Cap. 12 | Soluções, Coletiva e... Vamos namorar. (Part. 1)

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Kornkamon Phetpailin;

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Kornkamon Phetpailin;

Minha cabeça passou todo o caminho até a casa de Sam latejando. A cada artigo novo que via uma pressão forte me fazia fechar os olhos e respirar fundo. O caos se propagava pela internet como as chamas de um incêndio fora de controle, sempre crescendo e expandido, ultrapassando delimitações a cada minuto. A última foi a minha família, a qual tiveram o prazer de mencionar nas matérias mais recentes. Parece que a única filha da família Phetpailin, além de renegar ao nome e responsabilidades como herdeira, deu mais um desgosto aos seus pais ao se envolver com um homem que, além de ser anos mais velhos, é seu superior.

A pergunta que me faço é: como?

Como conseguiram tirar uma foto minha com Nop enquanto nos despedíamos depois do jantar? Como que, em um curto período, postaram e propagaram a notícia com tanta eficácia? E mais importante: como eles conseguiram, repentinamente, despertar a curiosidade das pessoas em relação a minha vida?

Vamos ser justos, a minha carreira ainda não deu as graças de cumprimentar o absoluto fundo do poço – o jantar com Nop provou isso. Mas vivia em uma dança complexa com toda a sua extensão, se digladiando com as pedras que o davam forma, lutando por uma queda lenta.

— Vou ficar com isso, se não se importar. — Sam retira o celular da minha mão assim que passamos pela porta. Me sinto elétrica o suficiente para ter reagido e impedido que o tomasse, mas Atchin no meu outro braço impediu qualquer movimento brusco.

Coloco ele no chão e disparo irritada: — Na verdade, sim. Eu me importo. — Tento tomar o aparelho de volta, mas ela se esquiva agilmente. — Me devolve! — Mais uma vez minha mão avança na direção dela, mas ela se vira e afasta.

— Mon, é mentira. — diz, alguns passos à frente, antes de se virar para mim novamente. Eu não fecho a distância, congelada pela curiosidade no significado por trás das suas palavras. — Tudo que estão falando nessas matérias são mentiras. E quem te conhece; seus fãs, com certeza sabem disso.

— Devem saber. — respondo, amarga. — Os 10 mil seguidores a menos no meu Twitter foram erro na plataforma. Os 50 mil no Instagram, uma grande coincidência. — Rio com escarnio, incrédula com a ingenuidade dela.

— Mon. — Ela se aproxima e apoia as mãos em cada um dos meus ombros. Desvio o rosto, incomodada com a sua aproximação, e com a calma que emanou da sua voz. — Se isso os fez pular do barco, que se afoguem. Não te merecem, nem conhecem. — A olho, chocada com a sinceridade e palavras escolhidas. Ela contorceu o rosto, mas continuou: — Você sempre foi sincera e transparente com eles sobre quem você é, objetivos e história. Agora, por mais assustador que possa ser, vamos levar como uma filtragem, tudo bem?

— Eu não... consigo, ok? — Me afasto de suas mãos e me sento no sofá, meu passos rápidos e ansiosos. Atchin parece notar algo de errado e pula nas minhas pernas, pedindo para que o pegue. — É difícil... não querer saber. Não ligar. Minha imagem, quem eu sou... nada disso importa de verdade. — Balanço a cabeça em negação, acariciando os pelos de Atchin com meus olhos vagos e fixos em algum ponto indecifrável. — No final, na mídia, sou quem as pessoas acreditam que eu seja.

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