stacy's brother ; minsung

02

- e por último... jisung e minju. - gritos e assobios eram ouvidos de todos os lados da sala. o professor tinha mesmo que colocar nos dois como dupla? isso só vai alimentar os rumores.

nunca duvidei que o professor de biologia era um fofoqueiro

quer dizer, eu também não posso reclamar. vai ser um motivo para ir na casa dele sem ter que pular uma janela ou entrar pelos fundos.

- parece que é de propósito. - ela disse, olhando para mim, já que sua mesa era ao lado da minha, e eu concordei. - pelo menos você vai conhecer minha casa!

ai minju, se eu te conto...

ri baixinho e concordei com a cabeça. senti o olhar de minho sobre mim, e quando olhei, ele me encarava sorrindo provocativo. sorri de volta, tentando ao máximo disfarçar.

- ah, não liga muito pro meu irmão... ele provavelmente vai estar lá em casa. se ele te encomodar me avisa. - rimos juntos, mas por motivos completamente diferentes.

- é o minho, né? fazemos basquete juntos, mas não conversamos muito. - "jisung, o vencedor de mentiras improvisadas."

- ele mesmo. ah, umas 15 horas está bom? vou te mandar a localização. - concordei e voltei a prestar atenção na aula, esperando ansiosamente pelo horário do almoço, mesmo que depois tivesse mais alguns periodos.

[...]

- nossa minju, sua casa é muito linda. - disse assim que ela abriu a porta para mim, tentando parecer surpreso.

- obrigado ji! vem, vamos para meu quarto.

ela agarrou meu braço e me puxou para as escadas que já estava acostumado a ver.

era estranho fingir que não conhecia aquele lugar, quando na verdade eu já tinha ido ali incontáveis vezes, e enquanto ela estava dormindo, eu estava em cima do irmão dela o beijando que nem louco.

ele não estava ali agora. eu sabia disso. ele andava de skate na praça ali perto e depois ia para casa.

- esse é meu quarto! podemos fazer o trabalho na cama. o que você gosta de ouvir? vou colocar no spotify.

- seu quarto também é muito baaonito. - fingi surpresa novamente. - eu gosto de chase atlantic, mas qualquer coisa está bom. sou alternativo para músicas, escuto de tudo.

- ah sério? meu irmão adora eles. eu escuto algumas músicas, vou colocar.

"seu irmão que me apresentou", pensei

- que coincidência. - segurei o riso. - bom, vamos começar. eu trouxe os livros de biologia. vou marcando as partes que acho importante para o trabalho.

- ok, vou ir fazendo o título. acha que a gente escreve em papéis separados ou direto no cartaz?

- papéis separados fica mais bonito. podemos fazer tudo da mesma paleta de cores.

- pode ser. roxo? - assenti, e assim ficamos em silêncio por um tempo.

o único barulho era eu cantarolando as letras baixinho e as vezes o barulho da caneta no papel.

fingi não ver ela desabotoando um dos botões da camisa, logo falando como estava quente naquele dia, mas apenas ignorei

afinal, não estava quente.

fiquei aliviado ao ouvir o barulho da porta ser aberta e um barulho de skate indo a direção ao pátio, onde ele sempre deixava o objeto.

- estou com sede, você também? - pedi, pensando na primeira desculpa que veio na minha cabeça.

- também, vou ir pegar, espera aqui.

- não precisa! eu vou, só... aonde fica? - fui rápido ao dizer.

- ah, tem um filtro do lado da geladeira e os copos nas gavetas logo em cima. - ela disse e eu assenti, saindo do quarto e indo até a cozinha.

peguei um copo e liguei o refil, colocando água gelada em um dos copos.

senti aquelas mãos rodearem minha cintura e sua respiração em meu pescoço.

- "na escola, alguns rumores de que kim minju e han jisung estão namorando começaram a circular"... dessa vez eles foram criativos. - disse bem próximo ao meu ouvido, imitando o que dizia na postagem.

- também achei. talvez na próxima eu tenha que ser um pouco mais cuidadoso em entrar escondido na sua casa, amor. - empurrei minha cabeça para trás, conseguindo ve-lo - quer dizer, bela casa, irmão da minji.

- muito obrigado, amigo da minji. - sorriu e se aproximou do meu pescoço, começando a beijar ali de forma lenta. - como se sente tendo que fingir que nunca veio aqui dar pro irmão da sua amiga?

me virei e dei um tapa fraco em seu braço por conta da última frase e ri baixinho, vendo ele rir também. puxei sua nuca para perto e selei nossos lábios, apertando seus cabelos e sentindo ele apertar minha cintura como forma de revidar. pedi passagem com a língua, sentindo o beijo ficar mais rápido e excitante.

nossos lábios combinavam perfeitamente, e nossas cabeças mexiam de forma sincronizada.

ele segurou minhas coxas e me colocou em cima da bancada, sem parar o beijo, logo voltando a pegar minha cintura, intercalando entre apertar ali e apertar minhas coxas.

- sua irmã ainda está em casa e eu tenho um trabalho para terminar com ela. - empurrei seu peito, nos separando, vendo ele revirar os olhos e sorrir.

desci da bancada e voltei colocar água nos copos.

- vem aqui de noite. você tem a chave, né? - eu assenti.

- depois alguém invade a casa e não sabe por que. - brinquei. ele deu uma risadinha e deixou um último selar na minha bochecha.

terminei de enxer os copos e subi de novo, pensando em uma desculpa no meio do caminho.

- desculpa a demora, acabei derramando água mas já limpei.

- está tudo bem. podia ter me chamado!

- era só água, já limpei. vamos continuar. - ri baixinho, e ela apenas concordou.