Making peace

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CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO ANTERIOR
RENATO

Sabe aquela sensação que fica quando resolvemos algo que havia ficado mal resolvido?

Então, era essa que eu estava sentindo. O peso que havia em minhas costas se foi a partir do momento em que conversei e me resolvi com a Sn.

Mas agora me veio outro, eu poderia até falar que só faltava eu conversar com Leo e resolver tudo, mas parece que eu estou jogando o uno da vida, resolvo um problema aparece mais quatro.

Eu poderia dar ênfase na parte em que Sn me disse que iria voltar pra cidade dela, mas esse é o de menos que eu me preocupo.

Meus problemas começaram desde que fui na floricultura comprar um ursinho de pelúcia e um buquê de rosas para minha mãe.

Que por sinal, aniversário seria amanhã.

O ponto não é este, o ponto é: como que um retweet teve tanta coincidência com uma conversa minha com Sn?

Como que Dhara sabia? Ela estava ouvindo?

Eu tenho tantas perguntas e nenhuma resposta. Sn também está na mesma situação que eu, ela ficou surpresa e em choque com o que leu, não irei criticá-la por isso, eu também fiquei.

— Como assim "ele me dedicou a música Bipolar"? - Ela leu novamente o retweet, as sobrancelhas estavam franzidas e segurava firme meu celular.
— Estávamos agora pouco falando sobre isso e do nada ela posta algo assim? qual a probabilidade?

— Eu também não sei, parece que ela ouviu o que dissemos aqui, não pode ter sido tanta coincidência assim.

Eu mantinha minha atenção em algum ponto fixo do quarto da garota, estava pensando em várias possibilidades para isso acontecer e eu não chegava a nenhuma conclusão.

— E se ela estiver nos vigiando?

Ouvi a pergunta de Sn. Poderia ser uma questão? poderia. Mas eu não poderia ser tão burro assim de trazer algo aqui pra casa que ela tenha me dado.

Não queria acreditar que Dhara pudesse estar me vigiando.

Admito, ela faria algo assim sim. Ela era esperta e eu burro o suficiente para deixar algo assim acontecer.

— Suponhamos que essa questão esteja certa, o que ela teria usado para nos vigiar? - Perguntei, olhei para Sn e ela me olhava de volta.

Ela piscou devagar, umedeceu os lábios e franziu a testa, eu sabia que ela estava pensando em uma resposta para a minha pergunta.

— Eu não sei Rêh, não sei te falar quais opções ela poderia usar - ela suspirou. — e se na verdade, ela não está vigiando a gente é isso foi realmente apenas uma coincidência?

Sn me devolveu o celular e eu analisei novamente o tweet postado, nada disso fazia sentindo para mim e nem para ela.

Com a visão periférica, observei a garota pegar o ursinho de pelúcia que dei para ela, a mesma o envolveu em seus braços e o abraçou como se fosse uma criança com seu brinquedo favorito, apoiou o queixo na cabeça do urso e fez um bico nos lábios.

Sn me causava sensações muito gostosas de sentir, sendo elas: friozinho na barriga, borboletas, vontade de estar sempre muito bem arrumado e cheiroso, querer impressioná-la.

Eu gostava de sentir tudo isso quando estava ao lado dela ou até mesmo de vê-la.

Levei minha mão esquerda até o rosto dela, acariciei a bochecha direita e tirava alguns fios de cabelo que caiam em seu rosto.

Meu Pitéu - Renato Garcia Onde histórias criam vida. Descubra agora