinal claro que ele estava ansioso. Brunna não era diferente, sentia que a qualquer momento poderia ter uma parada cardíaca com a sua ansiedade e a dele. Era sufocante.
— Céus, abra logo isso! — Brunna diz impaciente, vendo que o piloto não queria abrir. — É só um envelope, não vai te matar.
— E se eu não for bom o bastante pra ser pai? — Ficou inseguro.
— Você está grudado nela desde o GP da Espanha, teve tempo o bastante para aprender.
— E se ela não me aceitar?
— Ela te ama, babaca. — Revirou os olhos.
— E se der negativo?
— Quer deixar de "e se" e abrir esse envelope logo?
— Eu acho que não consigo abrir. Quer ver primeiro? — Lewis olhou o papel com o emblema da clínica e depois para Brunna.
— Me dê isso! — Pegou o envelope das mãos dele e abriu, começando a ler o resultado do teste.
Não conseguiu segurar o sorriso ao ver que a compatibilidade entre Lewis e Ana Laura era de 99,9%. Ele era o pai. Não que ela tivesse alguma dúvida sobre isso.
— É, oficialmente Roscoe foi promovido a irmão mais velho.
— Jura? — Pareceu surpreso. — Ó, céus, eu sou oficialmente pai de menina. Caramba! — Sorriu, passando as mãos nas tranças. — Como vamos contar pra ela?
— Acho que você vai me odiar agora. Uma vez ela me perguntou quem era o papai dela, eu respondi que era você, porém, que você não sabia.
— Está me dizendo que ela sabe que eu sou o pai dela? — Arregalou os olhos.
— Acha que ela fica toda nervosinha perto de você por qual motivo? — Debochou. — O sonho dela é gritar aos quatro cantos que o pai dela é sete vezes campeão mundial de fórmula 1.
— Agora ela pode fazer isso. E sem querer me gabar, em breve oito vezes. — Falou com confiança.
— Você é tão convencido!
— E você é tão chata! — Jogou uma almofada do sofá no rosto da mulher. Brunna estava pronta para rebater, mas a voz doce da sua filha não deixou.
— Bom dia, mamãe! — Descia as escadas devagar, com uma mão no corrimão e a outra coçando seus olhos.
— Bom dia, meu amor! — Sorriu, vendo sua filha com o pijama da pantera cor de rosa.
— Bom dia, Darling! — Lewis falou, fazendo Laura despertar do seu sono e arregalar os olhinhos ainda inchados.
— Lew! — Correu e se jogou no colo do piloto, que acabou sorrindo largo.
