Capítulo 11

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Foi em um meio de semana quando o sino tilintou novamente, a beta estava organizando algumas plantas na prateleira antes de se virar e ver o mesmo homem de alguns dias atrás. Dessa vez o terno era de um tom azul marinho e ele não usava óculos escuros, mostrando olhos castanhos escuros e gentis. Ele sorriu se aproximando depois de dizer um bom dia muito simpático.

— Bom dia! Em que posso ajudar dessa vez?

— Então, estou pensando em montar um buquê, você faz isso agora ou preciso encomendar? — ele disse, agora parado próximo ao balcão, era um beta alto, que tinha um leve cheiro de perfume amadeirado.

— Posso montar agora, só me diz alguns adjetivos se não souber muito bem o que quer.

— Deixei muito na cara? — ele fez um beicinho bobo, fazendo a mulher rir concordando. — Muito bem, então quero algo como: recomeço, esperança e novo amor.

Não demorou para que ela pegasse algumas flores, margaridas amarelas como uma ótima representação da esperança, gérberas vermelhas para simbolizar o recomeço e por fim ela escolheu uma porção de rosas alaranjadas para complementar um buquê totalmente harmônico. O homem apenas observava interessado a destreza com que ela escolhia, dando um sorriso cheio de dentes quando Tsunade o entregou o trabalho feito.

— Uau, muito obrigado. — ele analisou o buquê, parecia muito satisfeito, ele então pagou e caminhou até a saída sendo devidamente acompanhado pela beta. — Mais uma coisa.

Ele se virou por um momento, então tirou uma rosa, entregando para a beta, que imediatamente ficou vermelha. Então o homem de cabelos acinzentados sorriu de canto, dando uma piscada e saindo pela porta deixando-a surpresa para trás.

— Até breve!

...

Era tarde quando Naruto chegou na floricultura para buscar Yan, o menino correu para os braços do Ômega assim que sentiu o cheiro dele, esfregando o rostinho na camisa de sua mamãe. O Uzumaki não pode deixar de notar que o cheiro de hortelã, agora permanente na essência de seu filhote, estava um pouco mais forte. Ele poderia discutir com o maldito alfa se tivesse ao menos o contato dele... a ideia de ter o contato dele fez seu ventre repuxar e então reparou que até o dito momento Tsunade não havia dito nada, então a procurou, encontrando-a debruçada no balcão, rodando uma rosa nos dedos com o olhar longe.

— Vovó? Tudo bem?

A beta apenas levantou os olhos e bufou.

— Estou lidando com sentimentos agora.

— Aé? Isso tem haver com suas saídas semana passada e nesse almoço?

— Como sabe que sai hoje no almoço? — Ele apenas arqueou a sobrancelha. — Tudo bem, tem um pouco haver.

— Sei porque meu filho está cheirando ao amigo de Shikamaru...

— Ursinho! — Yan murmurou abraçando o pescoço de sua mamãe.

— Sim... o ursinho... — pigarreou. — enfim, o que preciso saber?

— Bom, estou saindo com alguém sim, não foi nada planejado, apenas aconteceu... — Ela confessou, sem vergonha. — Mas outro apareceu.

— Uau... requisitada... — brincou por um momento, vendo ela arquear a sobrancelha. — Você é solteira vovó, teste os dois, o que te agradar mais é isso.

— Você tem razão, filhote.

Ela levantou deixando a rosa em um vaso pequeno com água, então se aproximou do omega que era apenas um pouco mais alto que ela, dando um beijo em sua bochecha e um abraço apertado nos dois.

Born On My Way - MadaNaru ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora