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parte 4: Matei meu primeiro monstro

  A espera pela manticora foi intensa, e quando a criatura finalmente se aproximou, ela caiu em nossa armadilha, presa por cordas amarradas em suas enormes patas. Alex tentou atacar com sua espada, mas a criatura abriu suas asas, empurrando-o com força para longe, deixando-me desnorteado. No momento em que o monstro cortou as cordas, levantei-me rapidamente e tentei correr. Alex também se levantou e começou a correr atrás de mim e da manticora, ambos tomados pelo medo. Alex criou uma barreira de fogo para deter a manticora e avançou com sua espada, atacando suas pernas. No entanto, a criatura o acertou com uma das patas, fazendo-o recuar. Logo após, a manticora abriu sua enorme boca de leão, preparando um ataque de bola de fogo que nos assustou profundamente. Corremos o máximo possível, mas uma bola de fogo atingiu o chão, fazendo-nos voar para longe e sofrer graves ferimentos. Notei algo estranho: meus ferimentos pareciam cicatrizar-se rapidamente. Olhei para o lado e vi Alex levantar-se, criando uma grande bola de fogo para atacar a manticora. A colisão foi intensa, porém a calda da criatura se recuperou rapidamente, atingindo Alex com força e lançando-o para longe.

- ALEX! - Grito ao ver a cena e corro ate ele - Alex, Alex levanta, não desmaia - Peço, mas ele não reage e não mostra está acordar.

Uma luta desesperada tomava lugar enquanto eu tentava desesperadamente defender-me da manticora. Não sabia manusear a espada, e o medo me deixava tenso e ansioso. Escutei a manticora se aproximando e, em um ataque, fui atingido por suas patas, sendo lançado para longe. Minha falta de habilidade com a espada tornava difícil atingi-la. Enquanto eu tentava me levantar, a criatura investiu novamente, atacando com sua cauda. Tive que me esquivar, rolando no chão. Alex, aparentemente ainda atordoado, permanecia deitado. Me vi sem opções, forçado a correr pela minha própria sobrevivência. Cheguei a um beco sem saída, vendo a manticora se aproximando rapidamente. Respirei fundo para me acalmar e me preparei para o próximo ataque. A manticora investiu furiosamente, tentando me atingir com seu espinho, mas eu me defendia com a espada. Precisava encontrar uma brecha. Notei que a criatura sempre dava um impulso à frente antes de atacar. Quando deu o salto, me esquivei passando por baixo da cauda e consegui acertar levemente o peitoral da besta. Ela recuou e criou uma bola de fogo, lançando-a em minha direção. Com dificuldade, esquivei e avancei novamente para atacar, mas a manticora desviou, batendo suas asas e me jogando longe. A exaustão aumentava, e eu percebia que a criatura parecia antecipar meus movimentos. Levantei-me, mas fui agarrado pela cauda da manticora, sufocando lentamente. Senti como se fosse explodir. Quando estava prestes a soltar a espada devido à pressão, usei-a para cortar a cauda da manticora, conseguindo me libertar e cair no chão.

- AAA! SEMIDEUS MALDITO! - Ela grita com muita dor - EU VOU MATAR VOCÊ! - Ela grita e vem em minha direção.

Quando a manticora saltou em minha direção, ergui a espada, acertando seu peito. A criatura começou a cambalear para trás, e pude observar o monstro brilhando intensamente antes de explodir, transformando-se em partículas de cores escuras. No meio dos destroços, avistei um dente e fui até ele, pegando-o como uma lembrança da luta.

- Matei a manticora, meu deus - Digo me sentando encostado numa arvore e tentando respirar - Preciso voltar ater o Alex - Digo, logo me levantando.

Corri até onde Alex estava e me aproximei, constatando que ele estava respirando. Logo em seguida, vi seus olhos se abrirem.

- O... o que aconteceu? - Ele pergunta - Onde está a manticora? - Ele ainda pergunta se sentando com dificuldade e se encostando numa pedra.

Amostro o dente da manticora para ele e respondo.

- Eu... eu matei ela - Digo e ele me olha e sorrir - O que foi? - Pergunto confuso.

- Parabéns - Ele diz sorrindo - Não é todo dia que um semideus novo mata um monstro daquele nível - Ele diz o que me deixa surpreso - Fique com o dente é seu - Ele manda.

- Obrigado, agora vem precisamos ir ate meu pai - Digo o segurando em meus ombros e começamos a andar com ele mancando - Você vai me dizer... como... eerr... como é a escola? - Pergunto.

- Claro... mas... - Diz ele respirando fundo - Vamos logo cuidar de mim, eu to mancando parecendo um Saci - Ele fala me fazendo rir -  Rir não, ele existe, já encontrei 1 - Ele diz.

- Uau, bem deve existir ate mesmo outras criaturas do folclore Brasileiro - Digo.

- Sim, existe o boto é um deles - Ele diz.

Começamos a falar sobre essas criaturas quando vimos minha cabana, fomos até lá e entramos sem sermos vistos. Meu pai parecia preocupado e, quando nos viu, correu em nossa direção.

- Vocês estão bem? - Ele pergunta - Alex, meu deus, venha deite ele aqui - Ele manda e eu o deito na cama - Você precisa descansar, vou pegar os curativos - Meu pai diz logo indo pegar a caixa.

Via o rosto do Alex, era uma feição de vergonha, mas também um sorriso.

- O que ouve Alex? - Pergunto e ele me olha.

- E que... o seu pai é gentil de mais, nunca conheci o meu pai, bem isso é normal, nos semideuses temos dificuldades de ver os nossos pais - Ele fala e eu fico chocado - Não sabemos o motivo - Ele diz.

- Nossa, será que aconteceu algo? - Pergunto - Tipo... - Eu ia falar, mas Alex responde.

- Eles são muito ocupados, não sabemos o motivo - Ele diz.

Estava me perguntando se algum dia iria conhecer meus pais de verdade, mas logo me distraí quando vi meu pai chegando com uma caixa e colocando curativos no Alex. Fiquei impressionado com o que eu havia feito, olhando para o dente da mantícora. Sabia que na escola aprenderia coisas novas e também como usar meus poderes. Logo, meu pai disse que era hora de dormir, então fui me arrumar e acabei deitando com o Alex. A cama era grande, e ele começou a me contar sobre a academia para semideuses. Fiquei impressionado com tudo que ele falava e logo comecei a sentir sono. O Alex e eu nos tornamos bons amigos rapidamente; eu o considerava um irmão mais velho. Foi tudo tão repentino, mas ele me salvou. Então, fechei os olhos e adormeci.

Academia para Semideuses - A ampulheta de ChronosOnde histórias criam vida. Descubra agora